Uso de contraceptivos no climatério na Atenção Primária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37243

Palavras-chave:

Climatério; Menopausa; Métodos contraceptivos.

Resumo

Introdução: O climatério é definido como o período entre a menacme e a senilidade, com período anterior e posterior a menopausa. A síndrome climatérica é definida por sinais e sintomas mais intensos próximos ao acontecimento da menopausa, sendo a maior parte decorrentes da falta de estrógeno circulante, além de fatores psicossociais. No século XX, poucas eram as campanhas de prevenção e promoção de saúde a essa parte da população feminina, já hoje, o Ministério da Saúde possui programas voltados a essas pacientes. Sabe-se que o uso de métodos contraceptivos traz melhora nos sintomas e atua como fator protetor contra neoplasias de endométrio. Contudo, essa realidade precisa ser individualizada, levando em conta fatores de risco e queixas da mulher. Objetivo: Analisar os métodos contraceptivos utilizados por mulheres no climatério em uma UBS no Oeste do Paraná. Metodologia: trata-se de uma análise quantitativa de mulheres com idade entre 42 e 48 anos, cadastradas em uma Unidade Básica de Saúde do Oeste do Paraná. Elas responderam um formulário enviado via rede social WhatsApp, que incluía o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), solicitando a autorização e esclarecendo sobre a pesquisa. Resultados: das 31 mulheres entrevistadas, todas possuíam indicação médica de uso de contraceptivo, apenas 17 (54,8%) utilizavam. Dessa forma, é de extrema importância uma abordagem multidisciplinar na atenção primária a saúde, voltada para o acolhimento nessa fase da vida das mulheres, além de buscar mudanças nos hábitos de vida dessa população, para que, assim, seja possível alcançar uma melhor qualidade de vida.

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Publicado

25/11/2022

Como Citar

ALVES, A. F.; POSSOBON, A. L. . Uso de contraceptivos no climatério na Atenção Primária. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 15, p. e519111537243, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.37243. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37243. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde