Caracterização da hospitalização e mortalidade por IAM em tempos pandêmicos, análise de 2018-2022, no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37817Palavras-chave:
Infarto Agudo do Miocárdio; Covid-19; Pandemia Covid-19.Resumo
As Doenças Cardiovasculares (DCV) são a principal causa de mortalidade geral no Brasil e no mundo, dentre elas destaca-se o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), porém um novo cenário de letalidade em pacientes infectados pelo Sars-cov-02 tornou-se o foco de atendimento de todos os hospitais em âmbito mundial. Este estudo objetivou caracterizar o quadro de hospitalização e mortalidade por IAM em tempos pandêmicos no comparativo de 2018 a 2022. Trata-se de um Estudo transversal, descritivo e quantitativo, que utilizou o SINAN/DATASUS como fonte de dados. No período estudado houveram 615.145 hospitalizações e 60.134 óbitos por IAM. Observou-se um declínio dos números de hospitalização no ano de 2020 sendo 19,72% reestabelecendo acréscimo em 2021, correspondendo (23,52%), mantendo percentual de aumento em 2022. Quanto ao perfil sociodemográfico: 391.747 (63,7%) eram do sexo masculino (86,11%) com faixa etária > 50 anos, de raça/cor branca (39,8%) e pardas (33,2%). Óbitos por IAM: 2020 (19,07%) e 2021 (22,7%). O perfil sociodemográfico dos óbitos se assemelha ao perfil das hospitalizações, maioria no sexo masculino (56,1%), raça branca e parda, 38,73% e 31,45%, respectivamente, faixa etária > 70 anos (52,48%). Compreende-se que os impactos da pandemia podem apresentar reflexos maiores, no período pós pandemia com complicações silenciosas e mascaradas, a postergação da procura médica preventiva, adiamentos de cirurgias eletivas primordiais aos pacientes com DCV. Espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam no aprimoramento profissional do perfil epidemiológico e sociodemográfico com ações de saúde voltadas a população em geral e aquelas com maior vulnerabilidade e suscetibilidade da doença.
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