Análise comparativa dos casos de HIV na América Latina
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37843Palavras-chave:
HIV; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; América Latina; Epidemiologia; Saúde pública.Resumo
A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é considerada uma pandemia e esforços têm sido feitos para mitigar esse problema. O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) propõe estratégias e metas em intervenções contra o HIV. Assim, este estudo objetivou analisar os dados sobre a HIV nos países da América Latina com intuito de que sejam utilizados para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e direcionar as políticas públicas. Trata-se de um estudo analítico observacional ecológico. Os dados foram obtidos pelo site da Organização Mundial da Saúde (OMS) no repositório Global Health Observatory (GHO). As variáveis analisadas foram: “Número de novas infecções por HIV”, “Número de mortes por HIV/AIDS”, “Prevalência de HIV entre adultos de 15 a 49 anos”, “Número estimado de pessoas de todas as idades vivendo com HIV”, “Número de pessoas que recebem terapia antirretroviral”, “Cobertura da terapia antirretroviral (%)” e “Novas infecções por HIV (por 1.000 habitantes não infectados)”. Diante dessas variaveis, os resultados apontaram que a maior parte dos países latino-americanos apresentaram aumento dos novos casos entre 2010 a 2020, com queda ou estabilidade de mortes pela doença em todos os países. Sobre a cobertura da terapia antirretroviral, os países da América Latina estão longe da meta da UNAIDS. Espera-se que os resultados encontrados possam ser utilizados pelas vigilâncias em saúde, gestores e profissionais de saúde dos países da América Latina. Assim, pode-se verificar as falhas e acertos das políticas públicas resultando em benefícios para a comunidade.
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