Eficácia e riscos do uso de psicofármacos em crianças e adolescentes com transtornos de depressão: uma revisão bibliográfica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36284

Palavras-chave:

Antidepressivos; Crianças; Adolescentes; Fatores de risco e suicídio.

Resumo

A transição da infância para a adolescência é um período da vida caracterizado por mudanças hormonais e fisiológicas. Nessa fase também ocorrem diversas interações sociais que mudam de acordo com o ambiente, impondo responsabilidades e anseio por novos ciclos. Essas exigências tornam as pessoas vulneráveis e inseguras a certos sentimentos, gerando transtornos de humores que podem evoluir para transtorno de depressão maior. Objetivo: avaliar a eficácia e os riscos de psicofármacos prescritos para crianças e adolescentes com transtornos de depressão. Método: Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica de artigos científicos do tipo descritivo-quantitativo, pesquisados de forma virtual, nas plataformas do Google Acadêmico, Biblioteca Virtual em Saúde – BVS (Medline, IBECS, LILACS), Portal Periódicos CAPES E SciELO e elaborados no período de 1987 até 2021. Na busca foram usados os descritores, antidepressivos, psicofármacos, efeitos adversos, crianças e adolescentes deprimidos, nos idiomas português, inglês e espanhol. Resultado: o mesmo psicofármaco é utilizado em diversos outros transtornos mentais, como o de bipolaridade e ansiedade. Os medicamentos que demonstraram eficácia significativa foram os Inibidores da Recaptação de Serotonina (ISRS) como a paroxetina, sertralina e fluoxetina. Considerações Finais: os psicofármacos utilizados para tratar a depressão de crianças e adolescentes embora sejam eficazes em alguns casos, entretanto provocam vários efeitos adversos. O uso desses fármacos não deve realizado de forma indiscriminada para que seus riscos não sejam superiores aos seus benefícios, sendo essencial a avaliação das causas da depressão infantil e o acompanhamento clínico dos pacientes por uma equipe multidisciplinar.

Referências

Abasse, M. L. F., de Oliveira, R. C., Silva, T. C., de Souza, E. R., (2009). Análise epidemiológica da morbimortalidade por suicídio entre adolescentes em Minas Gerais, Brasil. https://www.scielo.br/j/csc/a/Hpb78xC8wq5kdVvmW4PrR4k/?lang=pt

Abramovitch, S., & de Aragão, L. (2014). Depressão na infância e adolescência. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/8851/6730

Asbahr, F. R., et al. (2004). Transtornos ansiosos da infância e no adolescentes: aspectos clínicos e neurobiológicos. https://www.scielo.br/j/jped/a/pqwnF9Bd83TVpKVYWNDwY4C/?lang=pt

Assef, I. L., Macías, M. S., Bañuelos, R. E. A., Sánchez, P., Pérez, G. G., Castañeda, V. L., & Hernández, C. G. (2010) Farmacoepidemiologia de psicofármacos empleados em La práctica pediátrica em el Servicio de psiquiatria Infantil del Hospital General de Durango, Mexico. Boletim Médico Hospital Infantil do México, 67(1). http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1665-11462010000100004&lang=pt.

Barboza, M. P., Medeiros, D. B. S., Silva, N. M. S., & Souza, P. G. V. D. (2021). O uso de antidepressivos na adolescência e sua automedicação. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 10(15). https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/22995

Biazus, C. B., & Ramires, V. R. R. (2012) Depressão na adolescência: um problema dos vínculos. https://www.scielo.br/j/pe/a/RSkXKnYD4frXYKQrmzGdGMn/?lang=pt

Brasil, H. H. A., et al., (2001). Princípios gerais no emprego de psicofármacos. https://www.scielo.br/j/rbp/a/FSnWzWxtbnqcbyswTNwgkdP/?lang=pt#

Caballero, C. M. A., Colas, V. M. C., Román, M. B., Maso, Y. S., & Vals, Y. F. (2017). Principales factores de riesgo relacionados com el intento suicida enun grupo de adolescentes. MEDISAN, 21(2), 154-160. http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1029-30192017000200004&lng=es&tlng=es.

Caregnato & Mutti (2006), Pesquisa qualitativa> análise de discurso versus análise de conteúdo. Texto Contexto Enferm, Florianópolis.

Carvallo, A., Holt, K. G., Hejazi, M. S., Richards, G. E., & Meyer, W. J. (1987). Melatonin Orcadian Rhythm in Chilhood Depression, 26(3), 395-399. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry. https://www.jaacap.org/article/S0890-8567(09)65697-5/pdf

Cheung, A. H., Emslie, G. J., & Mayes, T. L. (2005). Review of the efficacy and safety of antidepressants in youth depression. 46(7):735-54. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15972068/

Cheung, A. H., Zuckerbrot, R. A., Jensen, P. S., Laraque, D., & Stein, R. E. K. (2017). Guidelines for Adolescents in Primary Care (GLAD-PC): Part II. Treatment and Ongoing Managment. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29483201/

Hetrick, S. E., McKenzie, J. E., Bailey, A. P., Sharma, V., Moller, C. L., Badcock, P. B., Cox, G. R., Merry, S. N., & Meader, N. (2021). New generation antidepressants for depression in children and adolescents: a network meta-analysis. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34029378/

Léon, E. A. (2021). Mania and hipomania induced by antidepressants in children and adolescents. Bibliographic review. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mdl-34783792?lang=en.

