Toxicidade do gadolínio por meio de contraste em exames de imagem
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37351Palavras-chave:
Gadolínio; Meios de contraste; Ressonância Magnética Nuclear; Fibrose sistêmica nefrogênica.Resumo
Objetivo: a finalidade deste artigo é descrever as propriedades e utilidades do Gadolínio (Gd), dando ênfase a sua toxicidade como meio de contraste em exames de Ressonância Magnética Nuclear (RMN). Essa pesquisa tem como base descrever as principais reações adversas, indicações, contraindicações e toxicidade pelo uso de GBCAs, um fármaco comumente usado como contraste não ionizante. Metodologia: foi realizada uma revisão de literatura, onde foram adquiridas informações em artigos científicos de sites renomados como Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e US national Library of Medicine (PubMed). Resultados: o Gd é um metal utilizado de várias formas para diversas finalidades, e uma delas é em exames de RMN como meio de contraste. Entretanto, pode fornecer riscos à saúde de pacientes que apresentem doenças prévias, como renais crônicos, ou aqueles que sejam portadores de sensibilidades ou alergias, podendo causar reações agudas maiores ou menores, que vão de urticárias, cefaleias e vômitos, até choque anafilático e laringoespasmo. Todavia, uma das complicações que vêm sendo estudada com amplitude é a patologia denominada como Fibrose Sistêmica Nefrogênica (FSN). Há recentemente estudos nos quais foram relatados riscos até mesmo em pacientes com funções renais dentro da normalidade. Conclusão do estudo: esclarecimento das orientações e informações importantes para o paciente que realiza o exame de RMN contrastado, e também, deixar como alerta aos profissionais de saúde sobre um tema não muito abordado, porém de alta periculosidade.
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