Associação entre a disfunção temporomandibular em pessoas com ansiedade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36023Palavras-chave:
Anormalidades do Sistema Estomatognático; Articulação Temporomandibular; Dor Facial; Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular; Transtornos de ansiedade.Resumo
A articulação temporomandibular é uma das estruturas mais complexas do crânio humano. Quando há alguma alteração em sua estrutura, em geral denomina-se de disfunção temporomandibular. Essa patologia é de etiologia multifatorial com grande influência de aspectos psíquicos, como ansiedade. Esse estudo visa realizar uma busca bibliográfica verificando a associação da disfunção temporomandibular como consequência da ansiedade. Para tal, realizou-se uma busca na literatura, em sites de base de dados, como Scielo, Pubmed e Google Acadêmico, apurando as informações mais relevantes que fossem convenientes ao tema do estudo. Pessoas com transtornos de ansiedade tendem a descarregar maior tensão muscular na região oral, acarretando em prejuízos como bruxismo, desgaste dentário e DTM, sendo as mulheres o gênero mais afetado. Indivíduos com disfunção temporomandibular podem sofrer de dores de cabeça constante, afetando a qualidade de vida. O profissional deve conhecer as características e peculiaridade da patologia para realizar o diagnóstico correto. O tratamento multiprofissional é o mais recomendado.
Referências
Aboalshamat, K., Hou, X. Y., & Strodl, E. (2015). Psychological well-being status among medical and dental students in Makkah, Saudi Arabia: A cross-sectional study. Medical teacher, 37(sup1), S75-S81.
Almeida, A. M., Fonseca, J., & Félix, S. (2016). Dor orofacial e disfunções temporomandibulares: tratamento farmacológico. Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial. 1(1). pp. 1 - 116. E-Book. ISBN 978-989-20-6409-3.
Bäck, K., Hakeberg, M., Wide, U., Hange, D., & Dahlström, L. (2020). Orofacial pain and its relationship with oral health-related quality of life and psychological distress in middle-aged women. Acta Odontologica Scandinavica, 78(1), 74-80.
Bereiter, DA, & Okamoto, K. (2011). Neurobiologia do estado de estrogênio na dor craniofacial profunda. International Review of Neurobiology , 97 , 251-284.
Bezerra, B. P. N., Ribeiro, A. I. A. M., Farias, A. B. L. D., Farias, A. B. L. D., Fontes, L. D. B. C., Nascimento, S. R. D., ... & Adriano, M. S. P. F. (2012). Prevalence of temporomandibular joint dysfunction and different levels of anxiety among college students. Revista Dor, 13, 235-242.
Bonjardim, L. R., Lopes-Filho, R. J., Amado, G., Albuquerque, R. L., & Goncalves, S. R. (2009). Association between symptoms of temporomandibular disorders and gender, morphological occlusion, and psychological factors in a group of university students. Indian Journal of Dental Research, 20(2), 190.
Botelho, L. L. R., Cunha, C. C. D. A.,& Macedo, M. (2011). O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais.Gestão e Sociedade, 5(11), 121-136.
Burris, J. L., Evans, D. R., & Carlson, C. R. (2010). Psychological correlates of medical comorbidities in patients with temporomandibular disorders. The Journal of the American Dental Association, 141(1), 22-31.
Cambridge Dictionary. [Online]. 2022. Available from: https://dictionary.cambridge.org/dictionary/english/anxiety.
Campi, L. B., Camparis, C. M., Jordani, P. C., & Gonçalves, D. A. D. G. (2013). Influência de abordagens biopsicossociais e autocuidados no controle das disfunções temporomandibulares crônicas. Revista Dor, 14, 219-222.
Caruso, S., Storti, E., Nota, A., Ehsani, S., & Gatto, R. (2017). Temporomandibular joint anatomy assessed by CBCT images. BioMed research international, 2017(1), 32-44.
Costa, A. R. O., de Oliveira, E. S., de Oliveira, D. W. D., Tavano, K. T. A., Murta, A. M. G., Gonçalves, P. F., & Flecha, O. D. (2017). Prevalência e fatores associados ao bruxismo em universitários: um estudo transversal piloto. Revista Brasileira de Odontologia, 74(2), 120.
Crocq, M. A. (2022). A history of anxiety: from Hippocrates to DSM. Dialogues in clinical neuroscience. 17(3), 319-325.
Daviu, N., Bruchas, M. R., Moghaddam, B., Sandi, C., & Beyeler, A. (2019). Neurobiological links between stress and anxiety. Neurobiology of stress, 11, 100191.
De Leeuw, R. (2008). Guia de avaliação, diagnóstico e tratamento da Academia Americana de Dor Orofacial.
Donnarumma, M. D. C., Muzilli, C. A., Ferreira, C., & Nemr, K. (2010). Disfunções temporomandibulares: sinais, sintomas e abordagem multidisciplinar. Revista Cefac, 12, 788-794.
Dugashvili, G., Menabde, G., Janelidze, M., Chichua, Z., & Amiranashvili, I. (2013). Temporomandibular joint disorder. Georgian medical news, (215), 17-21.
Ferreira, K. D. M., Guimarães, J. P., Batista, C. H. T., Júnior, A. M. L. F., & Ferreira, L. A. (2009). Fatores psicológicos relacionados à sintomatologia crônica das desordens temporomandibulares–revisão de literatura. Revista da Faculdade de Odontologia-UPF, 14(3).
Ferenhof, H. A., & Fernandes, R. F. (2016). Desmistificando a revisão de literatura como base para redação científica: método SSF.Revista ACB, 21(3), 550-563.
Gama, E., Andrade, A. O., & Campos, R. M. (2013). Bruxismo: Uma revisão da literatura.(Bruxism: Literature review.). Ciência Atual–Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário São José, 1(1).
Gauer, R., & Semidey, M. J. (2015). Diagnosis and treatment of temporomandibular disorders. American family physician, 91(6), 378-386.
Goncalves, D. A., Camparis, C. M., Speciali, J. G., Franco, A. L., Castanharo, S. M., & Bigal, M. E. (2011). Temporomandibular disorders are differentially associated with headache diagnoses: a controlled study. The Clinical journal of pain, 27(7), 611-615.
Heer, E. W., Gerrits, M. M., Beekman, A. T., Dekker, J., Van Marwijk, H. W., De Waal, M. W., ... & Van Der Feltz-Cornelis, C. M. (2014). The association of depression and anxiety with pain: a study from NESDA. PloS one, 9(10), e106907.
Lim, P. F., Smith, S., Bhalang, K., Slade, G. D., & Maixner, W. (2010). Development of temporomandibular disorders is associated with greater bodily pain experience. The Clinical journal of pain, 26(2), 116.
Lima, L. F. C., Silva, F. A. de J. C., Monteiro, M. H. A., & Oliveira Júnior, G. (2020). Depression and anxiety and association with temporomandibular disorders - literature review. Research, Society and Development, 9(7), e579974540. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4540
Kalpakci, K N, Willard, V P, Wong, M E, & Athanasiou, K A (2011). Uma comparação interespécies do disco da articulação temporomandibular. Journal of dental research , 90 (2), 193-198.
Kindler, S., Samietz, S., Houshmand, M., Grabe, H. J., Bernhardt, O., Biffar, R., ... & Schwahn, C. (2012). Depressive and anxiety symptoms as risk factors for temporomandibular joint pain: a prospective cohort study in the general population. The Journal of Pain, 13(12), 1188-1197.
Kuroiwa, D. N., Marinelli, J. G., Rampani, M. S., Oliveira, W. D., & Nicodemo, D. (2011). Desordens temporomandibulares e dor orofacial: estudo da qualidade de vida medida pelo Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey. Revista Dor, 12, 93-98.
Maixner, W., Diatchenko, L., Dubner, R., Fillingim, R. B., Greenspan, J. D., Knott, C., ... & Slade, G. D. (2011). Orofacial pain prospective evaluation and risk assessment study–the OPPERA study. The journal of Pain, 12(11), T4-T11.
Minghelli, B., Morgado, M., & Caro, T. (2014). Association of temporomandibular disorder symptoms with anxiety and depression in Portuguese college students. Journal of oral science, 56(2), 127-133.
Ministério da Saúde. (2011). Ansiedade. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponivel em: <https://bvsms.saude.gov.br/ansiedade/>. Acesso em: 24 de set de 2022.
