Perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena no ano de 2017 em Pernambuco, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3618

Palavras-chave:

intoxicação; substâncias tóxicas; Emergências.

Resumo

Anualmente, milhares de pessoas vão a óbito em decorrência de intoxicações exógenas e estes casos têm razoável impacto no número de atendimentos emergenciais. No Brasil, diferentes estudos têm direcionado as altas taxas de mortalidade por intoxicação para a região Nordeste e o estado de Pernambuco tem se destacado como líder no número de notificações de intoxicações. Desta forma, o estudo objetivou investigar o perfil epidemiológico e clínico dos casos de intoxicação notificados do Estado de Pernambuco, no ano de 2017 e compara-los aos dados nacionais. Foi conduzido um estudo ecológico a partir da extração de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, referente aos casos de intoxicação exógena no Brasil e no estado de Pernambuco, no ano de 2017. A maior parte dos casos notificados no estado de Pernambuco foram em mulheres (54%), em adultos entre 20-59 anos (51%), em pardos (89%). O principal agente tóxico foram os medicamentos e a principal circunstância foi a tentativa de suicídio. O perfil dos casos no estado foi similar aos dados nacionais, com exceção da raça e do critério de confirmação, mas a taxa de intoxicação por mil habitantes foi 60% maior que a taxa brasileira.

Referências

Almeida, C. F. D., Araújo, E. D. S., Soares, Y. D. C., Diniz, R. L. D. C., Fook, S. M. L., & Vieira, K. V. M. (2008). Perfil epidemiológico das intoxicações alimentares notificadas no Centro de Atendimento Toxicológico de Campina Grande, Paraíba. Revista Brasileira de Epidemiologia, 11(1): 139-146.

Almeida, T. C. A., Couto, C. C., & Chequer, F. M. D. (2016). Perfil Das Intoxicações Agudas Ocorridas Em Uma Cidade Do Centro-Oeste De Minas Gerais. Revista Eletrônica de Farmácia, 13(3), 151-164.

Amorim, M. L. P., Mello, M. J. G. D., & Siqueira, M. T. D. (2017). Intoxicações em crianças e adolescentes notificados em um centro de toxicologia no nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 17(4), 765-772.

Batista, L. A., de Sousa, M. D. R., Rocha, R. J., & Lacerda, E. M. D. C. B. (2018). Perfil epidemiológico dos casos de intoxicação notificados no Estado do Maranhão. Revista de Investigação Biomédica, 9(2), 129-137.

Bochner, R. (2007). Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas SINITOX e as intoxicações humanas por agrotóxicos no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 12, 73-89.

Coelho, A. P., Escobar, C. J. R., Dantas, E. G., da Cruz, E. R., Naia, G. L., Madrid, G. A. C., Hoffmann-Santos H.D., Elias, R.M. & Dombroski, T. C. D. (2018). Perfil epidemiológico das intoxicações por plantas tóxicas no estado do Mato Grosso entre os anos de 2008 a 2017. Caderno de Publicações Univag, (09).

de Oliveira, J. D. F. M., Wagner, G. A., Romano-Lieber, N. S., & Antunes, J. L. F. (2018). Caracterização das internações por intoxicação medicamentosa, São Paulo, 2004 a 2006. Archives of Health Investigation, 7(6).

Gonçalves Silva, H. C., & da Costa, J. B. (2018). Intoxicação exógena: casos no estado de Santa Catarina no período de 2011 a 2015. Arquivos Catarinenses de Medicina, 47(3), 02-15.

IGBE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2019. Estimativas populacionais para os municípios e para as Unidades da Federação brasileiros em 01.07.2017. Disponível em: https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2017/estimativa_dou.shtm Acesso em 20 de abril de 2020.

Lima, M. A., Bezerra, E. P., Andrade, L. M., Caetano, J. A., & Miranda, M. D. C. (2008). Perfil epidemiológico das vítimas atendidas na emergência com intoxicação por agrotóxicos. Ciência, Cuidado e Saúde, 7(3), 288-294.

