Potencial fisiológico de sementes de melão pepino submetidas a salinidade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3735Palavras-chave:
Espécie crioula; Estresse salino; Fisiologia de sementes; Vigor.Resumo
O cultivo do melão é uma das principais atividades agrícolas do Nordeste brasileiro, adaptando-se bem às condições ambientais da região. As variedades locais, também denominadas de crioulas, são muito utilizadas no consumo doméstico, dentre elas o melão pepino. Contudo, um dos fatores limitantes à produção agrícola na região é a salinidade dos solos e da água utilizada na irrigação, interferindo diretamente no processo germinativo das sementes. Nesse contexto, objetivou-se avaliar a influência da salinidade sobre a germinação e evolução do processo de embebição de sementes de melão pepino. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com cinco condutividades elétricas da água de irrigação (CEa = 0,0; 0,5; 1,5; 3,5 e 4,5 dS m-1), com quatro repetições de 50 sementes. Avaliou-se a curva de absorção e incremento de água das sementes e a porcentagem, primeira contagem, índice de velocidade média, tempo médio, velocidade média e frequência relativa de germinação. Os dados foram submetidos à análise de variância e nos casos de significância a análise de regressão. O melão pepino é tolerante à salinidade, mas o vigor das sementes é reduzido com o aumento da CEa. A absorção de água apresenta duração de 41 horas e o incremento de 0,013 g de água por semente até o início protrusão radicular. Já na evolução da embebição das sementes foi observado um prolongamento de duração do processo com o aumento das concentrações salinas.
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