Deficiência de vitamina B12 e tratamento por via sublingual e intramuscular: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38863Palavras-chave:
Vitamina B12; Administração Sublingual; Injeções Intramusculares; Relatos de casos.Resumo
A vitamina B12 é um micronutriente essencial para alguns processos metabólicos. Não sintetizada pelo organismo, é obtida a partir de alimentos de origem animal. Sua deficiência é frequente e pode ocasionar distúrbios dermatológicos, hematológicos e neurológicos. A deficiência deve ser diagnosticada precocemente e o tratamento iniciado o mais breve possível. Há tratamentos por via oral, via sublingual e via intramuscular e a escolha deve ser baseada na gravidade da deficiência e fatores que interferem na absorção deste micronutriente. Objetivo deste estudo é relatar caso de paciente com deficiência de vitamina B12 e as diferenças encontradas pelos tratamentos por via intramuscular e sublingual. Trata-se de um relato de caso em que dados laboratoriais foram coletados nos laudos de um laboratório privado de análises clínicas entre os anos de 2019 a 2022. Paciente apresentou deficiências de vitamina B12 nos anos de 2019 e 2022. No ano de 2019, paciente foi tratada com injeções intramusculares. No ano de 2022, foi tratada com comprimidos sublinguais. Houve diferenças entre as duas intervenções na dosagem de vitamina B12 pós-tratamento. Os dois tratamentos utilizados por vias diferentes se mostram eficazes, porém o tratamento por via intramuscular foi mais efetivo do que o tratamento por via sublingual. A investigação da deficiência de vitamina B12 é uma conduta importante na avaliação dos pacientes, já que o diagnóstico precoce pode evitar distúrbios neurológicos e hematológicos, bem como proporcionar melhor qualidade de vida. Cada caso deve ser avaliado para indicar o tratamento mais adequado e restabelecer os parâmetros normais da vitamina.
Referências
Benfica, M. E., Lovato, E. C. W., D’orsi, E., & França, V. F. (2022). Sintomas depressivos e níveis séricos das vitaminas B12 e folato em idosos de Florianópolis/SC – Estudo Epifloripa Idoso. Research, Society and Development, 11(4), e9811427090. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27090
Bensky, M. J., Ayalon-Dangur, I., Ayalon-Dangur, R., Naamany, E., Gafter-Gvili, A., Koren, G., & Shiber, S. (2019). Comparison of sublingual vs. intramuscular administration of vitamin B12 for the treatment of patients with vitamin B12 deficiency. Drug Delivery and Translational Research, 9(3), 625–630. https://doi.org/10.1007/s13346-018-00613-y
Brescoll, J., & Daveluy, S. (2015). A Review of Vitamin B12 in Dermatology. American Journal of Clinical Dermatology, 16(1), 27–33. https://doi.org/10.1007/s40257-014-0107-3
Fábregas, B. C., Vitorino, F. D., & Teixeira, A. L. (2011). Deficiência de vitamina B12 e transtorno depressivo refratário. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 60(2), 141–143. https://doi.org/10.1590/S0047-20852011000200010
Futterleib, A., & Cherubini, K. (2005). Importância da vitamina B12 na avaliação clínica do paciente idoso. Scientia Medica, 15(1), 74–78.
Gontijo, B., Rocha, D. M., & Flor, E. M. (2008). Relatos de caso: seu papel em um periódico médico. Anais Brasileiros de Dermatologia, 83(6), 561–565.
Kumar, R. R., Singh, L., Thakur, A., Singh, S., & Kumar, B. (2022). Role of Vitamins in Neurodegenerative Diseases: A Review. CNS & Neurological Disorders - Drug Targets, 21(9), 766–773. https://doi.org/10.2174/1871527320666211119122150
Langan, R. C., & Goodbred, A. J. (2017). Vitamin B12 Deficiency: Recognition and Management. American Family Physician, 96(6), 384–389. https://doi.org/10.1097/00129300-200206000-00001
Lauer, A. A., Grimm, H. S., Apel, B., Golobrodska, N., Kruse, L., Ratanski, E., & Grimm, M. O. W. (2022). Mechanistic Link between Vitamin B12 and Alzheimer’s Disease. Biomolecules, 12(1). https://doi.org/10.3390/biom12010129
Marley, J. (2000). Efficacy, effectiveness, efficiency. Australian Prescriber, 23(6), 114–115.
