Mapeamento Cartográfico das Pesquisas em Biotecnologia apresentadas no ENPEC

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.40708

Palavras-chave:

Biotecnologia; Ensino de ciências; ENPEC.

Resumo

A biotecnologia está cada vez mais presente entre os cotidianos e oferece várias possibilidades de aplicação em nossas vidas. Torna-se imperativo entender como ela está sendo abordada na Educação Científica. O presente trabalho busca compreender os âmbitos que envolvem as pesquisas em Biotecnologia apresentadas no Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Ciências (ENPEC) revisando desde sua primeira edição em 1997, o que totalizam 11 edições do evento. Para o levantamento foi considerada a palavra Biotecnologia entendo sua complexidade e a processualidade que lhe são inerentes. Defendemos a abordagem dos modos de transição, intervocálicos e intermediários, tendo a cartografia como uma perspectiva rizomática e possibilidade de operador metodológico. As publicações foram exploradas através de linhas que perpassaram os títulos, palavras-chave e os resumos, de forma a acompanhar os fluxos de trabalhos publicados no ENPEC que relacionam o tema da Biotecnologia. Organizamos nosso mapa de informações por ano de publicações; programas de pós-graduação estão pesquisando/escrevendo sobre o tema e autoria. Constatamos com preocupação que o tema é incipiente na área, tendo número reduzido de 10 trabalhos que abordaram a biotecnologia. Defendemos assim, que mais pesquisas são necessárias para investigar e divulgar suas possibilidades para discutir incertezas científicas e interdisciplinaridade no Ensino de Ciências.

Biografia do Autor

Marlene Guevara dos Santos, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Graduada em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande (2002) e mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005), doutoranda em Engenharia de materiais pela UFRGS. Atualmente é professora assistente da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Tem experiência docente em cursos de engenharia e Gestão Ambiental e experiência de 10 anos em indústria em Gestão de pessoas e processos na área Ambiental, projetos de estações de tratamento de esgoto e efluentes e na produção de peças em plástico reforçado com fibra de vidro. Atua como coordenadora do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da Uergs unidade em Bento Gonçalves e como docente da Pós graduação em Gestão Ambiental na Indústria. Membro do comitê técnico do programa INOVA RS região Serra e Hortênsias da Secretaria de Inovação Ciência e Tecnologia do estado do Rio Grande do Sul.

Fábio Luís Maciel, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de Caxias do Sul (1994), mestrado em Biotecnologia pela Universidade de Caxias do Sul (1997) e doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Unidade em Bento Gonçalves. Tem experiência na área de Biotecnologia e Genética Vegetal, com ênfase em Análise de Diversidade Genética e Transformação Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: biotecnologia, ecologia, micropropagação e transformação genética de plantas, cultivo de cogumelos comestíveis, marcadores moleculares, cursos superiores do brasil e parecer técnico.

Ana Lúcia Kern, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990), Mestrado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998), Doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004) e Pós-doutorado em Genética de Microrganismos pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2012). É professora adjunta da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul e Coordenadora do Curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da Unidade de Porto Alegre. É presidente da Comissão Interna de Biossegurança da Unidade de Novo Hamburgo/Uergs. Foi professora da Universidade da Região da Campanha/Bagé. Foi coordenadora do Programa MINTER (URCAMP/BAGÉ - ULBRA). Foi membro do Conselho Superior Universitário da UERGS e Presidente da Comissão de Avaliação preliminar dos Projetos de Organização e Criação dos Institutos da Uergs. Foi coordenadora do P&D da empresa FK Biotecnologia. Tem experiência na área de Genética e Biotecnologia

Carolina Farias da Costa, Universidade Federal da Fronteira Sul

Mestre em Ensino de Ciências pela Universidade da Fronteira Sul (UFFS). Licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal Farroupilha campus Panambi, RS (IFFAR). Faz parte do GEPUFFS (Grupo de Estudos em Paleontologia da Universidade Federal da Fronteira Sul), sendo este um grupo de pesquisas e estudos em paleontologia. Tem interesse na área de: metodologias, tecnologias e práticas que auxiliam no processo de aprendizagem no Ensino de Ciências, no Ensino de Paleontologia e na Educação.

Maria Carolina Ernst Mallmann , Universidade Unilasalle

Bacharela em Enfermagem

Especialista em Saúde Materna Infantil 

Bruna Gabrielle Loeser, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Engenheira de Bioprocessos pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul 

Referências

Amaral, G. S., Bispo, A. S. Rodrigues, L. L., Santos, I. M., Massena, E, P. & Guzzi Filho, N, J. (2013). PIBID/ Química UESC - Ensinando concentração através de uma Situação de Estudo no curso técnico de Biotecnologia. Atas do IX ENPEC

Brasil. (2001). Lei 10332 de 19/12/2001. Institui mecanismo de financiamento para o Programa de Ciência e Tecnologia para o Agronegócio, para o Programa de Fomento à Pesquisa em Saúde, para o Programa Biotecnologia e Recursos Genéticos – Genoma, para o Programa de Ciência e Tecnologia para o Setor Aeronáutico e para o Programa de Inovação para Competitividade. Brasília-DF.

Brasil. (2018). Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para Biotecnologia. Brasília, DF: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos.

Callon, M. (2008). Entrevista: Dos Estudos de Laboratório aos estudos coletivos heterogêneos, passando pelos gerenciamentos econômicos. Sociologias, Porto Alegre, 302-321.

Deleuze. G. (1971). Anti Oedipe et Mille Plateaux: Cours Vincennes - 16/11/1971. Disponível no site: http://www.webdeleuze.com/php/texte.php?cle=115&groupe=AntiOedipeetMillePlateaux&langue=1

Deleuze, G. & Guattari, F. (1992). O que é filosofia? Rio de Janeiro: Editora.

Ernst, D. C. (2021b). O espaço-tempo do Currículo Rizomático e Transversal no Ensino de Ciências. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Fronteira Sul. Campus Cerro Largo. https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/5022.

Ernst, D. C., & Nicolay, D. A. (2020). Cartografias da diferença na pesquisa curricular do ensino de Ciências da Natureza e Matemática. Research, Society and Development, 9(11), e96591110246. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10246

Ernst, D. C., & Nicolay, D. A. (2021a). O arquivo do inventário dos marginais da diferença na pesquisa curricular brasileira. Research, Society and Development, 10(2), e52110211750. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.11750

Ferreira, S. & Calabró, L. (2019). Importância do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia -RENORBIO para o desenvolvimento socioeconômico do estado de Pernambuco Importance of the Postgraduate Program in Biotechnology - RENORBIO for the socioeconomic development of the state of Pernambuco. Disponível em: http://abrapecnet.org.br/enpec/xii-enpec/anais/resumos/1/R0214-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.

Moraes, F. N. (2019). O “Não Lugar” do Ensino de Biotecnologia: Uma Perspectiva de Construção Discursiva The “No Place” of Biotechnology Teaching: A Perspective of Discursive Construction. Disponível em: http://abrapecnet.org.br/enpec/xii-enpec/anais/resumos/1/R0208-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.

Gilding, M., & Pickering, J. (2011). “May contain traces of biotech”: (re)defining the biotechnology field in Australia, In Proceedings of Australian Sociological Association Conference. Newcastle, New South Wales, Australia.

Goya, P. (2016). A temática biotecnológica na formação inicial de professores de biologia: o que dizem licenciados em fase de conclusão de curso. Dissertação de mestrado. UNESP.

Guattari, F. (2004). Psicanálise e transversalidade: ensaios de análise institucional. Aparecida: Ideias e Letras. Hernández, F. (1998). Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Editora Artmed. Hernández, F. & Ventura, M. (2009). A organização do currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre: Editora Artmed.

Kapp, A. M., Freitas, D., & Miranda, E. M. (2015). Análise da Biotecnologia nos livros didáticos à luz da perspectiva CTS. X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências –Disponível em: http://www.abrapecnet.org.br/enpec/x-enpec/anais2015/resumos/R1901-1.PDF.

Marcelino, V. L., & Marques, A. C. (2017). Abordagens educacionais das biotecnologias no ensino de ciências através de uma análise em periódicos da área. Investigações no ensino de ciências. 61-77.

Moraes, F. N. O "Não Lugar" do Ensino de Biotecnologia: Uma Perspectiva de Construção Discursiva. Atas do XII ENPEC. Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências.

Nonenmacher S. Keske, C., Ernst, D., & Rigodanzo, S. (2021). Cartografia dos trabalhos publicados no ENPEC acerca do Ensino de Ciências para os sujeitos com Espectro Autista. Revista Insignare Scientia . 432-448.

Oliveira, C. A. I., Ferreira, M., & Sangiogo, F. A. (2017). A análise sobre indícios da aprendizagem sobre Biotecnologia em um projeto de trabalho em aulas de Ciências. Atas do XI ENPEC. Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências.

Oliveira, C. A. I., Ferreira, M., & Sangiogo, F. A (2017). A análise sobre indícios da aprendizagem sobre Biotecnologia em um projeto de trabalho em aulas de Ciências. XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Disponível em: http://www.abrapecnet.org.br/enpec/xi-enpec/anais/resumos/R0429-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.

Santos, R. N., Alves, A. O. & Silveira, E. B. (2009). Microrganismos de uso biotecnológico. Disponível em: http://www.eventosufrpe.com.br/jepeX2009/cd/resumos/R0122-3.pdf.

Salles-Filho, S., Bonacelli M. B., Mello, D. L., Yamamura, S., & Jôlo, F. (2002). Instrumentos de apoio à definição de políticas em biotecnologia. Campinas: MCT/FINEP.

Scheid, N. M. J., Ferrari, N., & Delizoicov, D. (2005). Ensino de Genética Contemporânea: Contribuições da Epistemologia de Fleck. Atas do V ENPEC. Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências.

Silva, S. & Santos, W. L. P. (2015). Visões de estudantes do ensino médio sobre temas biotecnologia. X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Disponível em: http://www.abrapecnet.org.br/enpec/x-enpec/anais2015/resumos/R1306-1.PDF. Acesso em: 13 jun.

Viana, M. C., & Carneiro, M. H. (2005). Representações Sociais sobre Clonagem. Atas do V ENPEC. Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências.

Xavier, M. C. F.: Freire, A. S., & Milton, O. M. (2006). A nova (moderna) biologia e a genética nos livros didáticos de biologia no ensino médio. Ciênc. educ. 12 (3).

Downloads

Publicado

31/03/2023

Como Citar

ERNST, D. C. .; SANTOS, M. G. dos .; MACIEL, F. L. .; KERN, A. L. .; COSTA, C. F. da .; MALLMANN , M. C. E. .; LOESER, B. G. Mapeamento Cartográfico das Pesquisas em Biotecnologia apresentadas no ENPEC. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 4, p. e8912440708, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i4.40708. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/40708. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

v. 12 n. 4

Seção

Ensino e Ciências Educacionais

Licença

Copyright (c) 2023 Daniela Carolina Ernst; Marlene Guevara dos Santos; Fabio Luiz Maciel; Ana Lúcia Kern; Carolina Farias da Costa; Maria Carolina Ernst Mallmann ; Bruna Gabrielle Loeser

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.