Como os militares brasileiros adoeciam antes da Covid-19? Uma análise do perfil de internação dos militares da ativa no Hospital Central do Exército Brasileiro de 1998 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36121Palavras-chave:
Saúde Militar; Hospitalização; Perfil de Saúde; Epidemiologia; Estudos transversais.Resumo
Introdução: A pandemia por covid-19 mostrou como o entendimento da epidemiologia de populações específicas é extremamente necessário para uma assistência em saúde adequada. Para isso, é preciso conhecer o perfil saúde-doença da população militar (que difere da civil), mas livre dos vieses que os eventos excepcionais dessa catástrofe podem gerar. Objetivo: O estudo tem por objetivo caracterizar a tendência temporal e o perfil das internações de militares da ativa internados no Hospital Central do Exército Brasileiro no período de 1º de janeiro de 1998 a 31 de dezembro de 2018 (antes da pandemia de Covid-19). Metodologia: Estudo transversal analítico com dados secundários não nominais dos prontuários do Sistema de Informação Hospitalar do Hospital Central do Exército Brasileiro. Regressão linear simples (p<0,005) e estatística descritiva foram utilizadas. Resultados: No período, registraram-se 20.292 internações, sendo 93,2% do sexo masculino (para as quais não houve alteração na tendência temporal) e 6,2% para o sexo feminino (para as quais houve incremento significativo ao longo da série histórica). No sexo masculino houve predomínio da faixa etária de 21 a 30 anos (44,5%), raça/cor parda (47,3%), círculo dos Cabos e Soldados (61,8%) e conjunto de especialidades Ortopedia, Traumatologia e Reumatologia (33,9%). Para o sexo feminino houve predomínio da faixa etária de 31 a 40 anos (51,4%), raça/cor branca (55%), círculo dos Subtenentes e Sargentos (58,9%) e conjunto da Ginecologia e Obstetrícia (43,1%). Conclusão: No período estudado, dentre os militares internados, observou-se predominância do sexo masculino, jovens, Cabos e Soldados e com acometimentos musculoesqueléticos.
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