Estudo epidemiológico da endometriose no Estado do Maranhão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37163

Palavras-chave:

Endemetriose; Epidemiologia; Saúde da mulher.

Resumo

Objetivo: Realizar uma análise epidemiológica da Endometriose no Estado do Maranhão entre 2017 e 202. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório, de série temporal, de dados epidemiológicos da endometriose na população do Estado do Maranhão. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informática do SUS (DATASUS). Resultados: Certificou-se que ocorreram 2.113 internações por Endometriose no Maranhão entre janeiro de 2017 e dezembro de 2021 e a região de saúde mais afetada foi São Luís. Além disso, foi possível observar que a faixa etária mais afetada foi de 40 a 49 anos, com 853 casos, seguida da população de 30 a 39 anos com 601 internações. No que se refere a cor, as mulheres pardas foram as mais acometidas. Ocorreram dois óbitos, sendo um na região de saúde de Açailândia e o outro na região de Rosário. A taxa média de permanência hospitalar no Estado foi de 2,8 dias, o valor médio de internação foi de R$688,43 e o valor total gasto com a endometriose no período analisado foi de R$1.460.154,35. Conclusão: É possível inferir que a endometriose possui alta incidência no Maranhão, principalmente nas mulheres pardas, entre 30 e 49 anos, possuindo suas internações mais concentradas nas regiões de saúde de São Luís e Santa Inês. Apesar da doença ser benigna, a mesma causa prejuízos a qualidade de vida das pacientes no âmbito físico e psicológico, sendo importante que os órgãos de saúde criem campanhas de alerta quanto à existência da doença e quais são os seus sintomas.

Referências

Agarwal, S. K., Chapron, C., Giudice, L. C., Laufer, M. R., Leyland, N., Missmer, S. A., Singh, S. S., & Taylor, H. S. (2019). Clinical diagnosis of endometriosis: a call to action. American journal of obstetrics and gynecology, 220(4), 354.e1–354.e12. https://doi.org/10.1016/j.ajog.2018.12.039

Bulun, S. E., Yilmaz, B. D., Sison, C., Miyazaki, K., Bernardi, L., Liu, S., Kohlmeier, A., Yin, P., Milad, M., & Wei, J. (2019). Endometriosis. Endocrine reviews, 40(4), 1048–1079. https://doi.org/10.1210/er.2018-00242

Burghaus, S., & Beckmann, M. W. (2021). Endometriose – gynäkologische Diagnostik und Therapie : Was sollten Schmerzmediziner*innen wissen? [Endometriosis: gynecological diagnosis and treatment: What should pain management specialists know?]. Schmerz (Berlin, Germany), 35(3), 172–178. https://doi.org/10.1007/s00482-021-00541-w

Chapron, C., Marcellin, L., Borghese, B., & Santulli, P. (2019). Rethinking mechanisms, diagnosis and management of endometriosis. Nature reviews. Endocrinology, 15(11), 666–682. https://doi.org/10.1038/s41574-019-0245-z

Czyzyk, A., Podfigurna, A., Szeliga, A., & Meczekalski, B. (2017). Update on endometriosis pathogenesis. Minerva ginecologica, 69(5), 447–461. https://doi.org/10.23736/S0026-4784.17.04048-5

Dovey, S., & Sanfilippo, J. (2010). Endometriosis and the adolescent. Clinical obstetrics and gynecology, 53(2), 420–428. https://doi.org/10.1097/GRF.0b013e3181dbdc61

Girão, M. J. B. C. et al. (2017). Tratado de Ginecologia. 1ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2017.

Galo Marques Salomé, D., Barbosa Pires Braga, A. C., Moreira Lara, T., & Aparecido Caetano, O. (2020). Endometriose: epidemiologia nacional dos últimos 5 anos. Revista De Saúde, 11(2), 39–43. https://doi.org/10.21727/rs.v11i1.2427

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2022). Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação. IBGE. https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html

Kiesel, L., & Sourouni, M. (2019). Diagnosis of endometriosis in the 21st century. Climacteric: the journal of the International Menopause Society, 22(3), 296–302. https://doi.org/10.1080/13697137.2019.1578743

Koninckx, P. R., Ussia, A., Adamyan, L., Wattiez, A., Gomel, V., & Martin, D. C. (2019). Pathogenesis of endometriosis: the genetic/epigenetic theory. Fertility and sterility, 111(2), 327–340. https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2018.10.013

Lete I. (2019). Endometriosis: Diagnosis and treatment. Endometriosis: diagnóstico y tratamiento. Medicina clinica, 152(12), 508–512. https://doi.org/10.1016/j.medcli.2019.01.005

Marconi, A. & Lakatos, E. M. (2021). Fundamentos de Metodologia Científica. 9ed. São Paulo: Editora Atlas, 2021.

Olšarová, K., & Mishra, G. D. (2020). Early life factors for endometriosis: a systematic review. Human reproduction update, 26(3), 412–422. https://doi.org/10.1093/humupd/dmaa002

Ottolina, J., Schimberni, M., Makieva, S., Bartiromo, L., Fazia, T., Bernardinelli, L., Viganò, P., Candiani, M., & Gentilini, D. (2020). Early-life factors, in-utero exposures and endometriosis risk: a meta-analysis. Reproductive biomedicine online, 41(2), 279–289. https://doi.org/10.1016/j.rbmo.2020.04.005

Podgaec, S., Schor, E., & Ribeiro, P. A. (2020). Coleção Febrasgo – Endometriose. 2ed. São Paulo: Editora GEN Guanabara Koogan, 2020.

Rolla E. (2019). Endometriosis: advances and controversies in classification, pathogenesis, diagnosis, and treatment. F1000Research, 8, F1000 Faculty Rev-529. https://doi.org/10.12688/f1000research.14817.1

Saunders, P., & Horne, A. W. (2021). Endometriosis: Etiology, pathobiology, and therapeutic prospects. Cell, 184(11), 2807–2824. https://doi.org/10.1016/j.cell.2021.04.041

Shafrir, A. L., Farland, L. V., Shah, D. K., Harris, H. R., Kvaskoff, M., Zondervan, K., & Missmer, S. A. (2018). Risk for and consequences of endometriosis: A critical epidemiologic review. Best practice & research. Clinical obstetrics & gynaecology, 51, 1–15. https://doi.org/10.1016/j.bpobgyn.2018.06.001

Sousa T. R., Queiroz A. P., Baron R. A., Sperandio F. F. (2015). Prevalência dos sintomas da endometriose: revisão sistemática. CES Med, 29(2), 211- 226. http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0120-87052015000200006&lng=en&tlng=pt.

Zondervan, K. T., Becker, C. M., & Missmer, S. A. (2020). Endometriosis. The New England journal of medicine, 382(13), 1244–1256. https://doi.org/10.1056/NEJMra1810764

Downloads

Publicado

12/11/2022

Como Citar

SANTOS, K. F. A. .; CUNHA, E. R. .; MENDES, L. E. B. .; RIBEIRO, A. A. .; ARAÚJO, S. R. M. .; PEREIRA, T. V. .; PEREIRA, E. F. C. .; PEREIRA, S. J. .; FRÓES, J. M. L. .; SOUZA, M. T. P. de . Estudo epidemiológico da endometriose no Estado do Maranhão. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 15, p. e137111537163, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.37163. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37163. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde