Adesão e desempenho no teste de progresso em escolas brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.39610Palavras-chave:
Avaliação; Teste de progresso; Teste progressivo.Resumo
O teste de progresso proporciona ao aluno a capacidade de conhecer sua evolução acompanhando o andamento do ensino-aprendizagem, identificando seus problemas. Acredita-se que a adesão a esse teste dependerá de como o aluno compreende seus benefícios no aprendizado. O objetivo desse estudo foi avaliar o conhecimento dos alunos sobre o teste de progresso e avaliar a associação entre adesão e desempenho no teste de progresso com fatores sociodemográficos e acadêmicos. A metodologia foi um estudo transversal, através da aplicação de um questionário estrutural, avaliando as variáveis sociodemográficas, acadêmicas dos alunos e avaliando o conhecimento dos alunos sobre a prova, através de um questionário em modelo Likert. A população do estudo foi composta por estudantes de quatro cursos da área da saúde da Faculdade Pernambucana de Saúde. A adesão ao teste de progresso foi de 84,9%, sendo maior entre os estudantes de medicina. A variável “trabalhar além de estudar” esteve associada à menor adesão ao teste. Os alunos concordaram com a maioria das declarações de benefícios relacionadas aos testes de progresso. Foi identificada boa adesão ao teste de progresso, sendo maior entre os estudantes de medicina e os que não trabalhavam. Portanto, os alunos demonstraram uma visão positiva do teste, identificando seus benefícios. A variável “trabalhar além de estudar” foi associada à menor adesão ao teste.
Referências
Alves, J. G. B., Tenório, M., Anjos, A. G. D., & Figueroa, J. N. (2010). Qualidade de vida em estudantes de Medicina no início e final do curso: avaliação pelo Whoqol-bref. Revista Brasileira De Educação Médica, 34(1), 91–96. https://doi.org/10.1590/s0100-55022010000100011
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES). (2011). Perfil socioeconômico e cultural dos estudantes de graduação das Universidades Federais Brasileiras. Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE). Brasília. TC 64p.
Baldissera, R. D. S., Grecca, F. S., & Dos Santos, R. B. (2010). Participação das mulheres na graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Revista Da Faculdade De Odontologia De Porto Alegre, 51(1), 27–30. https://doi.org/10.22456/2177-0018.17615
Blake, J. M., Norman, G.R., Keane, D. R., Mueller, C.B., Cunnington, J., Didyk, N. (1996). Introducing progress testing in McMaster University’s problem based medical curriculum: Psychometric properties and effect on learning. Academic Medicine, 71, 1002–1007.
Burton, R. F. (2002). Misinformation, partial knowledge and guessing in true/false tests. Medical Education, 36(9), 805–811. https://doi.org/10.1046/j.1365-2923.2002.01299.x
Burton, R.F. (2004). Multiple choice and true/false tests: reliability measures and some implications of negative marking. Assess Eval High Educ 29(5):585–95.
Carvalho, L. M. O., & Martinez, C. L. P. (2005) Avaliação formativa: a auto-avaliação do aluno e a autoformação de professores. Ciência & Educação (Bauru), 11(1), 133-144. https://doi.org/10.1590/S1516-73132005000100011.
Coombes, L., Ricketts, C., Freeman, A., & Stratford, J. (2010). Beyond assessment: Feedback for individuals and institutions based on the progress test. Medical Teacher, 32(6), 486–490. https://doi.org/10.3109/0142159x.2010.485652
DeLuca, C., & Johnson, S. (2017). Developing assessment capable teachers in this age of accountability. Assessment in Education: Principles, Policy &Amp; Practice, 24(2), 121–126. https://doi.org/10.1080/0969594x.2017.1297010
Esteitie, R. (2015). Fundamentos de pesquisa clínica. Esteitie, R. (2015). Fundamentos de pesquisa clínica. AMGH. Grupo A. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580555127
Faculdade Pernambucana de Saúde. Manual de Avaliação da Faculdade Pernambucana de Saúde. In: https://www.fps.edu.br/downloads/categoria/fps
Freeman, A., Van Der Vleuten, C., Nouns, Z., & Ricketts, C. (2010). Progress testing internationally. Medical Teacher, 32(6), 451–455. https://doi.org/10.3109/0142159x.2010.485231
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. (2011). Censo Demográfico 2010: características da população e dos domicílios, resultados do universo. [Internet] Rio de Janeiro. In: http://censo2010.ibge.gov.br/resultados
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2013). Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes Medicina. Brasília. [Internet] In: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/2013_rel_medicina.pdf
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2013). Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes Medicina. [Internet] Brasília. In: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/2013_rel_enfermagem.pdf
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2013). Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes Medicina. [Internet] Brasília. In: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/2013_rel_fisioterapia.pdf
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2013). Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes Medicina. [Internet] Brasília. In: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/2013_rel_farmacia.pdf
McHarg, J., Bradley, P., Chamberlain, S., Ricketts, C., Searle, J., & McLachlan, J. C. (2005). Assessment of progress tests. Medical Education, 39(2), 221–227. https://doi.org/10.1111/j.1365-2929.2004.02060.x
Muijtjens, A. M. M., Schuwirth, L. W. T., Cohen-Schotanus, J., & van der Vleuten, C. P. M. (2007). Differences in knowledge development exposed by multi-curricular progress test data. Advances in Health Sciences Education, 13(5), 593–605. https://doi.org/10.1007/s10459-007-9066-2
Nakamae, D. D., Araújo, M. R. N. D., Carneiro, M. L. M., Vieira, L. J., & Coelho, S. (1997). Caracterização socioeconômica e educacional do estudante de enfermagem nas escolas de Minas Gerais. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 31(1), 109–118. https://doi.org/10.1590/s0080-62341997000100009
Nouns, Z. M., & Georg, W. (2010). Progress testing in German speaking countries. Medical Teacher, 32(6), 467–470. https://doi.org/10.3109/0142159x.2010.485656
Rademakers, J., ten Cate, T. J., & Bär, P. (2005). Progress testing with short answer questions. Medical Teacher, 27(7), 578–582. https://doi.org/10.1080/01421590500062749
Ricketts, C., Freeman, A., Pagliuca, G., Coombes, L., & Archer, J. (2010). Difficult decisions for progress testing: How much and how often? Medical Teacher, 32(6), 513–515. https://doi.org/10.3109/0142159x.2010.485651
Sakai, M.H., Ferreira Filho, O.F., Almeida, M.J., Mashima, D.A., Marchese, M.C. (2008). Teste de progresso e avaliação do curso: dez anos de experiência da medicina da Universidade Estadual de Londrina. Revista Brasileira de Educação Médica, 32(2), 254–263. https://doi.org/10.1590/S0100-55022008000200014.
Sakai, M.H., Ferreira Filho, O.F., Matsuo, T. (2011). Avaliação do crescimento cognitivo do estudante de medicina: aplicação do teste de equalização no teste de progresso. Revista Brasileira de Educação Médica, 35(4), 493–501. https://doi.org/10.1590/S0100-55022011000400008.
Schuwirth, L., Bosman, G., Henning, R. H., Rinkel, R., & Wenink, A. C. G. (2010). Collaboration on progress testing in medical schools in the Netherlands. Medical Teacher, 32(6), 476–479. https://doi.org/10.3109/0142159x.2010.485658
Schuwirth, L. W. T., & van der Vleuten, C. P. M. (2012). The use of progress testing. Perspectives on Medical Education, 1(1), 24–30. https://doi.org/10.1007/s40037-012-0007-2
Severo, I. R. M. (2015) Levantamento do perfil motivacional de alunos, do ensino médio, de três escolas públicas da cidade de São Carlos/SP, na disciplina de Química. 2015. 71f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos.) Repositório Institucional IQSC. Teses e Dissertações (BDTD USP) [1134]. https://doi.org/10.11606/D.75.2015.tde-16042015-111507
Swanson, D. B., Holtzman, K. Z., Butler, A., Langer, M. M., Nelson, M. V., Chow, J. W. M., Fuller, R., Patterson, J. A., Boohan, M., & The Multi-School Progress Testing C. (2010). Collaboration across the pond: The multi-school progress testing project. Medical Teacher, 32(6), 480–485. https://doi.org/10.3109/0142159x.2010.485655
Vleuten, C. P. M. V. D., Verwijnen, G. M., & Wijnen, W. H. F. W. (1996). Fifteen years of experience with progress testing in a problem-based learning curriculum. Medical Teacher, 18(2), 103–109. https://doi.org/10.3109/01421599609034142
Van Der Vleuten, C., Schuwirth, L., Muijtjens, A., Thoben, A., Cohen-Schotanus, J., & Van Boven, C. (2004). Cross institutional collaboration in assessment: a case on progress testing. Medical Teacher, 26(8), 719–725. https://doi.org/10.1080/01421590400016464
Verhoeven, B., Snellen-Balendong, H., Hay, I., Boon, J., van der Linde, M., Blitz-Lindeque, J., Hoogenboom, R., Verwijnen, G., Wijnen, W., Scherpbier, A., & van der Vleuten, C. (2005). The versatility of progress testing assessed in an international context: a start for benchmarking global standardization? Medical Teacher, 27(6), 514–520. https://doi.org/10.1080/01421590500136238
Wade, L., Harrison, C., Hollands, J., Mattick, K., Ricketts, C., & Wass, V. (2011). Student perceptions of the progress test in two settings and the implications for test deployment. Advances in Health Sciences Education, 17(4), 573–583. https://doi.org/10.1007/s10459-011-9334-z
Wrigley, W., Van Der Vleuten, C. P., Freeman, A., & Muijtjens, A. (2012). A systemic framework for the progress test: Strengths, constraints and issues: AMEE Guide No. 71. Medical Teacher, 34(9), 683–697. https://doi.org/10.3109/0142159x.2012.704437
Zeferino, A. M. B., Domingues, R. C. L., & Amaral, E. (2007). Feedback como estratégia de aprendizado no ensino médico. Revista Brasileira de Educação Médica, 31(2), 176–9. https://doi.org/10.1590/S0100-55022007000200009.
Zhang, L., & Zheng, Y. (2018). Feedback as an assessment for learning tool: How useful can it be? Assessment &Amp; Evaluation in Higher Education, 43(7), 1120–1132. https://doi.org/10.1080/02602938.2018.1434481
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Rebeca Luiz de Freitas; Manoela Almeida Santos da Figueira ; Renata Cristina de Carvalho Barreto Oliveira Apolinário Figueira; Cândida Rebelo Guerra; Maria Goretti de Souza Lima; Marília de Lima Soares; Taciana Barbosa Duque
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
