Conhecimento da população residente em áreas endêmicas sobre a esquistossomose
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37202Palavras-chave:
Conhecimento; Esquistossomose; Epidemiologia.Resumo
Schistosoma mansoni é o agente etiológico da esquistossomose, parasitose conhecida popularmente no Brasil como barriga d’água ou doença do caramujo. Sintomas como diarreia, dor abdominal, hepatoesplenomegalia, tontura e emagrecimento são comuns para essa parasitose. No entanto, o agravamento dos sintomas pode resultar em formas clínicas mais críticas, ocasionando o óbito. A esquistossomose é uma doença negligenciada e está relacionada à pobreza. Dentre os países localizados nas Américas, o Brasil apresenta elevado número de casos registrados. Desse modo, o estudo teve como objetivo identificar o conhecimento da população sobre a esquistossomose em uma Unidade Básica de Saúde no município de Vitória de Santo Antão. Trata-se de estudo descritivo exploratório, transversal, quantitativo do tipo prevalência. Os dados foram analisados no Microsoft Excel 2016 em formato de tabelas para apresentação de médias e percentuais. Foram realizadas idas à unidade para aplicação do questionário, o qual estava dividido em duas partes: aspectos sociodemográficos e econômicos (idade, gênero, estado civil, escolaridade, água encanada, rua pavimentada, ocupação e renda familiar) e a investigação do conhecimento da população acerca da doença. Observou-se que entre a faixa etária 19 a 71 anos, a predominância foi do sexo feminino (88%). Constatou-se que a maioria dos participantes do estudo não tem conhecimento sobre a doença (64%) e sobre as formas de contaminação (52%). O adoecimento está relacionado com a falta do conhecimento. A predominância da baixa escolaridade juntamente com a renda familiar de até um salário mínimo e as donas de casas, são grupos mais suscetíveis para desenvolver a doença.
Referências
Brito, N. M. G. (2021). Avaliação da persistência da esquistossomose e outras parasitoses intestinais no vale do Pamparrão, foco endêmico do município de Sumidouro, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Instituto Oswaldo Cruz.
Conceição, M. M., Barros, E. C. P., Lazarini, H., Melo, A. G. S., Melo, C. M., & Libos, M. (2016). Aspectos hídricos e epidemiológicos da transmissão da esquistossomose em área turística de Alagoas. Interfaces Científicas - Saúde E Ambiente, 4(2), 35–42. https://doi.org/10.17564/2316-3798.2016v4n2p35-42
Costa, A. B., Bravo, D. S., Guilherme, T. S., Marqi, R., Silva, F. T. R., & Melo, S. C. S. (2017). Esquistossomose Urbana no Norte Pioneiro do Estado do Paraná, Brasil. Journal of Health Science, 19(4)4, 251-255.
Dubeux, L. S., Jesus, R. P. F. S., Samico, I., Mendes, M. F. M., Wanderley, F. S. O., Tomasi, E., Nunes, B. P., & Facchini, L. A. (2019). Avaliação do Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas para o controle da esquistossomose mansônica em três municípios hiperendêmicos, Pernambuco, Brasil, 2014. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 28(2). https://doi.org/10.5123/s1679-49742019000200008
Freitas, S. L., Berger, M. S., Volpi, T. A. (2022). Esquistossomose: compreendendo os fatores para alta prevalência da doença em um município endêmico no Estado do Espírito Santo. Natureza online, 20(1), 1-10
Gomes, E. C. S., Mesquita, M. C. S., Rehn, V. N. C., Nascimento, W. R. C., Loyo, R., & Barbosa, C. S. (2016). Transmissão urbana da esquistossomose: novo cenário epidemiológico na Zona da Mata de Pernambuco. Revista Brasileira de Epidemiologia, 19(4), 822–834. https://doi.org/10.1590/1980-5497201600040012
Holanda, E. C., Verde, R. M. C. L., Nery Neto, J. A. O. N., Soares, L. F., & Oliveira, E. H. (2020). Caracterização epidemiológica e prevalência de esquistossomose no Estado do Maranhão, Brasil. Research, Society and Development, 9(8), e735986622-e735986622.
Lisboa, E.T. (2015). Esquistossomose: Prevenção, controle e tratamento. Instituto Politécnico de Viseu. http://hdl.handle.net/10400.19/3130
Massara, C. L., Murta, F. L. G., Enk, M. J., Araújo, A. D., Modena, C. M., & Carvalho, O. S. (2016). Caracterização de materiais educativos impressos sobre esquistossomose, utilizados para educação em saúde em áreas endêmicas no Brasil. Epidemiologia E Serviços de Saúde, 25(3), 575–584. https://doi.org/10.5123/s1679-49742016000300013
Melo, A.G.S. (2011) Epidemiologia das esquistossomose e conhecimento da população em área periurbana de Sergipe. Aracaju, Universidade Tiradentes.
Nunes, M., Thiago, J., & Matos-Rocha. (2018). Fatores condicionantes para a ocorrência de parasitoses entéricas de adolescentes. Journal of Health and Biological Sciences, 7(3), 265–270. https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v7i3.2244.p265-270.2019
Pereira A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. 1. ed. Santa Maria, RS: UAB/NTE/UFSM.
Quites, H. F. O., Abreu, M. N. S., Matoso, L. F., & Gazzinelli, A. (2016). Avaliação das ações de controle da esquistossomose na Estratégia de Saúde da Família em municípios do Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais. Revista Brasileira de Epidemiologia, 19(2), 375–389. https://doi.org/10.1590/1980-5497201600020014
Rodrigues, S. A. S., Andrade, J. V., Rosa, F. M., Bachur, T. P. R., & Coimbra, E. S. (2021). Atuação da enfermagem no contexto da esquistossomose. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 11(3), 329-333. https://doi.org/10.18378/rebes.v11i3.9168
Rodrigues, W. P., Gonçalves, P. D., & Santiago, P. S. N. (2019). Fatores de risco e possíveis causas de Esquistossomose na população residente das margens do riacho de canas em Itapicuru - BA. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 11(8), e159. https://doi.org/10.25248/reas.e159.2019
Santos, A. H. C., Barbosa, L., Siqueira, T. S., Souza, M. R., Celestino, A. O., Santos, A. F., & Araújo, K. C. G. M. (2021b). Prevalência e fatores de risco associados à infecção da Esquistossomose mansoni e das enteroparasitoses em área endêmica, Sergipe, Brasil. Research, Society and Development, 10(5), e26310514538. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14538
Santos, C.Y.B. (2017). Esquistossomose mansoni na zona da mata de Pernambuco: Fatores socioambientais, educação ambiental e em saúde. Recife, Universidade Federal de Pernambuco.
Santos, I. G. A., Bezerra, L. P., Cirilo, T. M., Silva, L. O., Machado, J. P. V., Lima, P. D., Souza, M. R. B., Gomes, S. C., Silva, G. I. L., Damasceno, I. A., Alencar, V. J. B., Carvalho, M. M. V., Ramos, R. E. S., Gomes, D. S., Paz, W. S. Santos Júnior, E. G., Alves, L. C., & Brayner, F. A. (2021a). Aspectos relacionados com a positividade para a esquistossomose: estudo transversal em área de baixa prevalência em Alagoas, 2020. Epidemiologia E Serviços de Saúde, 30. https://doi.org/10.1590/S1679-49742021000200005
Silva Júnior, C. D., Souza, J. R., Silva, N. S., Almeida, S. P., & Torres, L. M. (2022). Saúde do homem na atenção básica: fatores que influenciam a busca pelo atendimento. Revista Ciência Plural, 8(2), 1–18. https://doi.org/10.21680/2446-7286.2022v8n2ID26410
Silva, J. P., Ramos, S. B., & Andrade, M. (2018). Multivariate analysis of schistosomiasis in the state of Minas Gerais: principal component analysis. ABCS Health Sciences, 43(2). https://doi.org/10.7322/abcshs.v43i2.995
Silva, M. B. A., Gomes, B. M. R., Lopes, K. A. M., Medeiros, C. A., & Brito, M. I. B. S. (2019). Perfil clínico-epidemiológico de indivíduos portadores de esquistossomose em um município prioritário de Pernambuco. Revista Saúde & Ciência, 8(1), 76–87. https://doi.org/10.35572/rsc.v8i1.62
Soares, D. A., Souza, S. A, Silva, D. J., Silva, A. B., Cavalcante, U. M. B., & Lima, C. M. B. L. (2019). Avaliação epidemiológica da esquistossomose no estado de Pernambuco pelo modelo de regressão beta. Archives of Health Sciences. (Online); 26(2), 116-120. http://www.cienciasdasaude.famerp.br/index.php/racs/article/view/1302
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Jorge Rony dos Santos Dias; Erica Nadir da Silva; Maria Stella Amorim de Lima Souza; Danilo Ramos Cavalcanti; Julyana Viegas Campos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.