Comparação fotomicrográfica das fibras colágenas equinas da inserção proximal do músculo interósseo III
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40362Palavras-chave:
Colágeno tipo I; Colágeno tipo III; Histologia; Picrosirius red.Resumo
O objetivo do presente trabalho foi comparar quantitativamente as fibras colágenas tipo I e tipo III pela avaliação histológicas da inserção proximal de músculo interósseo terceiro (I.P.M.I III) de equinos das raças Crioulo (n=26) e Puro Sangue de Corrida (n=6), hígidos com idade média de 5,7 anos. As lâminas foram coradas pelo método picrosirius red e examinadas em microscópio óptico sob luz polarizada. De cada lâmina foram capturadas imagens de 5 campos em aumento de 10 vezes. A porcentagem da área ocupada por cada tipo de colágeno foi determinada pelo plugin threshold colour do software Image J, por meio de análise da segmentação de cor. Pela análise da variância, a proporção de colágenos tipo I e tipo III na I.P.M.I III não diferiu significativamente entre as amostras das raças avaliadas. Entretanto, houve diferença significativa entre os dois tipos de colágeno numa mesma raça, de forma que o colágeno tipo I prevaleceu em relação ao tipo III. Ainda que possuam predisposições distintas, não houve diferença significativa na quantidade de colágeno entre a raça Crioulo e Puro Sangue de Corrida, por se tratar da mesma espécie em questão. Contudo a diferença significativa entre os colágenos tipo I e III era prevista, uma vez que a quantidade do colágeno original do tecido, tipo I deve ser maior que o colágeno de remodelação, tipo III nos casos em que se tratam de animais hígidos.
Referências
Aristizábal, M. F. A., Souza, M. V., Aranzales, J. R. M. & Junior, J. I. R. (2005). Valores biométricos obtidos por ultra-sonografia dos tendões flexores e ligamentos acessório inferior e suspensório da região metacárpica palmar de cavalos Mangalarga Marchador. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. 57(2):156–162.
De Bastiani, G., De La Corte, F. D., Brass, K. E., Cantarelli, C., Malfestio, L. M. M., Schwingel, D., Silva, T. M. & Kommers, G. D. (2019). Ultrasonographic, macroscopic and histological characterization of the proximal insertion of the suspensory ligament in crioulo horses. Pesquisa Veterinária Brasileira. 39(5): 353-363.
De Bastiani, G., De La Corte, F. D., Brass, K.E., Cantarelli, C., Dau, S., Kommers, G. D., Silva, T. M. & Azevedo, M. S. (2018). Histochemistry of Equine Damaged Tendons, Ligaments and Articular Cartilage. Acta Scientiae Veterinariae. 46(1): 8.
Biewener, A. A. (1998). Muscle-tendon stresses and elastic energy storage during locomotion in the horse. Comparative biochemistry and physiology. Part B, Biochemistry & molecular biology, 120(1): 73–87.
Birch, H. L., Wilson, A. M., & Goodship, A. E. (2008). Physical activity: does long-term, high-intensity exercise in horses result in tendon degeneration? Journal of applied physiology (Bethesda, Md. 1985), 105(6): 1927–1933.
Brown, N. A., Pandy, M. G., Kawcak, C. E., & McIlwraith, C. W. (2003). Force- and moment-generating capacities of muscles in the distal forelimb of the horse. Journal of anatomy, 203(1): 101–113.
Culav, E. M., Clark, C. H. & Merrilees, M. J. (1999). Connective Tissues: Matrix Composition and Its Relevance to Physical Therapy. Physical Therapy. 73(3):308-319.
Denoix J. M. (1994). Functional anatomy of tendons and ligaments in the distal limbs (manus and pes). The Veterinary clinics of North America. Equine practice. 10(2): 273–322.
Denoix, J. M & Bertoni, L. (2015). The angle contrast ultrasound technique in the flexed limb improves assessment of proximal suspensory ligament injuries in the equine pelvic limb. Equine Veterinary Education. 27(4): 209-217.
Dyson, S. J. & Genovese, R. L. (2011). The suspensory apparatus. In: Ross, M.W. & Dyson, S.J. (Org.). Diagnosis and management of lameness in the horse. 738-764.
Gibson, K. T. & Steel, C. M. (2010). Conditions of the suspensory ligament causing lameness in horses. Equine Veterinary Education. 14: 39-50.
Junqueira, L. C. U., Cossermelli, W. & Brentani, R. R. (1978). Differential staining of collagens type I, II and III by Sirius Red and polarization microscopy. Archivum Histologicum Japonicum. 41:267-274.
Mcllwraight, C. W. (1996). Joint disease in the horse. Philadelphia: Saunders. p.490.
Nagy, A., & Dyson, S. (2009). Magnetic resonance anatomy of the proximal metacarpal region of the horse described from images acquired from low- and high-field magnets. Veterinary radiology & ultrasound: the official journal of the American College of Veterinary Radiology and the International Veterinary Radiology Association, 50(6): 595–605.
Pasin, M., Brass, K. E., Rosauro, A. C., Oliveira, F. G., Figueiró, G. M., Fialho, S. S. & Silva, C. A. M. (2001). Caracterização ultrassonográfica dos tendões flexores em equinos: região metacarpiana. Arquivos da Faculdade de Veterinária da UFRGS. 29(2):131–138.
Schade, J. (2018). Características clínicas e ultrassonográficas dos tendões flexores digitais e ligamentos do metacarpo/metatarso em equinos marchadores. Lages, 143f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Curso de Pós-graduação em Ciência Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina.
Schwarzbach, S. V., Pagliosa, G. M., Roscoe, M. P., Alves, G. E. S. (2008). Ligamento suspensório da articulação metacarpo/metatarso falangianas nos equinos: aspectos evolutivos, anatômicos, histofisiológicos e das afecções. Ciência Rural. 38: 1193–1198.
Shikh Alsook, M. K., Gabriel, A., Salouci, M., Piret, J., Alzamel, N., Moula, N., Denoix, J-M., Antoine, N. & Baise, E. (2015). Characterization of collagen fibrils after equine suspensory ligament injury: an ultrastructural and biochemical approach. Veterinary Journal. 204(1):117-122.
Werpy, N. M. & Denoix, J. M. (2012). Imaging of the equine proximal suspensory ligament. The Veterinary clinics of North America. Equine practice, 28(3): 507–525.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Grasiela de Bastiani; Aline de Moraes Muhlbauer; Tainã Kuwer Jacobsen; Flávio Desessards de La Côrte ; Adriano Tony Ramos; André Fontana Goetten
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
