Historiografia e historicidade de mulheres militares profissionais da saúde no planejamento reprodutivo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40447Palavras-chave:
Mulheres; Reprodução; Pesquisa Qualitativa; Enfermagem.Resumo
Objetivos: descrever a historiografia e a historicidade de mulheres militares profissionais de saúde do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro no vivido do planejamento reprodutivo. Metodologia: Pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica heideggeriana. Participaram 21 mulheres militares das equipes de saúde que realizam o atendimento pré-hospitalar, da coordenação dessas equipes, de uma policlínica e uma odontoclínica. Foram realizadas entrevistas gravadas, fidedignamente transcritas e lidas de forma atentiva. Resultados: A maioria das mulheres tem filhos, não vive com um companheiro e também possui vida sexual ativa. Todas já utilizaram algum método contraceptivo e o mais citado foi a pílula anticoncepcional. A maioria afirmou que realiza o planejamento reprodutivo nos relatos de decisão de ter filhos e evidenciando o momento de não utilizar os métodos contraceptivos para a concretização da maternidade. Em contrapartida, a gravidez não planejada também foi desvelada, gerando insatisfação em algumas. As mulheres devem ser assistidas por profissionais qualificados para que o planejamento reprodutivo, de fato, seja exercido efetivamente, incluindo os homens no processo. Conclusão: O planejamento reprodutivo deve ser aplicado e estimulado pelos profissionais de saúde e discutido na sua amplitude de ações, cumprindo com as políticas públicas de saúde e os princípios do SUS. O enfermeiro deve realizar a abordagem da saúde sexual e reprodutiva o quanto antes, através da educação em saúde e do respeito aos direitos sexuais e reprodutivos.
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