Incidência de sífilis na gestação antes e durante a pandemia da COVID-19 no estado de Santa Catarina e sua relação com o IDH
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37239Palavras-chave:
COVID-19; Sífilis gestacional; Pandemia.Resumo
Introdução: A pandemia da COVID-19 afetou todo o sistema de saúde, uma das áreas que foi afetada foi a assistência ao pré-natal. Objetivo: o presente estudo buscou avaliar a influência da COVID-19 sobre a incidência de sífilis gestacional e a sua relação com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Atenção Básica no estado de Santa Catarina. Método: foi analisado os casos de sífilis gestacional que foram notificados nas macrorregiões, microrregiões de saúde, além de alguns municípios polo de Santa Catarina. Foram analisados os dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) disponibilizados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE). Utilizaram-se as seguintes variáveis: ano de diagnóstico, macrorregião, microrregião e cidade. Também foi realizado um levantamento de dados referente ao IDH da atenção básica das cidades utilizadas para o estudo no Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Municipal Sustentável. Resultados: A macrorregião da Grande Florianópolis apresentou a maior redução em 2020, 34,4% em comparação ao ano anterior. Das microrregiões, Xanxerê apresentou a maior redução (-42,5%). A região do Vale Itapoacu teve um aumento de 80%. O município polo de Florianópolis teve a maior redução (77%), Jaraguá do Sul apresentou o maior aumento 187%. Conclusão: houve uma diminuição no número de diagnósticos durante a pandemia. Em relação ao IDH da Atenção Básica, em alguns municípios, essa relação ficou evidente, em outros nem tanto. Também, levantou-se a hipótese de a cultura de algumas regiões podem ter impactado o segmento do pré-natal durante a pandemia.
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