Características e fenologia de duas variedades tradicionais de arroz (Oriza sativa L) de terras altas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37864Palavras-chave:
Mato Grosso; Cana roxa; Variedades crioulas.Resumo
O objetivo deste estudo foi descrever a fenologia e caracterizar as variedades de arroz de sequeiro conhecidas como Cana Roxa e Mato Grosso. O experimento foi realizado na Faculdade de Ciências Agrárias - FCA, Universidade Estadual do Piauí (UESPI) no município de Parnaíba, Piauí, Brasil. Para a implantação do ensaio de cada variedade, foram usadas seis parcelas com dimensões de 5m de comprimento e 4m de largura. Na semeadura, utilizou-se 10,0 gramas de sementes por metro linear. Foram feitas três adubações nas linhas de plantio utilizando fontes de NPK para o estabelecimento da cultura, além de práticas culturais como capina e irrigação por aspersão. Avaliou-se germinação, número de plantas por metro linear, altura de plantas, início do emborrachamento, início do florescimento e colheita, além da caracterização por descritores morfoagronômicos. Na variedade Cana Roxa, as subfases de emergência, emborrachamento, florescimento, frutificação e maturação ocorreram respectivamente aos 7, 66, 77, 86 e 108 dias após o plantio (DAP), tendo um ciclo de 114 dias, caracterizando-se como uma variedade de ciclo médio. O arroz Mato Grosso apresentou as subfases de emergência aos 5 DAP; emborrachamento aos 59 DAP, florescimento aos 72 DAP, frutificação aos 88 DAP e maturação aos 107 DAP, e um ciclo de 110 dias, sendo considerada uma variedade de ciclo precoce. Os dois genótipos apresentaram ausência de acamamento, grãos do tipo longo, grãos com casca da cor dourada, grãos sem casca da cor branca, grumelas amarelo-palha e panículas do tipo intermediária.
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