Lourenço, J., Alencar Furtado, B. M., & Bonfim, C. (2008). Intoxicações exógenas em crianças atendidas em uma unidade de emergência pediátrica. Acta Paulista de Enfermagem, 21(2).

Maciel, J. M. D. M. P., de Brito, R. C., de Sousa Júnior, E. R., & Pinto, N. B. (2018). Análise retrospectiva das intoxicações por plantas no brasil no período de 2000-2015. Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, 11(3).

Mendes LA, Pereira BB. (2017) Intoxicações por medicamentos no Brasil registradas pelo SINITOX entre 2007 e 2011. J. Health Biol. Sci., 5 (2), 165-170.

Oliveira, R. D. R., & Menezes, J. B. (2003). Intoxicações exógenas em clínica médica. Medicina (Ribeirão Preto. Online), 36(2/4), 472-479.

Oliveira, F. F. S., & Suchara, E. A. (2014). Perfil epidemiológico das intoxicações exógenas em crianças e adolescentes em município do Mato Grosso. Revista Paulista de Pediatria, 32(4), 299-305.

Oliveira, E. N., Félix, T. A., Mendonça, C. B., Ferreira, G. B., Freire, M. A., Lima, P. S. F., Teodosio, B.T, Linhares, J.M. & Souza, D. R. (2015). Tentativa de suicídio por intoxicação exógena: contexto de notificações compulsórias. Revista Eletrônica Gestão e Saúde, (3), 2497-2511.

Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acesso em: 20 Abril 2020.

Prüss-Ustün, A., Vickers, C., Haefliger, P., & Bertollini, R. (2011). Knowns and unknowns on burden of disease due to chemicals: a systematic review. Environmental health, 10(1), 9.

Santos, S. A., Legay, L. F., Lovisi, G. M., Santos, J. F. D. C., & Lima, L. A. (2013). Suicídios e tentativas de suicídios por intoxicação exógena no Rio de Janeiro: análise dos dados dos sistemas oficiais de informação em saúde, 2006-2008. Revista Brasileira de Epidemiologia, 16, 376-387.

Santos, S. A., Legay, L. F., Aguiar, F. P., Lovisi, G. M., Abelha, L., & Oliveira, S. P. D. (2014). Tentativas e suicídios por intoxicação exógena no Rio de Janeiro, Brasil: análise das informações através do linkage probabilístico. Cadernos de Saúde Pública, 30, 1057-1066.

Santos, G. A. S., & Boing, A. C. (2018). Mortalidade e internações hospitalares por intoxicações e reações adversas a medicamentos no Brasil: análise de 2000 a 2014. Cadernos de Saúde Pública, 34, e00100917.

Silva, C. C. S., de Souza, K. S., & Marques, M. D. F. L. (2011). Intoxicações exógenas: perfil dos casos que necessitaram de assistência intensiva em 2007. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 15(1), 65-68.

Vieira, L. P., de Santana, V. T. P., & Suchara, E. A. (2015). Caracterização de tentativas de suicídios por substâncias exógenas. Cadernos Saúde Coletiva, 23(2).

Werneck, G. L., & Hasselmann, M. H. (2009). Intoxicações exógenas em crianças menores de seis anos atendidas em hospitais da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Assoc Med Bras, 55(3), 302-7.

World Health Organization (WHO), Poisoning Prevention and Management. International Programme on Chemical Safety. (2015). Disponível em: https://www.who.int/ipcs/poisons/en/ Acesso em 20 de Abril de 2020.

Downloads

Publicado

21/04/2020

Como Citar

LEÃO, M. L. P.; SILVA JÚNIOR, F. M. R. da. Perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena no ano de 2017 em Pernambuco, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 6, p. e161963618, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i6.3618. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3618. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde