Transtornos mentais relacionados ao trabalho em Alagoas: um estudo epidemiológico entre 2017 e 2021
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.40813Palavras-chave:
Transtornos mentais; Saúde do trabalhador; Epidemiologia descritiva.Resumo
O objetivo deste trabalho é verificar o perfil epidemiológico dos casos de transtornos mentais associados ao ambiente de trabalho no estado de Alagoas entre os anos de 2017 e 2021. Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter retrospectivo, descritivo e observacional com vertente conceitual e exploratória, cuja análise se baseou em dados dos anos de 2017 a 2021, coletados na base de dados SINAN disponível pelo DATASUS para o referido estado. Os dados obtidos foram analisados descritivamente utilizando o programa Microsoft Excel 2019. O número total de indivíduos com transtorno mental foi de 506, sendo 89,13% localizadas em Maceió. 50,80% dos indivíduos são homens contra 49,20% de mulheres acometidas. A idade mais frequente está na faixa de 28-47 anos. A maioria possuía transtorno neurótico, transtorno relacionados ao estresse e somatoformes, seguidos por 108 (21,34%) indivíduos com transtorno mental de humor. Do total, 286 dos casos (56,52%) ao longo da análise evoluíram com incapacidade temporária do indivíduo, 7,70% dos casos (39) necessitaram de emissão de “Comunicação de Acidente de Trabalho”, e 39,52% (200) não foram notificados ao DATASUS. Concluiu-se que em Alagoas, no período analisado, os casos concentraram-se em Maceió, na faixa etária entre 28 e 47 anos. A maior prevalência se dá em indivíduos do sexo masculino e os transtornos mais frequentes são: transtorno neurótico, transtorno relacionados ao estresse e somatoformes. A maioria dos casos evoluiu com incapacidade temporária do indivíduo, sem necessidade de emissão de CAT e com afastamento do local de trabalho.
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