Análise antimicrobiana e toxicológica do extrato bruto seco do epicarpo do coco catolé (Syagrus cearensis Noblick)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.39012Palavras-chave:
Syagrus; Toxicidade; Antibacterianos.Resumo
Analisar o perfil toxicológico do Extrato Bruto Seco do epicarpo do fruto Coco catolé (Syagrus cearensis Noblick.) frente a testes com microcrustáceos de Artemia salina Leach e seu potencial antimicrobiano frente às cepas de Staphylococcus aureus, Escherichia coli e do fungo de Candida albicans. Os dados dos testes toxicológicos realizados a frente Artemia salina L. mostrou-se moderadamente tóxico, visto que sua CL50 foi de 347,524 µg/mL, tendo-se observado mortes em concentrações a partir de 250 µg/mL. Nas concentrações mais baixas, como 100 µg/mL, os microcrustáceos apresentaram nado lento comparando-se à amostra padrão. Observou-se também a inibição do crescimento de Staphylococcus aureus e Escherichia coli, a partir da concentração de 6,25% do extrato, entretanto não houve inibição dos fungos do gênero Candida. Diante do pressuposto, conclui-se que a casca da espécie S. cearensis detém de potencial terapêutico relevante para à fitoterapia, podendo contribuir com novos medicamentos fitoterápicos, contudo, mais estudos que apliquem diferentes metodologias devem ser feitos para o controle do extrato como agente antimicrobiano na terapia medicamentosa devido à toxicidade relatada no presente estudo.
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