Panorama da sepse neonatal em Unidade de Terapia Intensiva: uma revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i5.40796

Palavras-chave:

Neonatologia; Sepse; Enfermagem.

Resumo

A sepse neonatal é considerada uma síndrome de resposta inflamatória sistêmica causada por infecção suspeita ou confirmada, sendo uma das principais causas de morte neonatal em todo o mundo e uma das principais causas de aumento da mortalidade neonatal. No Brasil, em média, 3.000 crianças morrem a cada ano por sepse neonatal, sendo a prematuridade um fator de risco adicional. Objetivo: compreender através da literatura sobre a sepse em recém-nascidos. Metodologia: trata-se de um estudo de revisão de literatura, segundo critérios pré-estabelecidos de seleção e exclusão de artigos. Optou-se por artigos mais recentemente publicados que respondessem a pergunta norteadora: “O que vem sendo divulgado sobre o desenvolvimento de sepse em paciente pediátricos”. Resultados: A sepse neonatal pode ser classificada em precoce (SNP), em que ocorre nas primeiras 48 a 72 horas de vida; ou em tardia (SNT), que ocorre após as 72 horas. A SNP pode ser causada por fatores de risco materno e/ou interações durante o parto ou neonatal, enquanto que a SNT detém os fatores de risco principais inerentes ao recém-nascido. As manifestações clínicas são muito variáveis e inespecíficas, o que dificulta o diagnóstico de sepse neonatal. Os exames complementares baseiam-se na coleta de hemocultura e líquor e, na sepse tardia, a urocultura. Dado o diagnóstico, o tratamento é realizado por meio da antibioticoterapia empírica. Conclusão: a observação minuciosa e contínua do recém-nascido, dos seus sinais clínicos e fatores de risco é fundamental para que a morbimortalidade de sepse neonatal seja reduzida.

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Publicado

10/05/2023

Como Citar

CATAPANI, E. B.; MENEZES, J. D. de S.; GUARNIERI, G. M.; PEREIRA, A. A.; SACARDO, Y.; PARRO, M. C. . Panorama da sepse neonatal em Unidade de Terapia Intensiva: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 5, p. e11212540796, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i5.40796. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/40796. Acesso em: 13 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde