Efeito de soluções de limpeza na rugosidade superficial e resistência à flexão de aparelhos ortodônticos removíveis
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40875Palavras-chave:
Ligas dentárias; Fios ortodônticos; Resinas acrílicas; Resistência à Flexão; Índice de higiene bucal.Resumo
Objetivo: Comparar a rugosidade da resina acrílica autopolimerizável e a resistência à flexão de fios de níquel-cromo (Ni-Cr) de aparelhos ortodônticos submetidos a diferentes procedimentos de limpeza. Materiais e métodos: As amostras foram confeccionadas com fios ortodônticos de NiCr dobrados em forma de “T” e incluídos em resina acrílica autopolimerizável e submetidos a quatro diferentes procedimentos de limpeza (n = 21): Grupo 1 – imersão por 15 minutos em água deionizada e comprimido à base de oxigênio ativo; Grupo 2 - imersão por 15 minutos em clorexidina 0,12%; Grupo 3 – pulverização com solução de clorexidina 0,12%; e Grupo 4 – imersão em água deionizada (controle) por 15 minutos duas vezes ao dia. A resistência à flexão do fio ortodôntico e a rugosidade da superfície da resina acrílica foram determinadas no início, bem como aos 90 e 120 dias usando um microscópio óptico. A normalidade dos dados foi determinada pelo teste de Shapiro-Wilk. Os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney foram utilizados para comparações de rugosidade superficial. ANOVA seguida do teste post hoc de Duncan foi utilizada para a comparação da resistência à flexão (α = 0,05). Resultados: Não houve diferença significativa na rugosidade superficial, exceto no Grupo 4, no qual a última leitura (2,25 ± 0,89) foi significativamente maior que a leitura inicial (1,15 ± 0,27) (p = 0,013). Reduções significativas na resistência à flexão dos fios ocorreram em todos os grupos (p = 0,002). Conclusões: A imersão nas soluções de limpeza não alterou a rugosidade superficial da resina acrílica, mas promoveu redução na resistência à flexão dos fios.
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