Mortalidade pelo vírus da imunodeficiência humana: uma análise da prática da Classificação Internacional de Doenças
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.41017Palavras-chave:
HIV; Classificação internacional de doenças; Mortalidade.Resumo
A Classificação Internacional de Doenças (CID) é um identificador universal de doenças e demais afecções, por meio de códigos, permitindo a comparabilidade e até mesmo uma comunicação entre os diferentes países sobre as condições de saúde. Neste sentido, este estudo teve como objetivo descrever a importância da CID dentro do contexto da mortalidade por HIV, no estado de Rondônia, no período de 2015 a 2020. Trata-se de um estudo descritivo e abordagem quantitativa, realizado um levantamento das variáveis raça/cor, sexo, faixa etária e escolaridade no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS) e analisado por meio de estatística descritiva no programa Microsoft Excel. Verificou-se que para todos os capítulos da CID-10, a maioria dos óbitos era do sexo masculino, raça/cor parda, diferenciação quanto ao nível de escolaridade e faixa etária entre 30 e 59 anos. No capítulo B-23, identificou-se os indígenas como grupo relevante na mortalidade por HIV. Diante dos achados encontrados, verificou-se que a criação da CID foi de grande avanço para a área da saúde, otimizando o tratamento ao paciente e de grande relevância para os profissionais de saúde, cuja inserção desde a formação acadêmica é essencial para a conduta adequada e manejo integral do cuidado.
Referências
Almeida, M. S. C., Sousa Filho, L. F., Rabello, P. M. & Santiago, B. M. (2020). Classificação Internacional das Doenças - 11ª revisão: da concepção à implementação. Rev Saude Publica, 54, 104.
Bremm, J. M., Cardoso-dos-Santos, A. C., Magalhães, V. S., Medeiros-de-Souza, A. C., Alves, R. F. S. et al. (2020). Anomalias congênitas na perspectiva da vigilância em saúde: compilação de uma lista com base na CID-10. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 29(5), e2020164.
Croxford, S., Miller, R. F., Post, F. A., Harding, R., Lucas, S. B., Figueroa, J. et al. (2019). Cause of death among HIV patients in London in 2016. HIV Med., 20(9), 628–33.
Cunha, A. P., Cruz, M. M. & Pedroso, M. (2022). Análise da tendência da mortalidade por HIV/AIDS segundo características sociodemográficas no Brasil, 2000 a 2018. Ciênc. Saúde Colet. (Impr.), 27(3), 895-908.
Galvão, M. C. B. & Ricarte, I. L. M. (2021). A Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11): características, inovações e desafios para implementação. Asklepion: Informação em Saúde, 1(1), 104–118.
Gordis, L. Epidemiologia. 5a edição. Rio de Janeiro: Revinter, 2017.
Harrison, J. E., Weber, S., Jakob, R., Chute C. G. (2021). ICD-11: an international classification of diseases for the twenty-first century. BMC Med Inform Decis Mak, 21 (Suppl 6), 206.
Laurenti, R. (1991). Novos aspectos da saúde pública. Rev. Saúde Públ, 25, 407-417.
Laurenti, R., Nubila, H. B., Quadros, A. A., Conde, M. T. & Oliveira, A. S. (2013). A Classificação Internacional de Doenças, a Família de Classificações Internacionais, a CID-11 e a Síndrome Pós-Poliomielite [The International Classification of Diseases, the Family of International Classifications, the ICD-11, and post-polio syndrome]. Arq Neuropsiquiatr., 71(9A), 3-10.
Paula, A. A., Pires, D. F., Alves Filho, P., Lemos, K. R. V., Veloso, V. G. Grinsztejn, B. & Pacheco, A. G. (2020). Perfis de mortalidade em pessoas vivendo com HIV/aids: comparação entre o Rio de Janeiro e as demais unidades da federação entre 1999 e 2015. Rev. bras. epidemiol., 23, E200017.
Pourcher, V., Gourmelen, J., Bureau, I. & Bouee, S. (2020). Comorbidities in people living with HIV: An epidemiologic and economic analysis using a claims database in France. PLOS ONE, 15(12), e0243529.
Rein, S. M., Lampe, F. C., Chaloner, C. et al. (2021). Causes of hospitalisation among a cohort of people with HIV from a London centre followed from 2011 to 2018. BMC Infect Dis, 21, 395.
Rein, S. M., Lampe, F. C., Johnson, M. A., Bhagani, S., Miller, R. F., Chaloner, C. et al. (2021). All-cause hospitalization according to demographic group in people living with HIV in the current antiretroviral therapy era. Aids, 35(2), 245–55.
Rein, S. M., Smith, C. J., Chaloner, C., Stafford, A., Rodger, A. J., Johnson, M. A. et al. (2021). Prospective association of social circumstance, socioeconomic, lifestyle and mental health factors with subsequent hospitalisation over 6–7 year follow up in people living with HIV. EClinicalMedicine, 31, 100665.
Rüütel, K., Liis, L., Sirly, L. & Jevgenia E. (2019). Missed opportunities for HIV testing in people diagnosed with HIV, Estonia, 2014 to 2015. Euro Surveill., 24(15), pii=1800382.
Silverberg, M. J., Leyden, W., Quesenberry Junior, C. P. & Horberg, M. A. (2009). Race/ethnicity and risk of AIDS and death among HIV-infected patients with access to care. J Gen Intern Med., 24(9), 1065-72.
The Lancet. (2019). ICD-11. The Lancet, 393, p. 2275.
World Health Organization. (2015). ICD-11 for Mortality and Morbidity Statistics. https://icd.who.int/browse11/l-m/en.
World Health Organization. (2019). International Statistical Classification of Diseases ICD-10. Version: 2019. https://icd.who.int/browse10/2019/en#/F84
Wandeler, G., Johnson, L. F. & Egger, M. (2016). Trends in life expectancy of HIV-positive adults on antiretroviral therapy across the globe: comparisons with general population. Curr Opin HIV AIDS, 11(5), 492–500.
Wing, E. J. (2016). HIV and aging. Int J Infect Dis., 53, 61–8.
World Health Organization. (2022). ICD–11 Fact Sheet. 2022. https://icd.who.int/en/docs/icd11factsheet_en.pdf.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Nayrlon Matheus Pereira Silva; Iuri Mandela Simão Batista; Thiago Vinícius Ferreira Beserra; Wanessa Gouveia Castro; Nathalia Halax Orfão
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
