Ausência de dentição funcional e fatores associados em adultos do Nordeste Brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3752

Palavras-chave:

Perda de dente; Saúde bucal; Adulto; Inquéritos de saúde bucal.

Resumo

O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de ausência de dentição funcional e fatores associados em adultos. Foi realizado um estudo transversal com uma amostra aleatória de 532 adultos de 20 a 59 anos de idade, de Patos, PB, Nordeste do Brasil. A ausência de dentição functional (< 21 dentes naturais) foi o desfecho investigado. As variáveis independentes foram: características sociodemográficas, utilização de serviços e aspectos comportamentais em saúde. Foram estimadas razões de prevalência bruta e ajustada através da regressão de Poisson. A prevalência de ausência de dentição functional foi 23,9%. A ausência de dentição funcional foi fortemente associada à faixa etária, escolaridade, hábito tabagista e uso do fio dental. A classe social e a frequência de escovação dentária também se mostraram associadas ao desfecho investigado. Conclui-se que diversos fatores associam-se à ausência de dentição funcional em adultos reforçando sua importância como indicador de saúde bucal.

Biografia do Autor

Pedro Augusto Tavares Perazzo, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Cirurgião-Dentista

Cristiano Moura, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Professor Doutor em Odontologia 

Área de Concetração: Saúde Coletiva e Epidemiologia

Flávia Torres Cavalcante, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Cirurgiã-Dentista

Fabiana Torres Cavalcante, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

Cirurgiã-Dentista

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Publicado

27/04/2020

Como Citar

PERAZZO, P. A. T.; MOURA, C.; CAVALCANTE, F. T.; CAVALCANTE, F. T. Ausência de dentição funcional e fatores associados em adultos do Nordeste Brasileiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e59973752, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.3752. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3752. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde