As representações do ensino público no artigo “Escolas rudimentares” de Manoel Dantas

Resumo

No Rio Grande do Norte, durante as duas primeiras décadas do século XX, o intelectual Manoel Dantas esteve à frente da Direção Geral da Instrução Pública. Devido a sua atuação enquanto Diretor e Educador, ele foi convidado pela Associação de Professores para traçar considerações sobre o ensino público na Revista Pedagogium. Este estudo está inserido na perspectiva da História Cultural, tendo como base a noção de Representação, conforme o sentido dado pelo historiador Francês Roger Chartier (2002). De modo que, tem-se como objetivo analisar as representações do ensino público apresentadas por Manoel Gomes de Medeiros Dantas no artigo “Escolas Rudimentares”, publicado em 1921, na Revista Pedagogium. Por fim, conclui-se que, ao longo do artigo, o autor apresenta vários aspectos da trajetória do ensino público no Rio Grande do Norte.  Assim sendo, percebe-se nas diferentes gestões políticas que o denominador comum era a preocupação, no que tange o desenvolvimento intelectual da população, através da instrução, conforme a leitura das representações contidas na fala. A educação ofertada aprimorou-se com a construção dos grupos escolares, e foi difundida, para os lugares mais ermos do Estado, com a instalação das escolas rudimentares. Estas escolas significaram uma opção que com menor custo e em menor espaço de tempo conseguia alfabetizar um maior número de pessoas, além de oportunizar o acesso à escola a um maior percentual de alunos como foi possível constatar a partir de dados estatísticos encontrados no artigo de Manoel Dantas.