Níveis de depressão, ansiedade e estresse em universitários praticantes de canto coral
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40523Palavras-chave:
Depressão; Ansiedade; Estresse; Canto; Saúde mental.Resumo
Introdução: Os estudantes de graduação enfrentam problemas significativos de saúde mental durante o Ensino Superior, como depressão, ansiedade e estresse. Nesse sentido, pensa-se que sessões de canto coral são capazes de amenizar essas questões. Metodologia: Este estudo analisou os níveis de depressão, ansiedade e estresse em universitários após quatro sessões semanais de canto coral. Quarenta e cinco participantes responderam ao questionário de condições sociodemográficas e à Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21). Os dados obtidos foram analisados estatisticamente. Resultados: A análise não observou significância estatística (p<0,05), porém os valores apresentaram relevância clínica. Altas frequências de sintomas graves de ansiedade (24,5%), depressão (31,2%) e estresse (24,5%) foram observadas na última semana do estudo, 24,4% dos participantes apresentaram dois ou mais sintomas graves na última semana do estudo e houve alta média dos escores para aqueles que apresentaram dois ou mais sintomas graves. A variável sexo indicou maiores níveis de ansiedade (28,6%), depressão (42,9%) e estresse (42,9%) nos homens. A variável cor identificou maiores níveis de ansiedade (31,6%), depressão (47,4%) e estresse (31,6%) nos negros. Discussão: Valores elevados foram observados em universitários, mesmo após quatro sessões de canto coral. Esses níveis foram maiores em estudantes do sexo masculino e negros. Conclusão: Devido à relevância clínica, novos estudos podem ser realizados com a análise de diferentes variáveis, a fim de ampliar o conhecimento relacionado aos benefícios do canto coral e amenizar problemas de saúde mental durante o Ensino Superior.
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