Motta, L. J., Bussadori, S. K., Godoy, C. L. H. D., Biazotto-Gonzalez, D. A., Martins, M. D., & Silva, R. S. (2015). Disfunção temporomandibular segundo o nível de ansiedade em adolescentes. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 31, 389-395.
Moulton, R. E. (1955). Psychiatric considerations in maxillofacial pain. The Journal of the American Dental Association, 51(4), 408-414.
Nilsson, I. M., List, T., & Drangsholt, M. (2013). Headache and co-morbid pains associated with TMD pain in adolescents. Journal of dental research, 92(9), 802-807.
Oei, T P, & Boschen, M J (2009). Eficácia clínica de um programa de tratamento cognitivo comportamental em grupo para transtornos de ansiedade: um estudo de benchmarking. Jornal de transtornos de ansiedade , 23 (7), 950-957.
Okeson, J. P. (2019). Management of temporomandibular disorders and occlusion-E-book. Elsevier Health Sciences.
Pereira, J. V. C., Campos, G. S., & de Paula, D. M. (2021). Abordagem cirúrgica em desordens da Articulação Temporomandibular (ATM): uma revisão de literatura. Research, Society and Development, 10(13), e568101321711-e568101321711.
Ramalho, D., Macedo, L., Goffredo Filho, G., Goes, C., & Tesch, R. (2015). Correlation between the levels of non‐specific physical symptoms and pressure pain thresholds measured by algometry in patients with temporomandibular disorders. Journal of Oral Rehabilitation, 42(2), 120-126.
Reiter, S., Goldsmith, C., Emodi‐Perlman, A., Friedman‐Rubin, P., & Winocur, E. (2012). Masticatory muscle disorders diagnostic criteria: the American Academy of Orofacial Pain versus the research diagnostic criteria/temporomandibular disorders (RDC/TMD). Journal of oral rehabilitation, 39(12), 941-947.
Resende, C. M. B. M. D., Alves, A. C. D. M., Coelho, L. T., Alchieri, J. C., Roncalli, Â. G., & Barbosa, G. A. S. (2013). Quality of life and general health in patients with temporomandibular disorders. Brazilian oral research, 27, 116-121.
Scrivani, S. J., Keith, D. A., & Kaban, L. B. (2008). Temporomandibular disorders. New England Journal of Medicine, 359(25), 2693-2705.
Silva, J. A. M. G., Dibai Filho, A. V., Machado, A. A., Oliveira, L. E. M., & Navega, M. T. (2012). Correlação entre autoestima e grau de severidade da disfunção temporomandibular em sujeitos controle e afetados. Revista de Odontologia da UNESP, 41, 377-383.
Sipilä, K., Veijola, J., Jokelainen, J., Järvelin, M. R., Oikarinen, K. S., Raustia, A. M., & Joukamaa, M. (2001). Association between symptoms of temporomandibular disorders and depression: an epidemiological study of the Northern Finland 1966 Birth Cohort. CRANIO®, 19(3), 183-187.
Speciali, J. G., & Dach, F. (2015). Temporomandibular dysfunction and headache disorder. Headache: The Journal of Head and Face Pain, 55, 72-83.
Takamiya, A. S., Haddad, M. F., Valene, V. B., Túrcio, K. H., Zuim, P. R. J., & Brandini, D. A. (2022). Impacto da dor orofacial crônica da disfunção temporomandibular e ansiedade no desempenho acadêmico de estudantes de odontologia. ABCS Health Sciences.
Trize, D. D. M., Calabria, M. P., Franzolin, S. D. O. B., Cunha, C. O., & Marta, S. N. (2018). A disfunção temporomandibular afeta a qualidade de vida?. Einstein (Sao Paulo), 16.
Vimpari, S. S., Knuuttila, M. L., Sakki, T. K., & Kivela, S. L. (1995). Depressive symptoms associated with symptoms of the temporomandibular joint pain and dysfunction syndrome. Psychosomatic medicine, 57(5), 439-444.
Xi, Y. (2020). Anxiety: a concept analysis. Frontiers of Nursing, 7(1), 9-12.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Amanda Moura Aguiar; Beatriz da Silva Sousa; Mário de Souza Lima e Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.