Desenvolvimento de uma formulação semissólida à base de epiisopiloturina e avaliação da sua estabilidade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40551Palavras-chave:
Epiisopiloturina; Formulações; Estabilidade; Liberação.Resumo
A mucosite oral é um efeito colateral comum associados as modalidades terapêuticas para o câncer. Esse trabalho tem por objetivo desenvolver uma formulação semissólida utilizando epiisopiloturina (EPI) como princípio ativo, avaliando a estabilidade e seu perfil de liberação in vitro. A EPI foi combinada com os excipientes: carbopol, metilparabeno, glicerina, trietanolmaina, água, vaselina, lanolina e mentol. Para avaliação físico-química foram realizados os testes de centrifugação, pH, ciclo gelo-degelo e caracteres organolépticos. Os dados do teste de pH foram analisados pelo teste t e os dados de liberação analisados por regressão linear e aplicados modelos matemáticos. A análise dos demais resultados foi através da estatística descritiva. Os resultados mostraram que no teste de centrifugação, não houve separação de fases. No teste de pH os resultados demonstraram que não houve diferença estatística ao comparar os valores de pH entre o tempo 0 e 30 dias, sendo eles 6,27 e 6,33, respectivamente. No teste do ciclo gelo-degelo, após os ciclos de variação de temperatura, a amostra foi centrifugada, sendo eles e foi possível observar uma leve separação de fase. Na avaliação organoléptica observou-se uma pomada de cor branca brilhosa, homogênea e odor de menta. Apresentou um perfil de liberação do princípio ativo por aproximadamente 9 horas. A EPI pode representar uma promissora alternativa. Os resultados deste estudo podem contribuir para o desenvolvimento de formulações estáveis e um produto com potencial para ser utilizado associado ao tratamento anticâncer, no combate aos efeitos colaterais como a mucosite oral.
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