Bacia hidrográfica do rio Pajeú – PE: uso dos recursos naturais, mudanças e problemáticas ambientais de 1991 a 2022
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37031Palavras-chave:
Sertão de Pernambuco; Caatinga; Rio e tributários; Recuperação; Meio ambiente.Resumo
Compreender o espaço de uma Bacia Hidrográfica e as mudanças que nela acontecem ao longo do tempo é uma estratégia para favorecer a conservação dos recursos naturais e elucidar práticas conducentes à recuperação do que já foi degradado. O estudo de caso objetivou compreender o espaço da Bacia Hidrográfica do Rio Pajeú, em Pernambuco, e as problemáticas que impedem sua preservação e recuperação, a saber que sobre o mesmo preponderam práticas de devastação que incidem sobre o rio Pajeú, levando à diminuição de sua vazão ao longo dos anos. A metodologia fundamentou-se em aspectos indicados e contextualizados por autores da literatura específica e, associadamente, integrou-se a aplicação de geotecnologias aplicadas com o intuito de abordar algumas questões de forma dinâmica e melhor compreender o espaço e as transformações. Configurando-se com natureza Qualiquantitativa, a metodologia alicerçou-se em autores que orientam a obtenção e análise de dados para esta finalidade. Concluiu-se que as principais problemáticas estão ligadas aos desmatamentos sistemáticos ao longo do tempo, seguidos de queimadas com consequente erosão dos solos, originados do uso desequilibrado dos recursos naturais e que têm levado à devastação do bioma Caatinga nessa região do Semiárido brasileiro. A principal nascente do rio Pajeú deixou de verter água no ano de 1986, assim como tantas outras ao longo dos seus 353 km, cuja perspectiva de voltarem a ter águas caudalosas e perenes está atrelada às mudanças das práticas e do uso que é feito dos recursos naturais nesta que é a maior Bacia Hidrográfica do Estado de Pernambuco.
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