Empoderando as mulheres por meio da formação profissional: Evidências de áreas rurais afetadas por conflitos armados em Moçambique
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i14.41196Palavras-chave:
Empoderamento das mulheres; Disparidade de gênero; Extensão universitária; Formação profissional.Resumo
Em Moçambique, apesar das melhorias nas taxas de alfabetização e matrícula escolar nas últimas décadas, a disparidade de gênero em termos de oportunidade econômica não melhorou significativamente entre o grupo mais jovem da população. A maioria dos pobres vive em áreas rurais afetadas por conflitos armados, onde há taxas mais altas de analfabetismo e mortalidade infantil, acesso limitado a energia, água potável e saneamento. Nestas comunidades rurais, onde as opções de emprego no setor não-agrícola são extremamente limitadas, as oportunidades de formação profissional para mulheres são aspetos essenciais para impulsionar a criação de empregos e gerar novas oportunidades de emprego. As instituições de ensino superior, por meio da extensão universitária, podem ser motores do desenvolvimento local sustentável, baseado na inter-relação entre a Universidade e a sociedade e no intercâmbio de saberes sistematizados/acadêmicos e populares. Assim, o objetivo deste estudo é descrever desafios e oportunidades na condução de treinamento intensivo para empoderamento econômico de meninas carentes em áreas de conflito armado em Moçambique. Metodologicamente, a transferência de conhecimento ocorreu por meio da combinação de métodos de curso e demonstração prática. Os achados do estudo sugerem que a efetividade do processo de extensão universitária não pode ser alcançada seguindo o método tradicional de ensino, pelo qual a transferência de conhecimento é hierárquica - do professor para o aluno, mas sim, utilizando diferentes métodos de ensino e aprendizagem, de acordo com as necessidades e perfil dos formandos. Além disso, tornar o horário e o local das aulas e do treinamento convenientes para todas as mulheres pode ajudar a garantir altas taxas de aceitação e um equilíbrio trabalho-família mais harmonizado.
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