A nova filosofia da ciência: limitações da noção internalista de atividade científica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.36972

Palavras-chave:

Epistemologia; Nova Filosofia da Ciência; Formação de professores.

Resumo

O presente artigo, em verdade, forma parte de uma investigação mais extensa sobre diferentes escolas, correntes ou movimentos epistemológicos e suas respectivas contribuições, neste aspecto, à formação do professorado em Ciências Naturais. Neste sentido, abarca-se aqui o movimento denominado Nova Filosofia da Ciência e, em especial, aos esforços de seu mais proeminente membro, Thomas Kuhn. Para tanto, elege-se como método a revisão bibliográfica narrativa, baseada em fontes primárias e secundárias, além do apoio de manuais introdutórios de Filosofia da Ciência. O objetivo deste é esclarecer algumas particularidades do referido movimento e refletir a respeito, bem como, incentivar a prática de debates epistemológicamente fundamentados com vistas a um aprofundamento que, por certo, auxiliará numa formação mais integral dos participantes. Os resultados apontam para a extrema necessidade de uma “atualização” dos discursos e debates em espaço apropriado, ou seja, na formação de professoras e professores da referida área. Em termos de conclusão, torna-se evidente a necessidade de se establecer nos currículos destes cursos, clara e notória preocupação com uma abordagem efetiva das diversas concepções epistemológicas para que possamos contribuir, com efeito, numa formação holística de futuros professores, munidos dessa importantíssima ferramenta chamada epistemología.

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Publicado

09/11/2022

Como Citar

CLEMENTE GONÇALVES, M. A.; ADÚRIZ-BRAVO, A. A nova filosofia da ciência: limitações da noção internalista de atividade científica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 15, p. e33111536972, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.36972. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36972. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais