Formulação de uma dieta alternativa à base de mandioca (Manihot esculenta Crantz) e feijão nhemba (Vigna unguiculata L.) para galinha indígena no sector familiar de Moçambique
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i10.37907Palavras-chave:
Dieta; Mandioca; Feijão nhemba; Agregação; Galinha indígena.Resumo
Com objetivo de produzir uma dieta para galinha indígena à base de produtos localmente disponíveis e uso de técnicas simples nas zonas rurais de Moçambique, foram produzidas 3 misturas de mandioca (Manihot esculenta Crantz) (24.7, 15.5 e 7.8 %) e feijão nhemba (Vigna unguiculata L.) (75.3, 84.5 e 92.2 %), com diferentes níveis de proteína bruta - PB (17.7, 19.8 e 21.7%), designadas como T1, T2 e T3, respetivamente. Os dois ingredientes foram obtidos em lotes únicos de produção de produtores locais, foram pré-processados e misturados. A agregação foi feita usando a tecnologia de torrefação com agitação manual à temperaturas entre 80 e 90°C. Após a agregação realizou-se a caracterização das dietas através das análises físico-químicas, pela determinação da Atividade de água (Aw), Índice de absorção de água (IAA), Teor de humidade, Teores de cinzas, proteínas, lipídios, carboidratos e pH. Para análise dos resultados fez-se a análise de variância (ANOVA) seguido pelo teste de Tukey, utilizando o software estatístico SAS. As dietas T1, T2 e T3 apresentaram diferentes granulometrias e colorações, tendo resultado em dietas com partículas maiores, médios e menores com coloração clara, menos clara e escura, respectivamente, com a crescente inclusão de farinha de feijão e diminuição de farinha de mandioca. O uso de mandioca e feijão nhemba para a formulação de dietas para galinha indígena e a agregação manual das partículas permitiu obter uma tecnologia adequada aos pequenos criadores pois as dietas experimentais apresentam características físicas e químicas ideais para a sua estabilidade e alimentação das galinhas.
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