Menegardo, C. S., Friggi, F. A., Santos, A. D., Devens, L. T., Tieppo, A., & Morelato, R. L. (2020). Deficiência de vitamina B12 e fatores associados em idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 23(2), 1–8. https://doi.org/10.1590/1981-22562020023.200022
Miller, J. W. (2018). Proton Pump Inhibitors, H2-Receptor Antagonists, Metformin, and Vitamin B-12 Deficiency: Clinical Implications. Advances in Nutrition, 9(4), 511S-518S. https://doi.org/10.1093/advances/nmy023
Orhan Kiliç, B., Kiliç, S., Şahin Eroğlu, E., Gül, E., & Belen Apak, F. B. (2021). Sublingual methylcobalamin treatment is as effective as intramuscular and peroral cyanocobalamin in children age 0–3 years. Hematology, 26(1), 1013–1017. https://doi.org/10.1080/16078454.2021.2010877
Paniz, C., Grotto, D., Schmitt, G. C., Valentini, J., Schott, K. L., Pomblum, V. J., & Garcia, S. C. (2005). Fisiopatologia da deficiência de vitamina B12 e seu diagnóstico laboratorial. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, 41(5), 323–334. https://doi.org/10.1590/s1676-24442005000500007
Parente, R., de Oliveira, M. A. P., & Celeste, R. K. (2010). Relatos e Série de Casos na Era da Medicina Baseada em Evidência. Brazilian Journal of Videoendoscopic Surgery, 3(2), 67–70.
Pawlak, R., Lester, S. E., & Babatunde, T. (2014). The prevalence of cobalamin deficiency among vegetarians assessed by serum vitamin B12: a review of literature. European Journal of Clinical Nutrition, 68(5), 541–548. https://doi.org/10.1038/ejcn.2014.46
Pelling, M. M., Kimura, S. T., Han, E. J., & Shin, Y. M. (2022). Severe Vitamin B12 Deficiency Presenting as Pancytopenia, Hemolytic Anemia, and Paresthesia: Could Your B12 Be Any Lower? Cureus, 14(9), 10–14. https://doi.org/10.7759/cureus.29225
Riley, D. S., Barber, M. S., Kienle, G. S., Aronson, J. K., von Schoen-Angerer, T., Tugwell, P., & Gagnier, J. J. (2017). CARE guidelines for case reports: explanation and elaboration document. Journal of Clinical Epidemiology, 89, 218–235. https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2017.04.026
Rush, E. C., Katre, P., & Yajnik, C. S. (2014). Vitamin B12: One carbon metabolism, fetal growth and programming for chronic disease. European Journal of Clinical Nutrition, 68(1), 2–7. https://doi.org/10.1038/ejcn.2013.232
Shipton, M. J., & Thachil, J. (2015). Vitamin B12 deficiency - A 21st century perspective. Clinical Medicine, 15(2), 145–150. https://doi.org/10.7861/clinmedicine.15-2-145
Stabler, S. P., & Allen, R. H. (2004). Vitamin B12 Deficiency as a Worldwide Problem. Annual Review of Nutrition, 24(1), 299–326. https://doi.org/10.1146/annurev.nutr.24.012003.132440
Tuğba-Kartal, A., & Çağla-Mutlu, Z. (2020). Comparison of Sublingual and Intramuscular Administration of Vitamin B12 for the Treatment of Vitamin B12 Deficiency in Children. Revista de Investigacion Clinica, 72(6), 380–385. https://doi.org/10.24875/RIC.20000208
Viana, A. da S. T., Santos, L. S. dos, Pasqualotto, M. F., Ferreira, T. R. L., & Placido, G. R. (2022). Você sabia que a falta de vitamina B12 pode desencadear doenças neurológicas? Research, Society and Development, 11(3), 1–11. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26712
Vidal-Alaball, J., Butler, C. C., Cannings-John, R., Goringe, A., Hood, K., McCaddon, A., & Papaioannou, A. (2005). Oral vitamin B12 versus intramuscular vitamin B12 for vitamin B12 deficiency. The Cochrane Database of Systematic Reviews, (3), CD004655. https://doi.org/10.1002/14651858.CD004655.pub2
Wang, H., Li, L., Ll, Q., Song, Y., Th, L., Wang, H., & Th, L. (2018). Oral vitamin B12 versus intramuscular vitamin B12 for vitamin B12 deficiency (Review). Cochrane Database of Systematic Reviews, (3), 1–56. https://doi.org/10.1002/14651858.CD004655.pub3
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Franciely Vanessa Costa; Marina Lopes de Souza
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
