Conhecimento do fisioterapeuta intensivista sobre cuidados paliativos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.38395Palavras-chave:
Cuidados Paliativos; Fisioterapia; Terapia Intensiva; Equipe multiprofissional.Resumo
Os Cuidados Paliativos (CP) são apresentados como uma ferramenta importante na assistência do serviço de saúde, ganhando espaço no Brasil nas últimas décadas. A formação acadêmica do fisioterapeuta aborda conteúdos gerais sobre o binômio morte/morrer e cuidados paliativos. No entanto, sabe-se acerca da necessidade do fisioterapeuta atuante no ambiente intensivo compreender o processo de terminalidade. Objetivos: Analisar o conhecimento do fisioterapeuta atuante na Unidade de Terapia Intensiva sobre cuidados paliativos, identificar fatores que convergem e divergem no conhecimento dos profissionais acerca do tema proposto e listar as possibilidades de atuação do fisioterapeuta com estes pacientes dentro do ambiente intensivo. Metodologia: Pesquisa exploratória de campo, de caráter misto, realizada na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital da cidade de São Paulo, a amostra foi composta por 12 fisioterapeutas e os dados coletados foram analisados pela estatística descritiva e pela técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Resultados: Os resultados quantitativos apontam que os profissionais tem conhecimento satisfatório acerca dos principais conceitos norteadores da prática de CP. Extrairam-se quatro eixos temáticos, a saber: promoção do conforto ao paciente, manejo da ventilação mecânica/extubação paliativa, manutenção da funcionalidade do paciente e atuação multiprofissional nos CP. Infere-se a existência de dilemas éticos e fragilidades no que tange aos processos institucionais em CP. Conclusão: Importante que haja mudança de paradigmas sobre os CP e terminalidade a fim de individualizar o cuidado ao paciente e que ações de educação permanente sejam realizadas no contexto hospitalar.
Referências
Almeida, J. R. de S., Schabarum, L., Aguiar, G. S., Queiroz, J. H. M., Costa, E. M., & Oliveira, L. C. (2021). O perfil do profissional fisioterapeuta atuante na unidade de terapia intensiva: Revisão integrativa. Research, Society and Development, 10(9), e55710918459. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18459
Alves, A, N., (2014) A importância da atuação do fisioterapeuta no ambiente hospitalar. Anhanguera Educacional, 16 (6), 173-184. https://doi.org/10.17921/1415-6938.2012v16n6p%25p
Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. Edições 70.
Barreto, T. L., Bueno, L. R., Vitti, J. D., & Serrão Junior, N. F. (2021). Cuidados paliativos em terapia intensiva: uma revisão integrativa de literatura. Revista Interdisciplinar De Promoção Da Saúde, 3(2), 75-82. https://doi.org/10.17058/rips.v3i2.15378
Brasil. (1969). Lei nº 938 de 13 de outubro de 1969. Dispõe sobre as profissões de fisioterapia e terapia ocupacional. Diário Oficial da União. 14 de outubro de 1969. Seção 1, pág 8658.
Brasil. (2019). PL nº 1985 de 2019. Dispõe sobre a permanência do profissional fisioterapeuta nos Centros de Terapia Intensiva adulto, pediátrico e neonatal. Câmara dos deputado. Coordenação de comissões permanentes, pág. 6748.
Brasil. (2012). Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 13 jun. 2013.
Braz, M, S, & Franco, M, H, P, (2017). Profissionais Paliativistas e suas Contribuições na Prevenção de Luto Complicado. Psicologia: Ciência e Profissão, 37(1), 90-105.
Carvalho, R., & Parsons, H. A. (2012). (Org.). Manual de Cuidados Paliativos ANCP. (2a ed.) Brasil.
Cne/Cns. (2002) Resolução cne/ces 4, de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia.
