Depressão gestacional: fatores associados à sua ocorrência e as influências no vínculo mãe-filho
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.36017Palavras-chave:
Gravidez; Depressão; Saúde materna.Resumo
A depressão é a psicopatologia mais frequente durante a gravidez, é mais comum em gestações de alto risco, sendo que cerca de 20% ocorrem em países em desenvolvimento. O objetivo deste trabalho é analisar as consequências da depressão gestacional na saúde da mulher e na relação com seu filho. Realizamos uma pesquisa de levantamento com abordagem quantitativa, de natureza básica e descritiva com setenta mulheres gestantes de todas as faixas etárias. Foram aplicados dois questionários (Self-Report Questionnaire e protocolo de avaliação do vínculo entre mãe e filho), presencialmente, por meio de formulário on-line, nas instituições UBS Aclimação e no Lar Preservação da Vida, ambos em Maringá-PR. Em seguida, analisamos os dados obtidos por meio de estatística descritiva e os apresentamos em quadros com distribuições de frequências e percentual das variáveis. A pesquisa tem aprovação do comitê de ética e segue as normas da Resolução nº 466/2012 CNS. Como resultados, as entrevistadas demonstraram uma taxa de sintomas depressivos de 27,14%, sendo que os fatores contribuintes mais prevalentes foram pais ausentes durante a infância da gestante (34,29%) e privação de diálogo (44,29%). Dessa forma, concluímos que fatores externos e internos influenciam na saúde mental da gestante e no desenvolvimento do vínculo com o feto, e o estudo desses fatores é importante para criar formas de melhorar o quadro, para que não haja prejuízo à nem para a gestante, nem para a criança.
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