Aspectos físico-químicos e qualidade nutricional do coco catolé (Syagrus cearensis)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3822Palavras-chave:
Caracterização nutricional; Palmeira nativa; Semiárido nordestino.Resumo
Dentre as palmeiras nativas do Nordeste brasileiro tem-se o Catolé (Syagrus cearensis), cujas informações sobre seu fruto são incipientes. Desta forma, objetivou-se avaliar as características físico-químicas e a qualidade nutricional do fruto do coco catolé garantindo e ampliando a sua utilização na alimentação do semiárido brasileiro. O fruto inteiro, o endocarpo e o endosperma apresentaram peso médio de 39,33; 17,40 e 1,74 g, respectivamente. Na polpa os teores de umidade (68,74%), cinzas (1,91%), proteínas (3,53%), lipídios (0,46%) e carboidratos (25,36%) aliado ao pH de 5,1, mostrou a susceptibilidade deste fruto à ação fúngica, sendo importante observar suas condições de armazenamento. A amêndoa, com baixos teores de umidade (6,51%), destacou-se o conteúdo proteico (9,95%) e lipídico (38,22%), confirmando o excelente rendimento do gênero Syagrus na produção de óleo vegetal. Para os pigmentos da polpa foram encontrados valores de 6,38 e 1,86 mg/100g de flavonoides e carotenoides totais, respectivamente. A amêndoa apresentou representativo perfil de minerais: magnésio (143,02 mg/100g), potássio (515,35 mg/100g), manganês (2,44 mg/100g) e cobre (1,76 mg/100g), atendendo na sua maioria as exigências de ingestão diária recomendada. O estudo da composição do fruto contribuiu para o conhecimento das propriedades nutricionais e funcionais do Catolé e preenchimento de uma lacuna ainda existente na literatura sobre o potencial de utilização do Syagrus cearensis.
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