Uso de fitoterápicos para controle da glicemia em pacientes diabéticos na atenção básica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36542

Palavras-chave:

Fitoterapia; Diabetes mellitus tipo 1; Diabetes mellitus tipo 2; Complicações da diabetes.

Resumo

A complexidade da diabetes, seu impacto na qualidade de vida e a importância da prevenção precoce de suas complicações são aspectos cruciais ao se considerar a gestão da doença. Nesse contexto, surgem os fitoterápicos, medicamentos obtidos utilizando apenas a matéria-prima vegetal ativa que possuem diversas vantagens em relação aos medicamentos sintéticos, como o baixo custo, o fácil manuseio e a ampla aprovação popular, graças ao conhecimento dos efeitos terapêuticos das plantas. Dessa forma, por meio de uma revisão de literatura integrativa, o presente estudo objetivou entender e melhor conhecer as principais plantas medicinais, popularmente utilizadas pelos portadores de DM, com a finalidade de diminuir a glicemia. Sabe-se que indivíduos portadores de diabetes apresentam disfunções em seu funcionamento metabólico, de modo que, por necessitar de uma terapia constante, sempre surgem oportunidades para descobertas de métodos eficazes, de fácil acesso e baixo custo que auxiliem no tratamento desta enfermidade. Assim, segundo Mattos e colaboradores (2018), algumas das plantas mais citadas na literatura, visto seu potencial antidiabético, foram as: Bauhinia forficata, Aloe vera, Allium sativum, Beta vulgaris, Rauwolfia serpentina, Momordica charantia, Nigella sativa, Trigonella foenum-graecum e Curcuma longa L. Nesse sentido, evidencia-se a necessidade de uma boa anamnese clínica e nutricional do paciente. Passando a prestar um serviço complementar e integrativo, estando ciente dos possíveis efeitos colaterais que esses produtos podem vir a ocasionar.

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Publicado

29/10/2022

Como Citar

SILVA, G. F. da .; OLIVEIRA, P. L. da S.; GUEDES, J. P. de M. Uso de fitoterápicos para controle da glicemia em pacientes diabéticos na atenção básica . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 14, p. e341111436542, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i14.36542. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36542. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde