Tratamento cirúrgico de carcinomas cutâneos: perfil epidemiológico dos pacientes em um centro de referência no sudoeste do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.40049Palavras-chave:
Carcinoma basocelular; Carcinoma espinocelular; Retalho; Topografia.Resumo
Objetivo: realizar o delineamento epidemiológico acerca dos carcinomas cutâneos do tipo não melanoma, no que tange a avaliação do sexo mais acometido, faixa etária, raça, classificação, sítio anatômico e principais reconstruções realizadas. Método: Estudo descritivo sobre o perfil epidemiológico de pacientes portadores de neoplasia de pele não melanoma, entre os anos de 2019 a 2021, no centro cirúrgico do Instituto Policlínica de Pato Branco - PR. A coleta de dados ocorreu por meio da análise de prontuários. Os dados foram submetidos à análise estatística utilizando o software STATA MP 14.1 (StataCorp, College Station, TX, EUA). Resultados: Foram analisados 390 pacientes, dos quais 54,8% eram do sexo masculino e 94,6% de cor de pele branca. Com relação ao sítio anatômico, a maioria dos casos foram localizados na face (37,7%), seguido pelo nariz (20,8%) e membros superiores (10,1%). Houve predomínio de CBC, correspondendo a 70% dos casos, seguido de CEC, com 28%. Com relação ao tipo de reconstrução, a sutura primária foi o procedimento predominante com 46,2%, seguida pela reconstrução tipo retalho, com 44,2%. Conclusões: As maiores taxas de prevalência foram entre homens brancos, com idade média acima de 65 anos, com lesões predominantemente em cabeça e pescoço, e retalho como principal mecanismo de reconstrução. Apesar da baixa mortalidade das neoplasias de pele não melanoma, esta possui alta morbidade. Dessa forma, é importante que medidas de prevenção, relacionadas diretamente aos fatores de risco já conhecidos, bem como o controle destes, sejam ações prioritárias no contexto de atenção a saúde no Brasil.
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