Gestantes positivas para HIV e a não amamentação: um estudo epidemiológico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38133Palavras-chave:
HIV; Gestantes; Aleitamento materno; Transmissão vertical de doenças infecciosas.Resumo
Objetivo: analisar o perfil epidemiológico das gestantes infectadas pelo HIV que serão impossibilitadas de amamentar no Brasil. Métodos: Refere-se a um estudo retrospectivo, epidemiológico, de caráter quantitativo. Compôs-se a amostra com todos os casos de gestantes positivas para HIV notificadas entre 2017 a 2021. Os dados expostos ao longo do estudo, foram extraídos do SINAN e SINASC inseridos no DATASUS. Resultados: Nos últimos cinco anos, foram 36.792 gestantes positivas no Brasil. O Rio Grande do Sul e a sua capital Porto Alegre é o local, com maior incidência para gestantes com HIV, a capital atingindo uma taxa de 17,1 casos/mil nascidos vivos. A faixa etária de 20 a 24 anos teve mais gestantes soropositivas nos últimos cinco anos, quanto à escolaridade, o maior percentual foi entre as gestantes com ensino médio completo. De acordo com a raça/cor, há um predomínio de casos de infecção pelo HIV entre gestantes pardas. Conclusão: Para que ocorra redução nas taxas de transmissão vertical é necessário conscientização das gestantes por meio dos profissionais da saúde, ao realizar o pré-natal. No puerpério deve-se orientar, sobre a não adesão ao aleitamento materno, pois é contraindicado em gestantes positivas para HIV.
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