Machado-Duque, M. E., Echeverri-Chabur, J. E., & Machado-Alba, J. E., (2017). Utilización de medicamentos antidepresivo sem población adolescente de Colombia: unestudio tipo prescripción-indicación, 15(3): 387-369. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1042724

Maia, J. D. de M., & Dolabela, M. F. (2022). O uso de aromaterapia na depressão. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 11(10), e1001111032367. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32367

Maia, C. R. M., & Rohde, L. A. (2007). Psicofármacos para o tratamento de transtornos de ansiedade em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática. https://www.scielo.br/j/rbp/a/9nVp7HJYGQrSdn73vjB4FLB/?lang=pt

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-V. Porto Alegre: Artmed, 2014. (p154-190)

Mesquita, M. E., Finazzi, M. E., Gonçalves, B., Fu-l, Lee., Duarte, L. L., Lopes, J. R., Del-Porto, J. A., & Menna-Barreto, L. (2016). Ritmo de atividade e repouso em adolescentes deprimidos durante terapia: estudo de caso. https://www.scielo.br/j/trends/a/tfwBNWQvyCWm9ym7LgGLYRF/?lang=en#

Oliveira, W. R., Freitas, D. L., Santiago, R. O., Campos, S. T. P., & de Morais, I. C. O. (2019). A utilização de antidepressivos na adolescência. Mostra Científica de Farmácia, 6(1). http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/mostracientificafarmacia/article/view/3519

Organização Pan-Americana de Saúde – Saúde mental dos Adolescentes. (2021). https://www.paho.org/pt/topicos/saude-mental-dos-adolescentes

Pinheiro, M. H. N. O., Moreira, M. G. O., Moreira, I. V. S., & Barros, K. B. N. T. (2019). Aumento do comportamento suicida em crianças e adolescentes com o uso de antidepressivos: revisão de literatura. 6(1). http://reservas.fcrs.edu.br/index.php/mostracientificafarmacia/article/view/3527http://reservas.fcrs.edu.br/index.php/mostracientificafarmacia/article/view/3527

Plöderl, M., & Hengartner, M. P., (2021). Suicidality and other severe psychiatric events with duloxetine: Re-analysis of safety data from a placebo-controlled trial for juvenile fibromyalgia. 32(3): 209-218. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mdl-34397423?lang=es.

Rocha, G. P., Batista, B. H., & Nunes, M. L. (2004). Orientações ao pediatra sobre o manejo das drogas psicoativas e antiepiléticas. https://www.scielo.br/j/jped/a/WkwF6F3YTTYkWWY7RL384gC/abstract/?lang=pt#top

Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, Boletim Epidemiológico (2021). Mortalidade por suicídio e notificações de lesões autoprovocadas no Brasil. https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/boletins-epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_33_final.pdf

Silva, K. A., Dallecrode, V. C. F., Galdino, K. C. S., Sá, L. de O., & Lemos, A. C. M. (2021). Eficácia da Arteterapia como tratamento complementar a depressão em idosos. Research, Society and Development, 10(7), e14010716411. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16411

Silva, J. J. F. e, & Costa, R. S. (2021). Integrative and complementary practices in the treatment of depression: integrative review. Research, Society and Development, 10(16), e168101623595. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23595

Souza, M. T., Silva, M. D., & Carvalho, R. (2010). Uma revisão integrativa: o que é e como fazer. https://doi.org/10.1590/S1679-45082010RW1134

Souza, F. G. M., et al. (1999). Tratamento de depressão. https://www.scielo.br/j/rbp/a/t79BpmNTfSCMGW8KPsKwXMj/abstract/?lang=pt

Teicher, M. H., Glod, C., Harper, D., Magnus, E., Brasher, C., Wren, F., & Pahlavan, K. (1993). Locomotor Activity in Depressed Chidren and Adolescents: I Circadian Dysregulation, volume 32, issue 4, p760-769. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry. https://www.jaacap.org/article/S0890-8567(09)64865-6/pdf

Toniazzo, B. D., Gomes, C. G., & Rocha, G. P. (2014) Risco de suicídio infantil: quando os sonhos terminam. 35(6). https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-882822

World Health Organization. (2021). Depressíon. https://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/depression

Zhaoxia, Y., Baomei, L., Xehua, Y., & Xiaoying, Z. (2021). Systematic review and meta-analysis of the effects of group painting therapy on the negative emotions of depressed adolescents patients. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mdl-34763436?lang=es

Downloads

Publicado

27/10/2022

Como Citar

BOTERO, B.; FIGUEIREDO, E. F. G. .; COSTA, J. E. B. da .; MAGALHÃES, M. N. de O. .; ALMEIDA , P. H. F. de .; MARTIM, S. R. .; SILVA, Y. T. P. da . Eficácia e riscos do uso de psicofármacos em crianças e adolescentes com transtornos de depressão: uma revisão bibliográfica . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 14, p. e304111436284, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i14.36284. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36284. Acesso em: 19 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde