Inovação e empreendedorismo no ambiente acadêmico: um estudo sobre universidades empreendedoras e os resultados dos relatórios de gestão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37024

Palavras-chave:

Universidades Federais; Universidades Empreendedoras; Rankings; Relatórios de gestão.

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar as informações sobre empreendedorismo e inovação de universidades federais (UF), classificadas como universidades empreendedoras. Sendo esta, uma pesquisa de natureza exploratória, buscou-se a partir de um estudo qualitativo e quantitativo, baseado na análise de conteúdo, para detectar os resultados das ações empreendedoras, apresentadas nos relatórios de gestão disponibilizados pelas universidades. Para isso, realizamos um estudo de casos múltiplos com foco nas informações e ações empreendedoras no ambiente acadêmico. Do universo de 66 universidades federais, foram selecionadas as que estavam nas melhores colocações do Ranking das Universidades Empreendedoras (RUE) 2021, para cada região geográfica do Brasil. Esta análise possibilitou a compreensão das características das universidades empreendedoras que se transformam para atender às demandas da sociedade. Na apresentação dos dados e das ações relevantes para o alcance dos resultados está a demonstração direta da transformação que se busca em um ambiente de construção de Universidades Empreendedoras em todas as regiões, sendo refletido na percepção dos alunos e demais stakeholders.  Pretende-se com este estudo relacionar as ações das universidades empreendedoras e suas características, em dimensões para compreensão do planejamento para as universidades tradicionais se tornarem mais empreendedoras, e pode servir de ponto de partida para outros estudos empíricos.

Referências

Almeida, F. M., Valadares, J. ;., & Sediyama, G. (2017). A contribuição do empreendedorismo para o crescimento econômico dos estados Brasileiros. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 466–494.

Almeida, A. C. F. de, Lopes, L. F. de O., & Braga, C. B. (2020). Professores Inovadores: mudanças de paradigmas a partir das necessidades apresentadas pelos alunos. Research, Society and Development, 9(7), e576974428. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4428

Aragão, J. D., Braga, F. L. P., & Viana, F. D. F. (2021). Inovação e empreendedorismo: Uma análise lexical a partir de estudos científicos internacionais e nacionais brasileiros (2015-2019). Research, Society and Development, 10(6), e20610615728. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15728

Asheim, B. T., Smith, H. L., & Oughton, C. (2011). Regional innovation systems: Theory, empirics and policy. Regional studies, 45(7), 875-891.

Audy, J. L. (2006). A universidade no Brasil: concepções e modelos / Marilia Morosini, Org. - Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Audy, J., & Ferreira, G. C. (2006). Entrepreneurial University: A View From Pucrs. Innovation And Entrepreneurialism in the University.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. 1ª ed., São Paulo: Almedina.

Barnard, A., Pittz, T., & Vanevenhoven, J. (2018). Entrepreneurship education in US community colleges: a review and analysis. Journal of Small Business and Enterprise Development.

Brasil. (2020). Tribunal de Contas da União. Relatório de Gestão: guia para elaboração na forma de relato integrado: evolução da prestação de contas / Tribunal de Contas da União. (3a ed.), TCU, Secretaria de Métodos e Suporte ao Controle Externo (Semec).

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988, (1988). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Brasil. Decreto no 9.283, de 7 de fevereiro de 2018. Regulamenta a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, a Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016, o art. 24, § 3º, e o art. 32, § 7º, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, o art. 1º da Lei nº 8.010, de 29 de março de 1990, e o art. 2º, caput, inciso I, alínea "g", da Lei nº 8.032, de 12 de abril de 1990, e altera o Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, para estabelecer medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à capacitação tecnológica, ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.. Diário Oficial da União. Brasília, 8 fev, (2018). https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/d9283.Brasil. Lei 8.443: Dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União e dá outras providências, (1992). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8443.htm

Brasil. Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, (1996). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm

Brasil Junior, (2021). Ranking de Universidades Empreendedoras 2021: onde os bons negócios nascem. Brasil Junior. https://brasiljunior.org.br/conteudos/ranking-de-universidades-empreendedoras-2021-onde-os-bons-negocios-nascem

Carmo, L. J. O., Assis, L. B. D. E., Gomes Júnior, A. B., & Teixeira, M. B. M. (2021). O empreendedorismo como uma ideologia neoliberal. Cadernos EBAPE BR, 19(1), 18–31. https://doi.org/10.1590/1679-395120200043

Clark, B. (1998). The entrepreneurial university: Demand and response. Tertiary Education and Management, 4(1), 5–16. https://doi.org/10.1007/bf02679392

Clark, B. (2001). The entrepreneurial university: New foundations for collegiality, autonomy, and achievement. Higher Education Management, 129.

Clark, B. (2006). Pursuing the entrepreneurial university. Em Audy, Jorge Luis Nicolas. Morosini, Marília Costa (Org.), Innovation and entrepreneurialism in the university (p. 15–27). Edipucrs.

Clark, B. R. (2003). Sustaining change in universities: Continuities in case studies and concepts. Tertiary Education and Management, 9(2), 99–116. https://doi.org/10.1080/13583883.2003.9967096

dos Santos, E. G., Maehler, A. E., & de Mello, S. P. T. (2021). A Orientação Empreendedora (OE) na universidade pública: um estudo de caso. Revista Gestão Universitária na América Latina-GUAL, 175-197.

Eckhardt, J. T., & Shane, S. A. (2003). Opportunities and entrepreneurship. Journal of management, 333–349.

Etzkowitz, H. (2001). The second academic revolution and the rise of entrepreneurial science. IEEE Technology and Society Magazine, 20(2), 18–29. https://doi.org/10.1109/44.948843

Etzkowitz, H., & Klofsten, M. (2005). The innovation region: toward a theory of knowledge-based regional development. R & D Management, 35, 243–255.

Etzkowitz, H., & Zhou, C. (2017). The Triple Helix: University-industry-government Innovation and entrepreneurship. Routledge.

Etzkowitz, Henry, Webster, A., Gebhardt, C., & Terra, B. R. C. (2000). The future of the university and the university of the future: evolution of ivory tower to entrepreneurial paradigm. Research Policy, 29(2), 313–330. https://doi.org/10.1016/s0048-7333(99)00069-4

Etzkowitz, Henry. (2003). Innovation in innovation: The Triple Helix of university-industry-government relations. Social Sciences Information. Information Sur Les Sciences Sociales, 42(3), 293–337. https://doi.org/10.1177/05390184030423002

Etzkowitz, Henry. (2004). The evolution of the entrepreneurial university. International journal of technology and globalisation, 1(1), 64. https://doi.org/10.1504/ijtg.2004.004551

Etzkowitz, Henry. (2013). Anatomy of the entrepreneurial university. Social Sciences Information. Information Sur Les Sciences Sociales, 52(3), 486–511. https://doi.org/10.1177/0539018413485832

Fernández-Nogueira, D. (2018). The entrepreneurial university: a selection of good practices. Journal of Entrepreneurship Education, 3.

Fillion, L. J. (1999). Empreendedorismo: empreendedorismo e proprietários-gerentes de pequenos negócios. Revista de Administração. São Paulo, v, 34(2), 5–28.

Hazelkorn, E. (2019). Rankings acadêmicos e governança universitária no espaço do ensino superior de língua portuguesa. Organizadores: Adolfo Ignacio Calderón.

IIRC. (2013. International Integrated Reporting Council. The International Framework. http://integratedreporting. org/wp-content/uploads/2013/12/13-12-08-THEINTERNATIONAL- IR-FRAMEWORK-2-1.pdf.

Isenberg, D. (2011). The Entrepreneurship Ecosystem Strategy as a New Paradigm for Economic Policy: Principles for Cultivating Entrepreneurship. Institute of International and European Affairs, Dublin, Ireland, 12 May 2011, 1-13.

Jiao, H., Zhou, J., Gao, T., & Liu, X. (2016). The more interactions the better? The moderating effect of the interaction between local producers and users of knowledge on the relationship between R&D investment and regional innovation systems. Technological forecasting and social change, 110, 13–20. https://doi.org/10.1016/j.techfore.2016.03.025

Kirby, D. A., Guerrero, M., & Urbano, D. (2011). Making universities more entrepreneurial: Development of a model: Making universities more entrepreneurial: A model. Canadian Journal of Administrative Sciences / Revue Canadienne Des Sciences de l Administration, 28(3), 302–316. https://doi.org/10.1002/cjas.220

Landström, H. (2020). The evolution of entrepreneurship as a scholarly field. Foundations and Trends® in Entrepreneurship, 16(2), 65–243. https://doi.org/10.1561/0300000083

Leite, E. F. (2017). O FENÔMENO DO EMPREENDEDORISMO. Saraiva Educação S.A.

Lumpkin, G. T., & Dess, G. G. (1996). Clarifying the entrepreneurial orientation construct and linking it to performance. Academy of management review, 21(1), 135–127. https://doi.org/10.2307/258632

Mason, C., & Brown, R. (2014). Entrepreneurial ecosystems and growth oriented entrepreneurship. Final report to OECD, Paris, 30(1). 77–102.

Ribeiro, S. P., Luiz Filho, G., & Silva, D. da . (2022). Avaliação dos atributos do ecossistema empreendedor local. Research, Society and Development, 11(9), e49911930522. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.30522

Riviezzo, A., Santos, S. C., Liñán, F., Napolitano, M. R., & Fusco, F. (2018). European universities seeking entrepreneurial paths: the moderating effect of contextual variables on the entrepreneurial orientation-performance relationship. Technological Forecasting and Social Change, 141, 232–248. https://doi.org/10.1016/j.techfore.2018.10.011

Rothaermel, F. T., & Ku, D. N. (2008). Diferenciais da inovação intercluster: o papel das universidades de pesquisa. IEEE Transactions on Engineering Management.

Ruiz, S. M. D. A. (2018). Universidade empreendedora: proposição de um modelo para as instituições de ensino superior públicas brasileiras.

Ruiz, F. M. (2019). Empreendedorismo. Senac.

Santiago, E. G. (2009). Weber e Mcclelland: novas referências para a sociologia do trabalho. Revista de Ciências Sociais, 40(2), 87–103.

Schumpeter, J. A. (1961). Socialismo e Democracia.

Stensaker, B., & Benner, M. (2013). Doomed to be entrepreneurial: Institutional transformation or institutional lock-ins of ‘new’ universities? Minerva, 51(4), 399–416. https://doi.org/10.1007/s11024-013-9238-6

Thiengo L, C., Bianchetti, L., Almeida M, L. P., & De Mari, C. L. (2019). Rankings acadêmicos e as universidades de classe mundial: implicações para a governança transnacional da educação superior. Rankings acadêmicos e governança universitária no espaço do ensino superior de língua portuguesa. Organizadores: Adolfo Ignacio Calderón.

Tornatzky, L. G., & Rideout, E. C. (2014). Innovation U 2.0: Reinventing university roles in a knowledge economy. Innovation-U. com.

Turró, A., Urbano, D., & Peris-Ortiz, M. (2014). Culture and innovation: The moderating effect of cultural values on corporate entrepreneurship. Technological Forecasting and Social Change, 88, 360–369. https://doi.org/10.1016/j.techfore.2013.10.004

UFPA. (2022). Relatório de gestão 2021 / Universidade Federal do Pará. — Belém: UFPA.

UFRN. (2022). Relatório de gestão 2021 / Universidade Federal Rio Grande do Norte. — Natal: UFRN.

UFV. (2022). Relatório de gestão 2021 / Universidade Federal de Viçosa. — Viçosa: UFV.

UNB. (2022). Relatório de gestão 2021 / Universidade de Brasília. — Brasília: UnB.

Urbano, D., & Guerrero, M. (2013). Entrepreneurial universities: Socioeconomic impacts of academic entrepreneurship in a European region. Economic development quarterly, 27, 40–55.

UTFPR. (2021). Relatório de gestão 2021 / Universidade Tecnológica Federal do Paraná. — Curitiba: UTFPR, 2022.

Verga, E., & Soares da Silva, L. F. (2015). EMPREENDEDORISMO: EVOLUÇÃO HISTÓRICA, DEFINIÇÕES E ABORDAGENS. REGEPE - Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 3(3), 03. https://doi.org/10.14211/regepe.v3i3.161

Volkmann, C., Wilson, K. E., Mariotti, S., Rabuzzi, D., Vyakarnam, S., & Sepulveda, A. (2009). Education the Next Wave of Entrepreneurs: Unlocking entrepreneurial capabilities to meet the global challenges of the 21st century. A Report of the Global Education Initiative. Switzerland: World Economic Forum.

Voss, C., Tsikriktsis, N., & Frohlich, M. (2002). Case research in operations management. International Journal of Operations & Production Management, 22(2), 195–219. https://doi.org/10.1108/01443570210414329

Wakkee, I., van der Sijde, P., Vaupell, C., & Ghuman, K. (2018). The university’s role in sustainable development: Activating entrepreneurial scholars as agents of change. Technological Forecasting and Social Change, 141, 195–205. https://doi.org/10.1016/j.techfore.2018.10.013

Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso-: Planejamento e métodos. Bookman editora.

Yoshioka-Kobayashi, T. (2019). Institutional factors for academic entrepreneurship in publicly owned universities in japan: Transition from a conservative anti-industry university collaboration culture to a leading entrepreneurial university. Science, Technology & Society, 24(3), 423–445. https://doi.org/10.1177/0971721819873180

Downloads

Publicado

14/11/2022

Como Citar

ARAGÃO, E. de M. .; JESUS, V. de; SANTOS, M. J. C. dos. Inovação e empreendedorismo no ambiente acadêmico: um estudo sobre universidades empreendedoras e os resultados dos relatórios de gestão. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 15, p. e188111437024, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.37024. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37024. Acesso em: 5 jul. 2024.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais