A trajetória do vaginismo e seu impacto na vida sexual de mulheres no menacme
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.38049Palavras-chave:
Vaginismo; Assoalho pélvico; Fisioterapia.Resumo
Objetivo: Conhecer o impacto do vaginismo na vida de mulheres no menacme e as repercussões no processo da busca do diagnóstico ao tratamento e cura. Métodos: Pesquisa realizada através de um questionário online em participantes do sexo feminino de nacionalidade Brasileira com faixa etária acima de 18 anos e diagnóstico e/ou relato prévio de sinais de dor gênito-pélvica/penetração (TDGPP). O questionário considerou a vida sexual da voluntária baseada nos últimos seis meses, obtendo dados sociodemográficos; diagnóstico, relação psicológica com a disfunção sexual (DS) e sinais e sintomas do vaginismo; tratamento fisioterapêutico e vida sexual após cura. Resultados: Após análise dos questionários, observou-se que 78,6% das mulheres procuraram ajuda em internet para busca de profissionais especializados para diagnóstico, sendo este, considerado tardio para 15,6% que relataram passar por vários profissionais para serem diagnosticadas, favorecendo dessa forma o agravo e os sintomas da DS. Dentre os profissionais de saúde consultados pelas voluntárias neste estudo, o Fisioterapeuta Pélvico foi o mais referenciado para diagnóstico (48,2%) e tratamento (61,70%) e considerando a trajetória até a almejada cura ter sido extensa, foi possível para 82,2% das voluntárias alcançar a penetração de forma satisfatória. Conclusão: O perfil desse estudo confirma que o vaginismo tem seu impacto negativo, interferindo na vida da mulher como um todo, alterando fatores físicos, psicológicos, relacionais e sociais. A Fisioterapia Pélvica se mostrou atuante ao diagnosticar de forma assertiva mulheres com vaginismo em uma primeira consulta, fazendo esta especialização ainda mais notória e auxiliadora nas disfunções pélvicas femininas, em específico o vaginismo.
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