A problemática da evasão e reprovação dos discentes do curso regular de Licenciatura em Ciências Biológicas da Escola Normal Superior-UEA/ENS
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39042Palavras-chave:
Retenção; Reprovação.Resumo
Nas últimas décadas, a graduação tornou-se muito acessível à população em geral. Durante o processo de procura intensa por cursos de nível superior, tornou-se também alarmante o número de alunos desistentes, em retenção universitária e reprovados. A evasão, retenção e reprovação podem possuir diversas causas desencadeadoras, desde problemas financeiros, problemas familiares, transtornos mentais, grade curricular do curso e etc. Tem-se um fenômeno ainda mais específico a ser discutido: a evasão nos cursos de licenciatura. O Projeto pedagógico do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas coloca que desde sua implantação em 2006, formou 61 licenciados em Ciências Biológicas de um total de 227 que ingressaram até o ano de 2009. Deste total, 65 ainda estão ativos em fase de conclusão do curso, com pendências em disciplinas. Portanto, há um índice de evasão e retenção universitária significativa que não é problematizada na instituição. Lançou-se, portanto, o seguinte problema científico a ser investigado: Qual(is) fatores levam os discentes do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da Escola Normal Superior a Evasão e Reprovação? Sendo assim, enviou-se um questionário via e-mail para 200 alunos do curso regular de Licenciatura em Ciências Biológicas da Escola Normal Superior (regulares e evadidos) a fim de descobrir quais os motivos ocasionam a desistência do curso e a reprovação. Destes, obteve-se 112 respostas. Os dados foram processados dentro dos parâmetros da pesquisa qualitativa. Em resultados, houve uma associação significativa entre transtornos mentais e a evasão/reprovação, bem como que há associação entre sucessivas repetências e a evasão no grupo estudado.
Referências
Arroyo, M. G. (2017). Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. Editora Vozes Limitada.
Baggi, C. A. S. & Lopes, D. A. (2011). Evasão e avaliação institucional no ensino superior: uma discussão bibliográfica. Avaliação RAIES – Revista da Avaliação da Educação Superior. 16(2), 355374. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141440772011000200007.
Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo. (4a ed.), Edições70.
Barlem, J. G. T., Lunardi, V. L., Bordignon, S. S., Barlem, E. L. D., Lunardi Filho, W. D., Silveira, R. S. D., & Zacarias, C. C. (2012). Opção e evasão de um curso de graduação em enfermagem: percepção de estudantes evadidos. Revista Gaúcha de Enfermagem, 33, 132-138.
Sase, S. (2014). Planejando a próxima década - Conhecendo as 20 Metas do PNE. Ministério da Educação. Brasilia, 63.
de Oliveira, V. W. N., & Carvalho, C. (2014). Evasão na licenciatura: estudo de caso. Revista Trilhas da História, 3(6), 97-112.
das Universidades, P. D. A. I., Especial, B. C., & Bordas, M. C. (1996). Diplomação, retenção e evasão nos cursos de graduação em instituições de ensino superior públicas: resumo do relatório apresentado a ADIFES, ABRUEM e SESU/MEC pela Comissão Especial. Avaliação: revista da Rede de Avaliação Institucional da Educação Superior. 1(2), 55-65.
Freire, P. (2014). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Editora Paz e terra.
Furlan, B., Tavares, A. P., & Gomes, C. H. (2018). Criação de estratégias para diminuição dos índices de evasão no curso de Geologia da Unipampa. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, 10(1).
Gatti, B. A., Barretto, E. S. D. S., & André, M. E. D. D. A. (2011). Políticas docentes no Brasil: um estado da arte. In Políticas docentes no Brasil: um estado da arte (pp. 295-295).
Gil, A. C. (2010). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2006. Gil, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa, 5.
Gilioli, R. D. S. P. (2016). Evasão em instituições federais de ensino superior no Brasil: expansão da rede, SISU e desafios. Brasília: Câmara dos Deputados, 49, 1-55.
Hotza, M. A. S. (2000). O abandono nos cursos de graduação da UFSC em 1997: a percepção dos alunos-abandono.
INEP (2015). Censo Escolar da Educação Superior. Brasília, DF. Ministério da Educação/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Lamers, J. M. D. S., Santos, B. S. D., & Toassi, R. F. C. (2017). Retenção e evasão no ensino superior público: estudo de caso em um curso noturno de odontologia. Educação em Revista, 33.
Lima, E., & Machado, L. (2014). A evasão discente nos cursos de licenciatura da Universidade Federal de Minas Gerais. Educação Unisinos, 18(2), 121-129.
Melo, G. F., & Naves, M. L. D. P. (2017). Retenção e evasão: desafios para a gestão da educação superior.
de Souza Minayo, M. C., Deslandes, S. F., & Gomes, R. (2011). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Editora Vozes Limitada.
Neves, M. Y. R., & Silva, E. S. (2006). A dor e a delícia de ser (estar) professora: trabalho docente e saúde mental. Estudos e pesquisas em psicologia, 6(1), 63-75.
Oliveira, B. D. R, & Pedersen, J. R. (2018) Machismo e violência contra a mulher. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, 9(10)..
Panúncio-Pinto, M. P., Alpes, M. F., & Colares, M. D. F. A. (2020). Situações de violência interpessoal/bullying na Universidade: recortes do cotidiano acadêmico de estudantes da área da saúde. Revista Brasileira de Educação Médica, 43, 537-546.
de Rezende Pinto, J. M. (2014). O que explica a falta de professores nas escolas brasileiras? Jornal de Políticas Educacionais, 8(15).
Rosa, C. D. M. (2013). A política de cotas na Universidade Federal De Goiás (UFGINCLUI): concepção, implantação e desafios.
de Medeiros Rosa, C. (2014). Limites da democratização da educação superior: entraves na permanência e a evasão na Universidade Federal de Goiás. Poíesis Pedagógica, 12(1), 240-257.
da Silva, T. M. (2017). O PIBID como uma política pública de formação docente: relatos de experiência. Educação e (Trans) formação, 2(2), 42-54.
Silva, F. I. C. D., Rodrigues, J. D. P., Brito, A. K. A., & França, N. M. D. (2012). Evasão escolar no curso de educação física da Universidade Federal do Piauí. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), 17, 391-404.
Soares, M. L. A., Sampaio, S. M. R. (2013). Reflexões acerca de ser um estudante trabalhador em uma universidade pública brasilera. Reflections about being a working student in a federal university of Brazil. In Congreso Universidad.
Souza, S. A. D., Reinert, J. N. (2010). Avaliação de um curso de ensino superior através da satisfação/insatisfação discente. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), 15, 159-176.
Teixeira, M. A. P., Dias, A. C. G., Wottrich, S. H., & Oliveira, A. M. (2008). Adaptação à universidade em jovens calouros. Psicologia escolar e educacional, 12, 185-202.
Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso-: Planejamento e métodos. Bookman editora.
Zago, N., Paixão, L. P., & Pereira, T. I. (2016). Acesso e permanência no ensino superior: problematizando a evasão em uma nova universidade federal. Educação em Foco, 19(27), 145-169.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Julhia Moura Alcantara ; Hiléia Maciel Monteiro Cabral; Rosilene Gomes da Silva Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.