Saberes e práticas de enfermeiros intensivistas no controle da infecção hospitalar
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4094Palavras-chave:
Infecção hospitalar; Unidades de Terapia Intensiva; Enfermagem.Resumo
O presente estudo objetivou descrever o conhecimento de enfermeiros que atuam numa Unidade de Terapia Intensiva Adulto acerca do controle de infecção hospitalar. Pesquisa de campo de caráter descritivo, com abordagem qualitativa. Foram entrevistados sete enfermeiros, pela técnica de entrevista semiestruturada, a análise de dados pautou-se na proposta operativa de Minayo. Todas as considerações éticas foram respeitadas conforme Resolução n° 466/2012 (Brasil, 2012), mediante a aprovação do Comitê de Ética da ULBRA contida no parecer nº 3.239.370. Os resultados encontrados foram: os enfermeiros reconhecem a importância do controle de infecção hospitalar, bem como os fatores de risco para pacientes internados, no contexto da Unidade de Terapia Intensiva Adulto. Quanto ao desenvolvimento de competências e práticas para redução dos índices de infecção, salienta-se a atuação ativa do Serviço de Infecção Hospitalar dentro da unidade, além das medidas e cuidados para prevenção, como a lavagem correta das mãos, o uso de equipamentos de proteção individual e o cuidado com o isolamento de contato. Entretanto, há dificuldade de garantir o engajamento de todos os profissionais de saúde que atuam na unidade para conscientização da adoção de tais práticas. A adoção de medidas que visam o controle de infecção hospitalar é priorizada nas práticas diárias dos enfermeiros. A formação continuada elucida vários aspectos do controle de infecção que não se restringem somente ao ambiente hospitalar. Dessa forma, as ações de prevenção começam antes mesmo da internação e podem impedir hospitalizações desnecessárias.
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