Senescência foliar da Christella hispidula (Decne.) Holttum ao longo das estações climáticas em um parque urbano com remanescente de Floresta Atlântica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.38221Palavras-chave:
Fenologia foliar; Necrose foliar; Pteridófita; Samambaia.Resumo
O termo senescência é usado principalmente em plantas para definir as alterações fisiológicas degenerativas geneticamente programadas. A senescência foliar é resultado de sinais ambientais internos e externos em informações sobre a idade foliar. Christella hispidula (Decne.) Holttum é uma espécie caracterizada por sua facilidade de adaptação e consequente ampla ocupação de suas populações. O objetivo geral deste trabalho foi entender a fenologia da C. hispidula em um remanescente de Floresta Atlântica, buscando compreender suas relações abióticas e bióticas a partir da senescência foliar ao longo das estações sazonais. Para estimar a correlação entre a senescência foliar e o valor os dados de herbivoria e soros na população estudada, foi realizado o teste de regressão múltipla. Assim, foi observada a ocorrência da correlação positiva entre a senescência foliar e as duas variáveis supracitadas, onde a cada novo sinal de herbivoria na planta a senescência aumenta (p=0.46), bem como, para surgimento de soros na planta, a senescência foliar tem aumento estatisticamente significativo (p=0.02). O coeficiente de determinação múltipla (R2=0.47) explica aproximadamente 47% da dependência da senescência diante da herbivoria e soros. Assim, conclui-se que as estações influenciam na senescência foliar em C. hispidula.
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