Análise espaço-temporal de focos de queimadas no Município de Santa Helena de Goiás

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4068

Palavras-chave:

Queimadas; Detección remota; Impactos ambientales.

Resumo

O monitoramento de fenômenos que ocorrem na natureza, sejam eles naturais ou antrópicos, é uma importante técnica para mitigar seus efeitos negativos. Este estudo tem objetivo de realizar a análise espaço-temporal da ocorrência de focos de calor em Santa Helena de Goiás nos anos de 2015, 2016 e 2017. A base de dados cartográficos consistiu em limites municipais; dados espaciais de focos de calor para os anos de 2015, 2016 e 2017; bem como imagem de satélite para a identificação do uso e cobertura do solo. Os dados de foco de calor foram obtidos por meio da plataforma do Instituto de Pesquisas Espaciais na página eletrônica “Bdqueimadas”, os dados foram adquiridos em extensão shapefile (.shp). Estes dados são gerados a partir de imagens de sensores a bordo dos satélites polares e satélites geoestacionários, sendo os focos de calor para o referido estudo foram derivados do processamento e integração de dados diários de diferentes sensores. Durante o período houve redução de 32,60% das ocorrências entre 2015 e 2016. Enquanto que entre 2016 e 2017 houve aumento de 28,76% entre os dois períodos. O total de ocorrências no período foi 2041 focos de calor, sendo 38,17%, em 2015, 25,72% em 2016 e 36,11% em 2017. Foi evidenciada, portanto, a importância do uso de ferramentas de geoprocessamento para identificar áreas com histórico de focos de calor no município de Santa Helena de Goiás, assim auxiliando em medidas públicas que visem reduzir e precaver estas ocorrências para que tenham menor proporção e prejuízos.

Biografia do Autor

Danielly Fernandes de Melo, Universidade Estadual de Goiás

Graduada em Engenharia Agrícola.

Jaqueline Aparecida Batista Soares, Instituto Federal Goiano

Graduada em Engenharia Agrícola pela a Universidade Estadual de Goiás, UEG - GO (2018). Áreas de interesse e pesquisa são na utilização de geotecnologias no estudo de bacias hidrográficas, disponibilidade hídrica, uso e ocupação do solo, variáveis biofísicas da vegetação, e aplicação e formulação de fertilizantes organomineral para produção agrícola.

Ketelly Priscyla Marco Vieira, Universidade Estadual de Goiás

Graduada em Engenharia Agrícola.

Pedro Rogerio Giongo, Universidade Estadual de Goiás

Graduado em Engenharia Agronômica pela Fundação Universidade Federal do Tocantins, UFT - TO (2005). Mestre em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE - PE (2008), Doutor em ciências - Irrigação e Drenagem pela Universidade de São Paulo USP/ESALQ - SP (2011). Pós-doutorado no IESA/LAPIG da Universidade Federal de Goias , UFG - GO (2015). É docente na Universidade Estadual de Goias, atuando em cursos de Graduação e pós graduação (lato sensu e stricto sensu). áreas de interesse e pesquisa são no uso e aplicação de geotecnologias ao estudos de bacias hidrográficas, analise ambiental, variáveis biofísicas no cerrado e uso de VANTs na agricultura. trabalha com as áreas de topografia, fotogrametria e fotointerpretação, sensoriamento remoto e sistema de informações geográficas.

Luiz Fernando Gomes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano

Engenharia Agrícola com enfase em reaproveitamento de resíduos agropecuários.

Fernando Nobre Cunha, Instituto Federal Goiano

Doutorado em Ciências Agrárias - Agronomia pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Goiano Campus Rio Verde, Brasil(2017) Pós-doutor do Instituto Federal Goiano - campus Rio Verde , Brasil.

Oswaldo Palma Lopes Sobrinho, Instituto Federal Goiano

Mestrado em Ciências Agrárias - Agronomia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Brasil(2020)
Doutorando em Ciências Agrárias - Agronomia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano , Brasil

Referências

Araújo, J.B.; Oliveira, L.C.; Vasconcelos, S.S.; Correia, M.F. (2013). Danos provocados pelo fogo sobre a vegetação natural em uma floresta primária no Estado do Acre, Amazônia Brasileira. Revista Ciência Florestal, 23(2), 297-308.

Barboza, E.N.; Bezerra Neto F.C.; Caiana, C.R.A. (2020). Sensoriamento Remoto aplicado à análise do fenômeno de Ilhas de Calor Urbano na Cidade de Vitória, Espírito Santo. Research, Society and Development, 9(6), 1-21.

Bezerra, D.S.; Dias, B.C.C.; Rodrigues, L.H.S; Santos, A.L.S.; Silva Junior, C.H.L. (2018). Análise dos focos de queimadas e seus impactos no maranhão durante eventos de estiagem no período de 1998 a 2016. Revista Brasileira de Climatologia, 22(1) 446-462.

Borges Sobrinho, C.J.; Ramos Júnior, D.V. (2020). As queimas e as queimadas no Tocantins: o município de maior registro da série histórica de focos de calor ativos. Revista Ibero Americana de Ciências Ambientais, 11(1), 378-390.

Carneiro, K.F.S.; Albuquerque, E.L.S. 2019. Análise multitemporal dos focos de queimadas em Teresina, estado do Piauí. Revista de Geociência do Nordeste, 5(2), 31-40.

Clemente, S.S.; Oliveira Júnior, J.F.; Louzada, M.A.P. (2017). Focos de Calor na Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Meteorologia, 32(4), 669-677.

Franco, I.O.; Assunção, H.F. (2011). Usos do solo no advento do agronegócio da cana-de- açúcar no sudoeste de Goiás estudo de caso do município de Jataí. Ciência e Cultura, 63(3), 33-36.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística. (n.d.). Santa Helena de Goiás. Panorama? Recuperado em 24 junho de 2018, de http://cidades.ibge.gov.br.

INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (n.d.). Monitoramento de queimadas e incêndios. Brasília, Brasil. Recuperado em 24 junho de 2018, de http://www.inpe.br/queimadas/.

Lima, D.L.; Alves, T.S.; Oliveira, A.P.G. Catalani, T.G.T.; Dalmas, F.B.; Paranhos Filho, A.C. (2020). Identificação e quantificação semiautomática de desmatamento por Sensoriamento Remoto. Research, Society and Development, 9 (4), 1-25.

Lopes, E.R.N.; Silva, A.P.P.; Peruchi, J.F.; Lourenço, R..W. (2018). Zoneamento de Risco de Incêndio e Queimadas no Município de Sorocaba – São Paulo. Revista do Departamento de Geografia, 36, 117-129.

Mataveli, G.A.V.; Oliveira, B.S.; Pereira, G.; Moraes, E;C. Cardozo, F.S. (2013). Dinâmica dos focos de queimada em cana-de-açúcar no estado de São Paulo entre 2008 e 2011. Revista Brasileira de Cartografia, 66(2), 379-392.

Oliveira, J.P.M.; Shitsuka, R.; Shitsuka, D.M. (2019). Queimadas e Incêndios: Um Estudo por meio de Cartoons da Web. Research, Society and Development, 8(11), 1-12.

Pereira, A.S., Shitsuka, D.M., Parreira, F.J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed.UAB/NTE/UFSM. Disponível para baixar sem custo PDF em: http://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-PesquisaCientifica.pdf?sequence=1. Acesso em: 05 agosto 2019.

Ramos, D.; Pestana, P.R.S.; Trevisan, I.B.; Christofaro, D.G.D.; Tacao, G.Y.; Coripio I.C.; Ferreira, A.D.; Ramos, E.M.C. (2019). Impacto da queima da cana-de-açúcar sobre internações hospitalares por doenças respiratórias. Ciência e Saúde Coletiva 24(11), 4133-4140.

Santos, P.R.; Pereira, G.; Cardozo, F.S.; Ramos, R.C.; Ferreira, A.B.R.; Resende, F.C. (2018). Análise das queimadas no Cerrado e sua relação com o NDVI para os anos de 2000 a 2014. Revista de Geografia (Recife), 35(2), 134-157.

Santos, P.R.; Pereira, G.; Rocha, L.C. (2014). Análise da distribuição espacial dos focos de queimadas para o bioma Cerrado (2002-2012). Caderno de Geografia, 24(1), 133-142.

SIEG. Sistema Estadual de Geoinformação (n.d). Recuperado em 24 de junho de 2018, de http://www.sieg.go.gov.br.

Silva Junior, C.H.L.; Anderson, L.O.; Aragão, L.E.O.C.; Rodrigues, B.D. (2018). Dinâmica das queimadas no Cerrado do Estado do Maranhão, Nordeste do Brasil. Revista do Departamento de Geografia, 35(1), 1-14.

Silva, R.P.; Gilio, L.; Castro, N.R. (2019). Impactos da eliminação da queimada da cana sobre o setor sucroenergético: uma análise de equilíbrio geral. Revista de Economia. NE, Fortaleza, 50(1), 9-21.

Silva, V.V.; Pereira, G.; Cardozo, F.S. (2019). Avaliação dos erros de detecção dos focos de calor estimados pelo sensor Goes Imager. GEOSABERES: Revista de Estudos Geoeducacionais, 10(21), 1-17.

Soares, T.B.O.; Resende, F.C.; Pereira, G. (2016). Distribuição espacial dos focos de calor em Unidades de Conservação de Minas Gerais no período de 2007 a 2012. Revista UD y la Geomática, 11, 39-45.

Soares, T.B.O.; Resende, F.C.; Pereira, G. Distribuição espacial dos focos de calor em Unidades de Conservação de Minas Gerais no período de 2007 a 2012. (2016). Revista Ud y La Geomática, 11, 39-45.

Souza, L.S.; Landau, L.; Moraes, N.O.; Pimentel, L.C.G. (2012). Air quality 25 photochemical study over Amazonia Area, Brazil. International Journal of Environment and Pollution, Genebra, 48(1), 194-202.

SPRING (2014). (versão 5.3) [Software]. INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, São Paulo, BRA.

Downloads

Publicado

16/06/2020

Como Citar

MELO, D. F. de; SOARES, J. A. B.; VIEIRA, K. P. M.; GIONGO, P. R.; GOMES, L. F.; CUNHA, F. N.; LOPES SOBRINHO, O. P. Análise espaço-temporal de focos de queimadas no Município de Santa Helena de Goiás. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e858974068, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4068. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4068. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas