Estudo sobre a verificação da conformidade de blocos cerâmicos comercializados na cidade de Itabira - MG
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.39955Palavras-chave:
Blocos Cerâmicos; Norma Técnica Brasileira; Conformidade; Certificação; Qualidade.Resumo
Os blocos cerâmicos são materiais amplamente utilizados na construção civil brasileira. Porém, de acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento Regional (2021) apenas 44,3% dos blocos comercializados estão de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas. Devido a isso, esse estudo analisou a qualidade dos blocos cerâmicos de vedação comercializados na cidade de Itabira/MG, a partir da caracterização das peças de acordo com a Norma Técnica Brasileira 15270 (2017) com o objetivo de avaliar se os produtos comercializados atendem aos parâmetros exigidos na referida norma. Com base na análise da proporção de unidades conformes de seis marcas comercializadas na cidade, o resultado foi de rejeição em pelo menos dois dos ensaios realizados, ou seja, nenhuma das marcas estaria apta para sua utilização de acordo com os padrões de qualidade estabelecidos. Além disso, foi realizada uma estimativa de acréscimo de volume de material de revestimento caso houvesse variação na face de assentamento dos blocos, para essa determinação o resultado também foi expressivo, com uma média de acréscimo de 20% no custo de volume de material, o que pode gerar grande impacto no orçamento final de uma obra. Esses resultados corroboram com a problemática enfrentada pelo setor no que diz respeito a precariedade do controle de qualidade dos produtos fabricados, além de refletir a necessidade do aumento da fiscalização dos produtos finais, investimentos em capacitação técnica dos produtores e a busca pela certificação de qualidade pelos clientes.
Referências
Almeida, M. O., Sousa, J. G. & Oliveira, J. (2010). Análise da conformidade de blocos cerâmicos para alvenaria de vedação, comercializados nas cidades de Juazeiro – BA e Petrolina – PE. In: Congresso Brasileiro do Concreto, 52., 2010, Fortaleza, CE. Anais [...]. Fortaleza: Ibracon
Alves, j. P. C. et al (2019). Análise da qualidade dos blocos cerâmicos de vedação produzidos no município de Porto Nacional (TO). Engineering Sciences, 7(1),.22-29. https://sustenere.co/index.php/engineeringsciences/article/view/CBPC2318-3055.2019.001.0003
ANICER. Relatório Anual: 2015. Brasil, p. 7, 2015. https://www.anicer.com.br/wp-content/uploads/2016/11/relatorio_2015.pdf
Associação Brasileira De Normas Técnicas (2017). NBR 15270-1/2017: Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria: Parte 1: Requisitos.
Associação Brasileira De Normas Técnicas (2017). NBR 15270-2/2017: Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria: Parte 2: Métodos de ensaios.
Brasil (2019). Ministério de Minas e Energia. Anuário Estatístico do Setor de Transformação de Não Metálicos - 2019. encurtador.com.br/BCELX
Brasil (2021). Ministério do Desenvolvimento Regional. Programas Setoriais da Qualidade – PSQs. https://pbqph.mdr.gov.br/sistemas/simac/programas-setoriais-da-qualidade-psq/
Brasil (2021). Ministério do Desenvolvimento Regional. Relatório Setorial PSQ-BC. In: Programas Setoriais de Qualidade – Blocos Cerâmicos. https://pbqp-h.mdr.gov.br/sistemas/simac/programas-setoriais-da-qualidade-psq/
Cabral Junior, M. et al (2012). A Indústria de Cerâmica Vermelha e o Suprimento Mineral no Brasil: Desafios para o Aprimoramento da Competitividade. Cerâmica Industrial, São Paulo, 17(1), 36-42, jan/fev. https://www.ceramicaindustrial.org.br/journal/ci/article/5876574a7f8c9d6e028b47bc.
Fernandes, A. V. B., Almeida, E. S. F & Andrade Filho, G. S (2016). Bloco Cerâmico x Bloco de Concreto. Ciências exatas e tecnológicas, Aracaju, 3(2), 37-66. https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernoexatas/article/view/2623
INMETRO (2001). Bloco Cerâmico (Tijolo). http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/tijolo.asp
Ino, A; et al (2010). Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais. 2. ed. São Paulo: Geraldo C. Isaia (ed.)
Moreira, E.B. (2006). Influência do índice de absorção de água de blocos cerâmicos e da temperatura de cura no desempenho mecânico das Argamassas de revestimento em substrato cerâmico. https://lume.ufrgs.br/handle/10183/148016
Moreno, M. M. T. (2012). Argilas: Composição Mineralógica, Distribuição Granulométrica e Consistência de Pastas. https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/106730/moreno_mmt_ld_rcla.pdf?sequence=1
Pereira, A. S. et al (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.
Pilz, S.E. et al (2015). Verificação da qualidade dos blocos cerâmicos conforme NBR 15270 comercializados em Santa Catarina. Revista de Engenharia Civil IMED, 2(2), 19-26. https://seer.imed.edu.br/index.php/revistaec/article/view/910
Rizzatti, E. et al (2011). Tipologia de blocos cerâmicos estruturais: influência da geometria dos blocos no comportamento mecânico da alvenaria. Revista Matéria, 16(2), 730-746. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-70762011000200008
Savazzini-Reis, A. & Silva, M.S. (2017). Análise do Desempenho de Blocos Cerâmicos Produzidos na Região de Colatina-ES. Cerâmica Industrial, São Paulo, 22(3), 39-46, maio/jun. https://www.ceramicaindustrial.org.br/article/doi/10.4322/cerind.2017.018
Silva, M. M. P. (2007). Avaliação de perdas de blocos cerâmicos em Pernambuco: Da indústria ao canteiro de obras. http://tede2.unicap.br:8080/bitstream/tede/37/1/dissertacao_monica_maria_pereira.pdf
Souza, G. L., Morais, L. B. & Fernandes, F. A. S. (2017). Caracterização e avaliação da qualidade dos blocos cerâmicos furados para alvenaria de vedação fornecidos em Palmas - TO. Revista Integralização Universitária, Palmas, 11(17), 144-162, http://ge.catolica-to.edu.br/portal/portal/downloads/riu/RIU17.pdf
Sposto, R. M., Morais, D. M. & Pereira, C. H. F. (2007). A Qualidade do Processo de Produção de Blocos Cerâmicos Fornecidos para o Distrito Federal. Cerâmica Industrial, 12(3), 42-46, https://www.ceramicaindustrial.org.br/article/5876572f7f8c9d6e028b4716/pdf/ci-12-3-5876572f7f8c9d6e028b4716.pdf
Stragliotto, A. J., Sagrilo, B. S. & Fernandes, F. A.S. (2016). Avaliação dos requisitos dimensionais, físicos e mecânicos exigíveis no recebimento de blocos cerâmicos de vedação a serem utilizados em obras de alvenaria na cidade de palmas de acordo com a NBR 15270-1. In: Congresso Brasileiro de Cerâmica, 60., 2016, Águas de Lindóia, SP. Anais. http://metallum.com.br/60cbc/anais/PDF/03-007TT.pdf
Tubino, L.C. B. & Borba, P. (2006). Dossiê Técnico: Etapas do processo cerâmico e sua influência no produto final - massa, extrusão, secagem e queima. Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - SBRT, Rio Grande do Sul, p. 18. http://sbrt.ibict.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NDI=
Vásquez, G.A.G. (2005). Avaliação da conformidade dos blocos cerâmicos produzidos em algumas cerâmicas no Rio Grande do Norte. https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/19830/1/GilbertoAntonioGorrichateguiVasquez_DISSERT.pdf
Wieck, R. & Fh, J.D. (2013). Extrusão em Cerâmica Vermelha: Princípios Básicos, Problemas e Soluções. Cerâmica Industrial, 18(3), 36-42, maio/jun. https://www.ceramicaindustrial.org.br/article/587657517f8c9d6e028b47e3/pdf/ci-18-3-587657517f8c9d6e028b47e3.pdf
Zaccaron, A. (2018). Estudo do processo de secagem rápida em argilas utilizadas para fabricação de cerâmica vermelha. http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/7259/2/Alexandre%20Zaccaron.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Fernanda Camila Santana Santos; Marconi Oliveira de Almeida; Carlos Augusto de Souza Oliveira; Sérgio Pacífico Soncim; Rossana de Paula Junqueira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
