Efeitos do fertilizante a base de extratos de algas marinhas no crescimento inicial do cafeeiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38844Palavras-chave:
Cafeeiro; Algas marinhas; Fertilizantes.Resumo
A cultura do café é exigente nutricionalmente, assim sendo é fundamental buscar fertilizantes eficientes na disponibilização de nutrientes. O aumento na demanda pelo consumo de cafés especiais, rastreabilidade e práticas sustentáveis faz com que agricultores busquem novas tecnologias para a implantação de suas lavouras, sendo os produtos promotores de crescimento vegetal de origem natural bastante relevantes do ponto de vista ambiental, em especial aqueles à base de extratos de algas, entretanto é necessário avaliar sua eficiência agronômica em diferentes culturas. Nesse sentido objetivou-se avaliar o efeito do extrato de algas da espécie Ascophyllum nodosum no crescimento inicial dos cafeeiros. A pesquisa foi realizada em Cordislândia-MG, de maneira direcionada com três tratamentos aplicados via foliar com pulverizador manual de 5 L, utilizando diferentes doses de um fertilizante à base de extratos de algas, sendo: T1 – 0 testemunha, T2 – 500 mLha-1 (do produto comercial) e T3 –1000 mLha-1 (do produto comercial), aplicados 4 vezes, com intervalo de 40 dias entre as aplicações. O experimento foi instalado em Delineamento em Blocos Casualizados (DBC), contendo 3 tratamentos e 7 repetições, onde cada parcela foi constituída por 8 mudas de café, totalizando 21 unidades experimentais. Foram avaliados os parâmetros: índice de área foliar, comprimento da parte aérea, comprimento do sistema radicular, diâmetro do caule, massa fresca total, massa seca total e a relação do sistema radicular com parte aérea. Os tratamentos que receberam as aplicações foliares dos extratos líquidos comerciais da alga Ascophyllum nodosum na dose de 1000 mL.ha-1 obtiveram incrementos significativos em comprimento de parte aérea, índice de área foliar, massa fresca total, massa seca total e relação do sistema radicular com parte aérea, diferindo estatisticamente do tratamento controle e do tratamento 2, onde a dose aplicada foi de 500 mL.ha-1.
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