Relação entre a mortalidade e os fatores de risco cardiovasculares do infarto agudo do miocárdio por regiões brasileiras: uma revisão sistemática da literatura com estudo ecológico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36436Palavras-chave:
Infarto do miocárdio; Síndrome coronariana aguda; Mortalidade; Risco; Prevalência.Resumo
Objetivo: Estabelecer a relação entre a mortalidade e os fatores de risco cardiovasculares das pacientes vítimas de infarto agudo do miocárdio conhecendo a região do Brasil com maior número de óbitos por IAM e a com maior taxa de mortalidade, elucidando o fator de risco com maior concordância epidemiológica com a mortalidade por IAM. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica usando a ferramenta computacional Publish or Perish utilizando os descritores “INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO”, “FATORES DE RISCO”, “PREVALÊNCIA” “PROGNÓSTICO, após a exclusão, 16 artigos foram sistematicamente revisados na integra. Posteriormente foi realizado uma pesquisa ecológica sobre a mortalidade por IAM por região do Brasil nos últimos 10 anos, utilizando as variáveis: sexo, cor/raça, região e faixa etária. Resultados: Foram registrados um total de 122.012 óbitos por IAM, com o valor total aumentando ano a ano. Cerca de 55,96% dos óbitos eram do sexo masculino. Já as mulheres corresponderam a 44,03 % dos óbitos. A região com maior número de óbitos foi o Sudeste, porém, a taxa de mortalidade foi maior no Nordeste. O fator de risco que mais acompanhou a mortalidade por região foi o Diabetes Mellitus. Conclusão: A mortalidade por IAM vem aumentando na maioria das regiões brasileiras e está fortemente associado a prevalência dos fatores de risco na população estudada. Entre as várias abordagens para o tratamento da aterosclerose coronariana, o controle desses fatores, em especial a Diabetes, deve receber enfoque primordial, uma vez que assim é possível postergar o começo da doença.
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