Análise multi-temporal de imagens de satélite e NDVI em unidade de conservação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.40839Palavras-chave:
Índices Espectrais; Mudanças ambientais; Impactos ambientais; MONAT.Resumo
Este trabalho teve como objetivo principal analisar e levantar possíveis impactos humanos sobre a cobertura vegetal e a eficácia na conservação do Monumento Natural Morro de Santo Antônio (MONAT), localizado no Estado de Mato Grosso, por meio de sensoriamento remoto. A metodologia constituiu no cálculo do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) a partir de imagens de satélite Landsat 5 TM e Landsat 8 OLI processadas no sistema de informação geográfica livre QGIS. Os resultados obtidos com a análise do NDVI sugerem o aumento da vegetação de cerrados e de mata densa/Cerradão na Unidade de Conservação e na zona de amortecimento, onde as áreas de vegetação rasteiras tiveram grande diminuição. Houve uma pequena diminuição na classe solo exposto no topo do morro, na unidade de conservação. Com os resultados obtidos, foi possível notar que até o momento a unidade de conservação tem cumprido seu papel e tem sido eficaz na conservação da área determinada. Os resultados desta pesquisa poderão contribuir para identificar áreas de fragilidade ambiental relacionadas à vegetação, bem como facilitar a aplicação de técnicas de manejo adequadas à conservação ambiental do Monumento Natural Estadual Morro de Santo Antônio - MT.
Referências
ABNT NBR. (2015). ISO 14001: Sistemas de Gestão Ambiental Requisitos com orientação para uso. https://fatecsenai.com.br/arquivos/14001-Sistemas-de-Gestao-Ambiental-Requisitos-com-orientacao-para-uso.pdf
Barbosa, A. H. da S., Carvalho, R. G. de, & Camacho, R. G. V. (2017). Aplicação do NDVI para a Análise da Distribuição Espacial da Cobertura Vegetal na Região Serrana de Martins e Portalegre – Estado do Rio Grande do Norte. Revista do Departamento de Geografia, 33, 128–43. https://doi.org/10.11606/rdg.v33i0.128171
Barros, A. S., Farias, L. M. & Marinho, J. L. A. (2020). Aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) na Caracterização da Cobertura Vegetativa de Juazeiro Do Norte–CE. Revista Brasileira de Geografia Física, 13(6), 2885-2895.
Bensusan, N. R. (2006). Conservação da biodiversidade em áreas protegidas. Editora FGV.
Bilar, A. B. C. (2018). Ação da comunidade na preservação e utilização sustentável da vegetação de caatinga. Tese (Doutorado). Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente. Universidade Federal de Pernambuco.
Bilar, A. B. C., De Mendonça Pimentel, R. M. & Cerqueira, M. A. (2018). Monitoramento da cobertura vegetal através de índices biofísicos e gestão de áreas protegidas. Geosul, 33(68), 236-259. https://doi.org/10.5007/2177-5230.2018v33n68p236
Brasil. (20000.) LEI n° 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.
Chagas, M. G. S. (2012). Condição biológica da vegetação em ecossistemas costeiros e do Sertão do Pajeú em Pernambuco. 123f. Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
Chaves, T. (2016). Uma análise dos principais impactos ambientais verificados no estado de Santa. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 5, 611. https://doi.org/10.19177/rgsa.v5e22016611-634
CONAMA. (1986). Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Ministério do Meio Ambiente. Publicado no Diário Oficial da União.
Costa, D. T., Vaz, J. S., Lopes, J. S. F., & Gotardi, A. (2012). Grandes impactos ambientais no mundo. Meio Ambiente e Sustentabilidade, 1(1), 56–73.
CPTEC/INPE. ([s.d.]). Clima Monitoramento Brasil. https://clima1.cptec.inpe.br/monitoramentobrasil/pt.
Dallan N. G., Takata, R. T. (2019). Planejamento turístico do Monumento Natural Estadual Morro de Santo Antônio, no município de Santo Antônio do Leverger - MT. InterEspaço: Revista de Geografia e Interdisciplinaridade, 4(15), 156-169. https://doi.org/10.18764/2446-6549.v4n15p156-169
Eisenlohr, P. V., Meyer, L., Miranda, P. L. S. De., Rezende, V. L., Sarmento, C. D., Mota, T. J. R. de C., Garcia, L. C., & Melo, M. M. da R. F. de. (2013). Trilhas e seu papel ecológico: O que temos aprendido e quais as perspectivas para a restauração de ecossistemas? Hoehnea, 40, 407–418. https://doi.org/10.1590/S2236-89062013000300002
Encina, C. C. C., Paranhos-Filho, A. C., Pessi; D. D., Mioto, C. L., Coimbra, D. S. F., Silva, N. M.; Chaves, J. R..; Gamarra, R. M., & Ribeiro, V. (2021). Um olhar sobre a conservação do Pantanal. Maringá, PR. Uniedusul Editora.
Florenzano, T. G. (2011). Iniciação ao sensoriamento remoto. 3ª edição. São Paulo: Oficina de textos. p. 101.
Foresti, C. (1987). Avaliação e monitoramento ambiental da expansão urbana do setor oeste da área metropolitana de São Paulo: análise através de dados e técnicas de sensoriamento remoto. Tese (Doutorado). São Paulo, USP, Departamento de Geografia.
Google Earth Pro. (2021). Alphabet.
Gotardi, A. et al.(2012). Grandes impactos ambientais no mundo. Caderno Meio Ambiente e Sustentabilidade, 1(1),. 56-76.
Guarim, V. L. M. S., Moraes, E. C. C., Prance, G. T., & Ratter, J. A. (2000). Inventory of a mesotrophic callisthene cerradao in the pantanal of Mato Grosso, Brazil. Edinburgh Journal of Botany, 57(3), 429–436. https://doi.org/10.1017/S0960428600000408
ICV. (2020). Instituto Centro de Vida. Balanço de Incêndios em Mato Grosso do Sul em 2020. https://www.icv.org.br/website/wp-content/uploads/2021/01/balancodosincendiosemmatogrossoem2020.pdf.
INMET. ([s.d.]). Instituto Nacional de Meteorologia. SPI - Índice de Precipitação. Instituto Nacional de Meteorologia. https://portal.inmet.gov.br/servicos/spi-índice-de-precipitação-padronizada
Jacinto, L. R. de C. (2003). Geoprocessamento e sensoriamento remoto como ferramentas na gestão ambiental de Unidades de Conservação: O caso da Área de Proteção Ambiental (APA) do Capivari-Monos, São Paulo-SP. Dissertação (Mestrado) Recursos Minerais e Hidrogeologia, Universidade de São Paulo. https://doi.org/10.11606/D.44.2003.tde-14082003-230137
MONAT. ([s.d.]). Morro de Santo Antônio. Unidades de Conservação no Brasil. https://uc.socioambiental.org/pt-br/arp/4870.
Neto, J. O. D. S., Vieira, L. D. F., Siqueira, L. E. L., & Oliveira, V. P. V. D. (2019). Aplicação do índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) para análise da degradação ambiental nos municípios de Fortim, Aracati e Icapuí – Ceará, Brasil. Revista GeoUECE, 8 (14), 273–283.
Nora, G. D., & Takata, R. T. (2019). Planejamento turístico do Monumento Natural Estadual Morro de Santo Antônio de Leverger - MT. InterEspaço: Revista de Geografia e Interdisciplinaridade, 156–169. https://doi.org/10.18764/2446-6549.v4n15p156-169
Pamboukian, S. V D. (20--). Composição de Bandas no QGIS. https://www.mackenzie.br/fileadmin/ARQUIVOS/Public/1-mackenzie/universidade/laboratorios/labgeo/Curso_QGIS3/1403._Composi%C3%A7%C3%A3o_de_Bandas_no_QGIS.pdf.
Pinto, L. P. (2008). Unidades de conservação. Revista Diversa UFMG. 7(14).
Ponzoni, F. J., Shimabukuro, Y. E. & Kuplich, T. M. (2012). Sensoriamento remoto da vegetação. Oficina de textos. (2o ed).
QGIS. (2020). Greographic Information System (3.10.9). [Python, C++, QT]. QGIS Development Team.
Ribeiro, E. P., Nóbrega, R. S., Filho, F. O. M. & Moreira, E. B. (2016). Estimativa dos índices de vegetação na detecção de mudanças ambientais na bacia hidrográfica do rio Pajeú. Geosul, v. 31, n. 62, p. 59–92. https://doi.org/10.5007/2177-5230.2016v31n62p59
Rosemback, R., França, A., França, S., & Florenzano, T. (2022). Análise comparativa dos dados NDVI obtidos de imagens CCD/CBERS-2 e TM/LANDSAT-5 em área urbana. Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. v. 12, n. 2005, pág. 1075-1082.
Rodrigues, J. O., Andrade, E. M. De., Teixeira, A. dos S., e Silva, B. B. da. (2009). Sazonalidade de variáveis biofísicas em regiões semiáridas pelo emprego do sensoriamento remoto. Engenharia Agrícola, 29, 452–465. https://doi.org/10.1590/S0100-69162009000300012
Sallo, F. da S., França, M. S. de, M, D. M. De., Rodrigues, R., & Biudes, M. S. (2014). Estimativa de componentes do balanço de radiação em diferentes tipos de uso e cobertura do solo. Revista Ambiente & Água, 9, 347–358. https://doi.org/10.4136/ambi-agua.1273
Santos, M. V. dos. (2000). Relatório técnico consolidado de clima para o estado de Mato Grosso Vol. 2/2 (Zoneamento sócio-econômico-ecológico: Diagnóstico sócio-econômico-ecológico do Estado de Mato Grosso e Assistência Técnica na formulação da 2a aproximação). Cuiabá, MT. http://www.dados.mt.gov.br/publicacoes/dsee/climatologia/rt/DSEE-CL-RT-002.pdf.
Sentera in. (2017). NDVI and Your Farm: Understanding NDVI for Plant Health Insights. https://www.agriculture-xprt.com/news/ndvi-and-your-farm-understanding-ndvi-for-plant-health-insights-702065.
Silgeiro, V., Valdiones, A. P. & Bernasconi, P. (2020). Balanço dos incêndios em Mato Grosso em 2020. Instituto Centro de Vida.
Silva, M. A., Medeiros, M. J. L. e M., Silva, P. K. S. & Silva, M. M. P. (2006). Impactos Ambientais causados em decorrência do rompimento da Barragem Camará no município de Alagoa Grande, PB. Revista de Biologia e Ciencias da Terra, 6, 20–34.
United States Geological Survey. (2005). Landsat TM C1 Level-1, LT05_L1TP_226071_20050811_20161124_01_T1, USGS, Earth Explorer, 11/08/2005.
United States Geological Survey. (2020). Landsat OLI/TIRS C1 Level-1, LC08_L1TP_226071_20200905_20200917_01_T1, USGS, Earth Explorer, 05/09/2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Emanueli Minatti; Alisson André Ribeiro; César Claudio Cáceres Encina; Antonio Conceição Paranhos Filho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.