Família e COVID-19: formas alternativas e complementares de cuidar
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.41233Palavras-chave:
Coronavírus; Chás medicinais; Espiritualidade.Resumo
Introdução: A pandemia da COVID-19 tem sido responsável por impactos em diversos âmbitos a nível global, considerada uma emergência de saúde pública. Observou-se que foram feitas diversas modificações em relação à assistência à saúde, no contexto familiar e hospitalar, com o intuito de prevenir ou tratar a doença. Objetivo: Analisar os recursos alternativos à alopatia utilizados e descrever o uso de formas alternativas e complementares de cuidar no combate à COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e analítico, por meio de entrevistas semiestruturadas realizada em São Luís-MA, com indivíduos cujo familiar evoluiu ao óbito por COVID-19 diagnosticado através de resultado positivo. Resultados: organizaram-se duas categorias, a saber: o uso de plantas medicinais e a busca pelo sagrado. Ainda que existam medicamentos voltados aos sintomas, a população buscou também por fazer uso de tratamentos alternativos para obter alívio sintomático e/ou cura da doença. O produto mais utilizado foi o chá, predominantemente àqueles ricos em vitamina C, que podem ter diferentes formas de preparação. Em relação às simpatias, o estudo demonstrou que a espiritualidade, bem como a religiosidade, foram fundamentais para a população, ao servirem de apoio e conforto para os pacientes e também para os seus familiares. Conclusão: A busca e posterior utilização de maneiras alternativas e complementares de cuidar, seja de maneira preventiva, ou visando o alívio dos sintomas e cura, tem sido um importante mecanismo adicional para que a população seja capaz de atravessar o período pandêmico.
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