A nova filosofia da ciência: limitações da noção internalista de atividade científica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.36972Palavras-chave:
Epistemologia; Nova Filosofia da Ciência; Formação de professores.Resumo
O presente artigo, em verdade, forma parte de uma investigação mais extensa sobre diferentes escolas, correntes ou movimentos epistemológicos e suas respectivas contribuições, neste aspecto, à formação do professorado em Ciências Naturais. Neste sentido, abarca-se aqui o movimento denominado Nova Filosofia da Ciência e, em especial, aos esforços de seu mais proeminente membro, Thomas Kuhn. Para tanto, elege-se como método a revisão bibliográfica narrativa, baseada em fontes primárias e secundárias, além do apoio de manuais introdutórios de Filosofia da Ciência. O objetivo deste é esclarecer algumas particularidades do referido movimento e refletir a respeito, bem como, incentivar a prática de debates epistemológicamente fundamentados com vistas a um aprofundamento que, por certo, auxiliará numa formação mais integral dos participantes. Os resultados apontam para a extrema necessidade de uma “atualização” dos discursos e debates em espaço apropriado, ou seja, na formação de professoras e professores da referida área. Em termos de conclusão, torna-se evidente a necessidade de se establecer nos currículos destes cursos, clara e notória preocupação com uma abordagem efetiva das diversas concepções epistemológicas para que possamos contribuir, com efeito, numa formação holística de futuros professores, munidos dessa importantíssima ferramenta chamada epistemología.
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