Perfil dos pacientes admitidos em UTI por agravos neurológicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4100

Palavras-chave:

Cuidados Críticos; Doenças do Sistema Nervoso; Unidades de Terapia Intensiva.

Resumo

As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) admitem cada vez mais pacientes diagnosticados com agravos neurológicos. A lesão cerebral proveniente de traumas é considerada um problema de saúde mundial. A mortalidade desses pacientes está diretamente relacionada à gravidade clínica e à dependência de cuidados especializados. Desta forma, é preciso elucidar o perfil dos pacientes internados na UTI com diagnóstico de agravo neurológico, de modo a organizar as intervenções em saúde e atuar na prevenção dos fatores desencadeantes destes agravos, contribuindo para a sistematização da assistência de enfermagem nesse setor. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar o perfil dos pacientes admitidos na UTI com o diagnóstico de agravo neurológico. Para isso, foi realizada uma pesquisa de abordagem quantitativa, partindo da análise dos prontuários dos usuários internados na UTI do Hospital Regional Tarcísio de Vasconcelos Maia localizado no município de Mossoró-RN. Após a análise dos dados, constatou-se que o Traumatismo Cranioencefálico (TCE) foi o motivo de internação mais prevalente no pronto socorro do hospital e o agravo neurológico foi o motivo de admissão mais prevalente na UTI. A maior parte dos pacientes com agravos neurológicos eram homens, com uma idade média de 47 anos de idade. Com relação ao desfecho, 77,50% dos usuários com agravo neurológico foram a óbito, sendo 37,71% diagnosticados com TCE. As características encontradas na pesquisa podem vir a contribuir para a elaboração de estratégias de cuidados para oferecer uma assistência de enfermagem de qualidade ao paciente diagnosticado com agravo neurológico, otimizando o cuidado prestado e o suporte adequado.

Referências

Almeida, D. V. D. D. (2017). Perfil do paciente idoso internado em Unidade de Terapia Intensiva neurológica em um hospital público no Distrito Federal.

Alves, L. C. B. E., Thommen, L. P., Gomes, C. M., & de Oliveira, V. R. C. (2019). Conhecimento de acadêmicos da saúde sobre a atuação do fisioterapeuta em unidades de terapia intensiva. Revista Brasileira Militar de Ciências, 5(13).

Anselmo Júnior, E., Dall'Stella, D. K., Araújo, J. M. D., Souza, E. D. S., & Schuelter-Trevisol, F. (2017). Incidência de sepse nosocomial em adultos de uma unidade de terapia intensiva, Tubarão (SC), em 2013.

Amorim, C. F., Júnior, J. E. M., de Araújo Alves, T. E., de Araújo, D. P., Gúzen, F. P., & de Paiva Cavalcanti, J. R. L. (2013). Avaliação neurológica realizada por enfermeiros em vítimas de traumatismo cranioencefálico. Revista Neurociências, 21(4), 520-524.

Associação de Medicina Intensiva Brasileira- AMIB (2016). Relatório CENSO, Instituto Brasileiro de Geografia Estatística.

Barros, C. H. D. S. A., da Silva Grillo, V. T. R., & Tamada, H. (2017). Prevalência dos acidentes de trânsito no estado de Rondônia, entre 2001 e 2013. Journal of Health & Biological Sciences, 5(1), 44-55.

Beal, L., Paludo, C. A., & Chultz, R. M. (2018). Prevalência de acidentes de trânsito com vítimas fatais associadas à alcoolemia positiva do condutor: um estudo na Serra Gaúcha. Revista Brasileira de Criminalística, 7(3), 21-27.

Benichel, C. R., & Meneguin, S. (2020). Factores de riesgo para lesión renal aguda en pacientes clínicos intensivos. Acta Paulista de Enfermagem, 33.

Biffe, C. R. F., Harada, A., Bacco, A. B., Coelho, C. S., Baccarelli, J. L. F., Silva, K. L., ... & Silva, T. I. (2017). Perfil epidemiológico dos acidentes de trânsito em Marília, São Paulo, 2012. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 26, 389-398.

Brasil, I. P. P. (2017). Por sexo e idade para o período 1980-2050–revisão 2004 metodologia e resultados. Acesso em, 11.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. (2014). Departamento de atenção especializada. Coordenação geral de atenção hospitalar. Nota Informativa: Credenciamento de leitos de UTI.

Brixner, B., Krummenauer, E. C., & Renner, J. D. P. (2017). Baixa incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica em UTI adulto.

Carneiro, P. L., Machado, R. C., & SANTANNA, A. (2013). Papel dos critérios de prioridade de triagem na admissão de pacientes críticos. Rev enferm UFPE on line. Recife, 7(7), 4747-53.

Castro, R. R., Barbosa, N. B., Alves, T., & Najberg, E. (2016). Perfil das internações em unidades de terapia intensiva adulto na cidade de Anápolis–Goiás–2012. Revista de Gestão em Sistemas de Saúde, 5(2), 115-124.

Cavalcanti, A. F. C., de Medeiros Lucena, B., de Oliveira, T. B. S., Cavalcanti, C. L., d’Avila, S., & Cavalcanti, A. L. (2017). Head and face injuries in automobile accidents and associated factors in a city in Northeastern Brazil. Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clinica Integrada, 17(1), 1-9.

Fukujima, M. M. (2013). O traumatismo cranioencefálico na vida do brasileiro. Revista Neurociências, 21(2), 173-174.

Grochovski, C. S., Campos, R., & Lima, M. C. A. M. (2015). Ações de controle dos agravos à saúde em indivíduos acometidos por acidente vascular cerebral. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 19(4), 270.

Hissa, P. N. G., Hissa, M. R. N., & Araújo, P. S. R. (2013). Análise comparativa entre dois escores na previsão de mortalidade em unidade terapia intensiva. Rev Bras Clin Med, 11(1), 21-6.

Johnson, S., & Nileswar, A. (2015). Effectiveness of Modified Early Warning Score (MEWS) in the outcome of in-hospital adult cardiac arrests in a tertiary hospital. J Pulm Respir Med, 5(285), 2.

Lucca, J. C. P., Fontana, R. T., & dos Santos, A. V. (2020). Terapia Renal Substitutiva:: Uma Ferramenta de Aprendizagem Significativa no Ensino de Técnicos de Enfermagem. Editora Appris.

Mendes, T. D. J. M., Silveira, L. M., Silva, L. P. D., & Stabile, A. M. (2018). Associação entre o acolhimento com classificação de risco, desfecho clínico e o escore Mews. REME rev. min. enferm, e-1077.

Miranda, G. M. D., Mendes, A. D. C. G., & Silva, A. L. A. D. (2016). O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e consequências sociais atuais e futuras. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 19(3), 507-519.

Moraes, R. S., Fonseca, M. L. F., & Leoni, C. B. D. (2005). Mortalidade em UTI, fatores associados e avaliação do estado funcional após a alta hospitalar. Rev Bras Ter Intensiva, 17(2), 80-4.

Oliveira, S. G., Spaziani, A. O., Frota, R. S., de Freitas, C. J., de Matos, M. V., Silva, K., ... & Medeiros, M. J. (2020). Tratamento cirurgico de traumatismo cranioencefálico com afundamento no Brasil nos anos de 2014 a 2018/Surgical treatment of cranioencephalic traumatism with sinking in Brazil from 2014 to 2018. Brazilian Journal of Health Review, 3(2), 1368-1383.

Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM.

Petermann, X. B., Oliveira, J. L., & Kocourek, S. (2019). Morbidade hospitalar de idosos nas internações do Sistema Único de Saúde–caso da Região de Saúde (CIR) Jacuí Centro, RS, Brasil. Revista Kairós: Gerontologia, 22(2), 467-480.

Reis, G. R., de Freitas Rossone, A. P., Santos, T. P. G., & de Souza Nevez, R. (2018). A importância da mobilização precoce na redução de custos e na melhoria da qualidade das unidades de terapia intensiva. Revista de Atenção à Saúde, 16(56), 94-100.

Rocha, T. F., Neves, J. G., & Viegas, K. (2016). Modified early warning score: evaluation of trauma patients. Revista brasileira de enfermagem, 69(5), 850-855.

Rodriguez, A. H., Bub, M. B. C., Perão, O. F., Zandonadi, G., & Rodriguez, M. D. J. H. (2016). Características epidemiológicas e causas de óbitos em pacientes internados em terapia intensiva. Revista Brasileira de Enfermagem, 69(2), 229-234.

Silva, J. V. F., da Silva, E. C., da Silva, E. G., Ferreira, A. L., & Rodrigues, A. P. R. A. (2017). Perfil da morbidade hospitalar por doenças respiratórias na infância de 0 a 9 anos na cidade de Maceió–AL no período de 2008 a 2014. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT-ALAGOAS, 3(3), 43.

Silva, R. S. D., Fedosse, E., Pascotini, F. D. S., & Riehs, E. B. (2019). Health conditions of institutionalized elderly: contributions to interdisciplinary action and health promoter. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, (AHEAD).

Turgeon, A. F., Lauzier, F., Zarychanski, R., Fergusson, D. A., Léger, C., McIntyre, L. A. & Green, R. (2017). Prognostication in critically ill patients with severe traumatic brain injury: the TBI-Prognosis multicentre feasibility study. BMJ open, 7(4), e013779.

Vieira, A. M., Parente, E. A., de Sousa Oliveira, L., Queiroz, A. L., Bezerra, I. S. A. M., & Rocha, H. A. L. (2018). Características de óbitos dos pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva de hospital terciário. Journal of Health & Biological Sciences, 7(1 (Jan-Mar)), 26-31.

Downloads

Publicado

07/05/2020

Como Citar

CARVALHO, A. C. B. de; SOUZA, I. C. da C.; FERNANDES, J. P. C.; MELO, R. L. F.; SILVA NETO, J. M. D.; QUEIROZ, J. C. de; OLIVEIRA, C. J. de L.; VIEIRA, A. N. Perfil dos pacientes admitidos em UTI por agravos neurológicos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e210974100, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4100. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4100. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde