A automedicação em crianças e adolescentes através da influência parental: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36741Palavras-chave:
Automedicação; Crianças; Adolescentes; Família; Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos.Resumo
A utilização de medicamentos é uma terapia fundamental e de alta aceitabilidade por parte da população no tratamento de desordens de etiologias difusas. Atualmente, a automedicação em pacientes de 0 a 15 anos se dá principalmente através da influência direta de seus responsáveis. Maniero et al., (2018) evidenciou uma taxa de 31,1% de prevalência na automedicação infantil mediada por familiares. Objetivos: evidenciar os aspectos que caracterizam a automedicação pediátrica no seio familiar, através da análise de artigos selecionados em bases de dados virtuais. Metodologia: O presente estudo consiste de uma revisão integrativa de literatura, abordando as características da automedicação pediátrica associada ao papel dos pais na mesma. Resultados: Foram encontrados 192 estudos em 5 bases de dados virtuais: National Library of Medicine (NLM/MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências (LILACS), Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud (IBECS) e a Base de Dados em Enfermagem (BDENF). Após critérios de inclusão e exclusão, um total de 15 artigos foram selecionados para discussão. Discussões: Foram identificadas taxas de automedicação de 29%, 17%, 15,7% e 20,2%, com 1 mês, 1 ano, 4 anos e 15 anos, respectivamente; já o uso de medicamentos foi tido como 64,7%, 52%, 35% e 30,9%, no mesmo intervalo de tempo. Considerações Finais: A automedicação é um fenômeno comum e preocupante. Ademais, estudos são necessários para mensurar os índices de automedicação no público infantil, para o monitoramento da prevalência e prevenção de seu aumento.
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