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (2011). Resolução N°. 392 de 04 de outubro de 2011. Reconhece a Fisioterapia em Terapia Intensiva como especialidade do profissional fisioterapeuta e dá outras providências. https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3155
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. (2021) Resolução Nº 539, de 27 de setembro de 2021.Dispõe sobre a atuação do fisioterapeuta em ações de Cuidados Paliativos e dá outras providências. https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-n-539-de-27-de-setembro-de-2021-354332931
Coradazzi, A. L., Inhaia C. L. S, Santana, M. T. E. A, Sala A. D., Ricardo C, P., Suadicani C, O., Santos C, D., Faleiros D. M., Damiati, F. R., Ribeiro,L, S., Araujo, M, M., Araujo, N, P., Carneiro, P, M., Kumbis, M, S., Marcari, T, B., Ito, T, N., Santo, V, E., Guimaraes, S, T., & Caponero, R. (2019). Palliative withdrawal ventilation: why, when and how to do it? MedCrave. 3. 10-14. https://medcraveonline.com/HPMIJ/palliative-withdrawal-ventilation-why-when-and-how-to-do-it.html
D’Alessando, M. P. S., Pires, C. T., & Forte, D, N. (2020). Manual de Cuidados Paliativos / Coord. – Hospital SírioLibanês; Ministério da Saúde.
Edwards, J. D., Voigt, L. P., & Nelson, J. E. (2017). Ten key points about ICU palliative care. Intensive care medicine, 43(1), 83–85. https://doi.org/10.1007/s00134-016-4481-6
Gomes, A., & Othero, M. (2016) Cuidados paliativos. Estudos Avançados, 30(88), 155-166. https://doi.org/10.1590/S0103-40142016.30880011
Gulini, J. E. H. M. B., Nascimento, E. R. P., & Moritz, R, D. (2017). Intensive care unit team perception of palliative care: the discourse of the collective subject. Rev Esc Enferm USP. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2016041703221
Lima, A. S. S., Nogueira, G. S., & Werneck-Leite, C. D. S. (2019). Cuidados paliativos em terapia intensiva: a ótica da equipe multiprofissional. Revista da SBPH, 22(1), 91-106. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582019000100006&lng=pt&tlng=pt
Ludke, M., & Andre, M. E. D. A. (2013). Pesquisas em educação: uma abordagem qualitativa. E.P.U.
Maia, M. A. de Q., Lourinho, L. A., & Silva, K. V. (2021). Competências dos profissionais de saúde em cuidados paliativos na Unidade de Terapia Intensiva adulto. Research, Society and Development, 10(5), e38410514991. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14991
Minosso, J., Sponton, M., Souza, L, J., & Oliveira, M, A, C. (2016) Rehabilitation in palliative care. Texto & Contexto - Enfermagem, 25(3). 1-9.
Mozzato, A. R., & Grzybovski, D. (2011). Análise de Conteúdo como Técnica de Análise de Dados Qualitativos no Campo da Administração: Potencial e Desafios. Revista de Administração Contemporânea, Curitiba, 15(4), 731-747.
Shiwa, S. R. (2015) Perfil Do Fisioterapeuta Do Estado De São Paulo. 2015. Dissertação. https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/USP_de1aff08ec676a31ba99e7d0d5576c38
Silva, L. E. S., Cruz, M. da S., Oliveira, J., Ribeiro, G. D. S., Lima, P. de O., Quadros, A. A. J., & Kümpel, C. (2021). A função do fisioterapeuta nos cuidados paliativos e os recursos utilizados para melhoria de qualidade de vida do paciente oncológico em estado terminal. Research, Society and Development, 10(16), e190101623148. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23148
Silva, T. S. S., Pedreira, R. B. S., Lima, E. R., Santos, L., Reis, T. T., Rocha, M. P., Cruz, S. P. L., Vilela, A. B. A., Boery, R. N. S. de O., & Silva, R. S. (2022). Desafios da equipe multiprofissional em cuidados paliativos no Brasil: revisão integrativa. Research, Society and Development, 11(6), e18511628904. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28904
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ingrid Gomes de Souza; Valnice de Oliveira Nogueira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
